A terceira semana da Liga das Nações de Vôlei Feminino 2023 terá a estreia da ponteira Gabi. A capitã da seleção brasileira ficou fora das rodadas anteriores se recuperando de um procedimento que havia realizado no joelho.
“A minha sorte é que o Zé [Roberto Guimarães, treinador] realmente se preocupa com essa parte física e entende a necessidade de descanso. Entende também que a gente é ‘fominha’, porque eu queria voltar. Mas ele falou para eu ter cuidado”, disse Gabi ao Olympics.com.
Gabi treinou com a seleção antes da segunda semana da VNL em Brasília, mas a comissão técnica decidiu poupá-la. Desta vez, em Bangcoc, na Tailândia, ela entra em quadra diante da Itália.
Principal estrela italiana, Paola Egonu foi poupada e não atuará contra o Brasil. Mas Gabi teve tempo de sobra de quadra no último ano com a italiana, que também jogou no Vakifbank, campeão europeu.
“Foi engraçado porque, como nos enfrentamos muito na seleção, no clube a gente brincava falando ‘não quero nem falar com essa menina, ela dá muito trabalho!’. Eu estava muito ansiosa para jogar com ela, porque ela é uma das melhores do mundo, faz muita diferença poder dividir a responsabilidade com ela”, contou Gabi.
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Gabi ressalta força interior de Egonu
Em vez de uma disputa pelo posto de estrela do time, Gabi e Egonu juntaram forças.
“Ela se tornou uma das minhas melhores amigas na equipe. A gente se puxava dentro de quadra e eu aprendi muito com ela, porque ela gosta do jogo, vai para cima. Fico triste que ela não vai continuar no time, porque gosto muito dela não só como atleta, mas também como amiga”, afirmou a brasileira.
Gabi ressaltou que Egonu é uma jogadora que “gosta de jogar depois dos 20 pontos” e tem muita potência nos golpes, mas sua maior força é interior.
“Ela passou por muitas coisas, por muito racismo na infância, por algumas situações na Itália. Ela mostra uma personalidade muito grande, de dar a volta por cima. É uma referência como mulher para mim e também como mulher negra”, acrescentou.
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Gabi: 'Thaísa tem sido espelho para o grupo'
Durante a ausência de Gabi na VNL, ponteiras como Julia Bergmann e Ana Cristina se destacaram, mostrando que o Brasil não é tão dependente da capitã como já foi.
“As meninas estão chegando com uma disposição muito grande e as vagas estão abertas em todas as posições. Claro que algumas têm mais experiência, mas as outras estão jogando de igual para igual. É disso que a gente precisa. Isso aumenta o nível da seleção”, comentou Gabi.
“Sei que tenho minha importância dentro do grupo, mas fico tranquila de ver que temos opções que estão correspondendo muito bem.”
Uma novidade da seleção nesta VNL é justamente a jogadora mais experiente da equipe, a central Thaísa, que retornou à seleção brasileira em grande forma.
“Ela tem uma personalidade muito grande dentro da quadra, que faz a diferença. Ela chama a responsabilidade. A Thaísa tem sido um espelho dentro de quadra, as meninas espelham essa energia dela. Vai ser um grande diferencial para tentar um título, algo que temos tentado nos últimos anos”, finalizou.
VNL 2023: próximos jogos do Brasil
Horário de Brasília.
- 28 de junho - Brasil x Itália - 10:30 - Bangcoc, Tailândia
- 29 de junho - Brasil x Canadá - 7:00 - Bangcoc, Tailândia
- 30 de junho - Brasil x Turquia - 10:30 - Bangcoc, Tailândia
- 2 de julho - Tailândia x Brasil - 10:30 - Bangcoc, Tailândia
Resultados do Brasil na VNL 2023
Nagoya (Japão)
31/05 – Brasil 2 x 3 China (23/25, 25/22, 20/25, 25/20 e 12/15)
01/06 – Brasil 3 x 0 Holanda (25/23, 25/23 e 25/21)
03/06 – Brasil 3 x 1 República Dominicana (27/25, 20/25, 25/21 e 27/25)
04/06 – Brasil 3 x 0 Croácia (26/24, 25/18 e 25/8)
Brasília (Brasil)
14/06 – Brasil 3 x 0 Coréia do Sul (31/29, 25/16 e 25/16)
15/06 – Brasil 3 x 2 Sérvia (23/25, 25/22, 21/25, 25/12 e 15/6)
17/06 – Brasil 3 x 1 Alemanha (25/22, 25/18, 22/25 e 25/17)
18/06 – Brasil 0 x 3 Estados Unidos (22/25, 19/25 e 22/25)
O Sportv 2 transmite a VNL 2023 para o Brasil.