A seleção brasileira masculina de vôlei enfrenta a Polônia na penúltima partida da fase preliminar da Liga das Nações, a VNL 2023, às 0h de sexta-feira (horário de Brasília), nas Filipinas. Um clássico entre grandes rivais, que têm juntado peças antigas e novas para continuar na elite do esporte.
Só neste século, Brasil e Polônia se enfrentaram em três finais de Mundiais, com os sul-americanos triunfando em 2006 e os europeus em 2014 e 2018. Na última edição, em 2022, a seleção polonesa superou a brasileira na semifinal, perdendo para a Itália na decisão.
Os dois times fizeram a final da VNL de 2021, com vitória do Brasil. A Polônia nunca venceu a competição, mas tem o vice e mais dois terceiros lugares.
Quando se trata de Jogos Olímpicos, no entanto, o Brasil está bem à frente, com dois ouros (Atenas 2004 e Rio 2016) e três pratas (LA 1984, Beijing 2008 e Londres 2012), enquanto a Polônia tem apenas uma medalha, o ouro de Montreal 1976.
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Brasil: Alan entre os melhores atacantes da VNL
A seleção brasileira masculina, comandada por Renan Dal Zotto, continua o processo de renovação que tenta levar a equipe de volta ao topo do pódio nas grandes competições internacionais.
Um nome de destaque deste novo time é o oposto Alan, que prometia despontar na seleção na VNL 2022, mas lesionou o tendão de Aquiles e perdeu até o Mundial do mesmo ano. Em seu retorno triunfal, é o terceiro melhor atacante da VNL 2023, com 133 pontos em 10 jogos.
“O Alan é reconhecidamente um dos melhores opostos do mundo. Isso é o voleibol que fala, não sou eu, mas eu estou reafirmando. Ele é um oposto interessante, que sabe jogar com bola alta também, mas sua especialidade é um jogo mais rápido, muito importante para o estilo de jogo do Brasil. Ele teve contratempos nos últimos anos, porém mais do que nunca ele está focado em se aperfeiçoar. Eu o vejo hoje em plena forma, em pleno vigor físico. É um atleta que vai nos ajudar muito nessa caminhada até os Jogos Olímpicos”, comentou Renan.
Os centrais Judson e Otávio têm feito boas aparições no meio de rede, que ainda tem Lucão, aos 37 anos, como principal referência. No ataque, Ricardo Lucarelli tem sido consistente e Honorato busca seu espaço, enquanto Yoandy Leal se poupa para a fase final.
“A gente vem acompanhando a evolução do Honorato. Nas últimas Superligas, ele alcançou um nível muito bom, e isso vem se comprovando na seleção. O que chama atenção também é o extra quadra, o modo como ele se comporta em cada treinamento, o nível de atenção e de foco em todos os exercícios. Ele soma muito no dia a dia. E não tem como não falar da qualidade técnica. O Honorato exerce muito bem os fundamentos e tem uma margem grande de crescimento ainda”, opinou Dal Zotto sobre Honorato.
O único brasileiro que lidera uma estatística na VNL 2023 é o levantador Bruninho, capitão da seleção brasileira há 10 anos, jogador mais eficiente na competição.
Polônia: Kurek, Sliwka e Leon na linha de frente
Com a aposentadoria do ex-capitão Michal Kubiak em 2022, o veterano mais visado do time polonês é Bartosz Kurek, de 34 anos, que atua como oposto. Ele é o maior pontuador da equipe na VNL 2023, com 65 em nove partidas.
Opções de ataque não faltam para o treinador Nikola Grbic, que assumiu a Polônia em 2022. Ele tem dado mais ritmo a Kamil Semeniuk, Aleksander Sliwka e Bartosz Bednorz, que disputam posição com Wilfredo Leon.
Nascido em Santiago de Cuba, Leon se mudou para a Europa em 2013 e sete anos depois se tornou elegível para jogar pela seleção polonesa. Ele estreou em Jogos Olímpicos em Tóquio 2020, edição em que a Polônia terminou em quinto lugar, e foi escolhido o melhor ponteiro do Mundial de Clubes de 2022.
Onde assistir à Liga das Nações 2023
O Sportv 2 transmite a competição ao vivo para o Brasil.