Brasil iguala melhor campanha com os Tupis no Sul-Americano de Rugby Sevens 2024 e assegura vaga no Challenger
Seleção masculina fica com o vice-campeonato no Sul-Americano de Rugby 2024 neste domingo, 27 de outubro, e fica com uma das duas vagas na divisão de acesso ao circuito mundial; Yaras são surpreendidas e perdem final feminina.
O Brasil tinha um objetivo bem definido para a seleção masculina no Sul-Americano de Rugby Sevens 2024 e conseguiu cumpri-lo com louvor neste domingo, 27 de outubro, em Lima, no Peru. Os Tupis asseguraram uma das duas vagas masculinas na divisão de acesso ao circuito mundial.
O time masculino do Brasil chegou à final, mas perdeu para o Chile por 19 a 5 e ficou com o vice-campeonato. Mesmo assim, o país igualou sua melhor campanha da história (repetindo a segunda colocação de 2020) e assegurou uma das duas cotas para o Challenger, a segunda divisão do circuito mundial da modalidade.
Já as Yaras, que perderam sua primeira final do continental em 2023 (quando jogou com a equipe de desenvolvimento), foram surpreendidas com a equipe principal neste ano. A Argentina aproveitou erros brasileiros e venceu por 19 a 10. É a terceira vez que o país não vence a edição feminina - além de 2023, não disputou o torneio em 2015.
O Sul-Americano de Rugby Sevens 2024 apresentou novidades para o Brasil. Na seleção feminina foi a estreia da técnica Crystal Kaua, da Nova Zelândia. Já os homens apostaram na base do Cobras, a equipe brasileira de Rugby XV que disputa a liga profissional sul-americana, além de contar com Moisés Duque, remanescente do time que disputou os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Agora, o rugby sevens do Brasil se prepara para a disputa do circuito mundial. Presente na elite da competição, as Yaras disputam a primeira etapa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 1º de dezembro. Os Tupis iniciam a preparação para a segunda divisão.
Base experiente leva Tupis a igualarem melhor campanha do Sul-Americano
Se para as Yaras o Sul-Americano de Rugby Sevens 2024 era parte da preparação, para os Tupis era o principal objetivo do ano na modalidade. Após ficar de fora do Challenger, a divisão de acesso no circuito mundial na temporada passada, o país queria assegurar uma das duas cotas disponíveis neste ano.
Por isso, o técnico Lucas “Tanque” Duque apostou na experiência. Dos doze jogadores convocados, dez jogam no Cobras, o time de Rugby XV que compete na liga profissional sul-americana. As duas exceções são nomes conhecidos no sevens: Lucas Drudi e Moisés Duque, que atua em Portugal.
A tática deu certo. Os Tupis voltaram à final do torneio continental após quatro anos, repetindo o vice-campeonato de 2020, a melhor campanha do país. Foram quatro vitórias até à final, todas com mais de trinta pontos, incluindo a semifinal contra o Paraguai.
Na decisão contra o Chile, contudo, o país não conseguiu impor seu ritmo. Logo nos primeiros minutos os chilenos conseguiram dois tries. O Brasil chegou a descontar para 12 a 5, mas não teve forças para superar os adversários, que fizeram mais um try com conversão no segundo período e confirmaram o título.
- Grupo B – Brasil 48 x 0 Costa Rica
- Grupo B – Brasil 36 x 5 Venezuela
- Grupo B – Brasil 31 x 7 Colômbia
- Semifinal – Brasil 36 x 0 Paraguai
- Final – Brasil 5 x 19 Chile
Yaras perdem segunda final seguida no Sul-Americano de Rugby Sevens
Após perderem a primeira final de sua história no Sul-Americano de Rugby Sevens feminino, as Yaras entraram nesta competição dispostas a não darem espaço às adversárias. Presente na elite do circuito mundial, as principais jogadoras do país foram convocadas, mas no fim a Argentina conseguiu surpreender novamente.
Após uma campanha perfeita na fase de grupos, com apenas um try sofrido, as brasileiras já tiveram dificuldades contra a Colômbia na semifinal. Saíram perdendo e conseguiram a virada com com tries de Yasmin Soares e Gabriela Lima e uma conversão de Raquel Kochhann.
Na decisão, a Argentina aproveitou erro na saída brasileira e fez um try com conversão com menos de um minuto e meio. O Brasil chegou a fazer um try um minuto depois, mas as argentinas souberam controlar o jogo e aproveitar as chances. No fim, conseguiram um terceiro try e conquistaram o título com uma vitória de 19 a 10.
- Grupo B - Brasil 33 x 0 Uruguai
- Grupo B - Brasil 38 x 0 Peru
- Grupo B - Brasil 42 x 5 Chile
- Semifinal - Brasil 12 x 5 Colômbia
- Final - Brasil 10 x 19 Argentina
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