Gustavo Bala Loka de alma e coração para representar o Brasil no BMX Freestyle do Pan 2023

Paris 2024

Atleta começou aos oito anos com bicicleta montada pelo pai a partir de peças de depósito de ferro velho. Décimo colocado no Mundial 2023 e em nono no ranking da UCI (União Ciclística Internacional), compete em Santiago de olho na que poderá ser sua primeira participação Olímpica, em Paris.

3 minPor Virgílio Franceschi Neto
Gustavo Batista de Oliveira, o "Bala Loka", durante as finais do BMX Freestyle no Mundial de Ciclismo UCI em Glasgow, na Escócia, em 7 de agosto de 2023.
(© SWpix.com (t/a Photography Hub Ltd))

Décimo colocado no Mundial 2023 da União Ciclística Internacional (UCI), em Glasgow, a alcunha “Bala Loka” surgiu por conta de uma queda em que Gustavo Batista de Oliveira havia saltado mais do que o imaginado. Tinha oito anos de idade.

Conheceu o esporte quando foi levado pelo pai para uma prova de BMX. Gustavo se encantou com as manobras e o arrojo dos atletas. Sem acesso às O pai foi comprou as partes da bicicleta em um ferro velho e a montou para o filho. Foi a primeira de Bala Loka., que sempre teve a família ao lado: “Meu pai deixava de almoçar para comprar peças da bicicleta para mim.”

Hoje ele representa o Brasil no BMX Freestyle dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, em preparação para a que poderá ser sua primeira participação Olímpica, em Paris 2024.

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A trajetória de Gustavo "Bala Loka"

Sempre se dedicou ao dirt (pistas de terra), afinal sua casa em Carapicuíba (Grande São Paulo) é bem próxima ao lugar onde treina. Há cerca de três anos passou a fazer a transição para o park, competindo e treinando ao lado dos melhores do planeta. Os resultados não demoraram a aparecer. É bicampeão brasileiro e foi medalhista de bronze nos Jogos Sul-Americanos Assunção 2022.

“Foi um nível bem forte, eu sabia que tinha chance de bronze, mas era preciso arriscar a prata ou ouro. Quando eu vi que tinha o bronze garantido, arrisquei, mas o vento pegou forte e quase me levou longe”, comentou Gustavo para o Canal Olímpico do Brasil sobre a competição na capital paraguaia.

Pouco antes de completar 21 anos, em agosto terminou em 10º lugar no Mundial em Glasgow, na Escócia. Foi o segundo melhor latino-americano da prova, à frente de lendas da modalidade, como o venezuelano Daniel Dhers, campeão Pan-Americano em Lima, prata em Tóquio 2020 e cinco vezes vencedor do X Games.

Em suas redes, Gustavo colocou: “Super feliz em representar o Brasil e colocar nosso País entre os melhores do mundo!”

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Gustavo “Bala Loka” no Pan 2023 de olho em Paris 2024

O ciclista é um dos últimos brasileiros a competir em Santiago, uma vez que o BMX Freestyle acontece no domingo (5 de novembro), a partir das 10:00 (horário de Brasília). Uma importante parada na preparação para obter um lugar em Paris 2024.

“Uma competição que só acontece de quatro em quatro anos, tenho a oportunidade de disputá-la e dar o meu melhor. Vamos com tudo, Brasil”, postou Gustavo em suas redes.

O BMX Freestyle tem 12 vagas disponíveis para a capital francesa em cada gênero. Seis delas serão distribuídas durante a Série Classificatória Olímpica – três eventos entre março e junho de 2024. Para poder competir nesta Série, “Bala Loka” tem que ser estar entre os 10 melhores no ranking mundial – atualmente é o nono colocado.

“Estou indo com o coração e alma para poder representar o Brasil e estar em Paris”, comentou Gustavo “Bala Loka” para o canal BandSports.

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