Bernardinho e Zé Roberto em Paris 2024: veja o retrospecto das lendas do vôlei

Por Daniel Perissé
4 min|
Bernardinho e Zé Roberto
Foto por Getty Images

Experientes treinadores chegam para mais uma edição dos Jogos no comando das seleções masculina e feminina do Brasil, respectivamente. Confira sua trajetória Olímpica até aqui.  

A menos de 200 dias para Paris 2024, uma das certezas para a competição é a presença das equipes de vôlei masculino e feminino do Brasil. E, mais uma vez, estarão à frente delas dois nomes bastante experientes: os técnicos Bernardinho e José Roberto Guimarães, respectivamente.

Zé Roberto está no comando do Brasil desde 2003, inclusive à frente do time que garantiu uma das vagas no Pré-Olímpico Feminino do Japão, com direito a vitória por 3 a 2 sobre as donas da casa na última rodada. Ao todo, ele soma 24 anos de seleção, sendo 20 somente com a equipe feminina.

Já Bernardinho retorna após um ciclo de 16 anos encerrado em janeiro de 2017, quando deu lugar a Renan Dal Zotto. São 21 anos de seleção, sendo 15 à frente do masculino

Ele chega após a classificação da equipe masculina em um Pré-Olímpico bem irregular mesmo no Rio de Janeiro, mas superando a Itália pela classificação a Paris. Logo após a disputa, Renan pediu demissão do cargo.

ENTENDA | O sistema de classificação Olímpico do vôlei para Paris 2024

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Zé Roberto, um desbravador de recordes Olímpicos

Experiência em torneios Olímpicos é o que não falta a Zé Roberto, cuja trajetória é marcada por feitos inéditos no voleibol. O primeiro deles veio logo em sua primeira edição como treinador da seleção, a de Barcelona 1992, quando levou o time masculino Brasil ao inédito ouro Olímpico na modalidade.

Em Atlanta 1996, também esteve à frente do país no masculino, mas não foi ao pódio.

Sua primeira participação no comando do time feminino do Brasil foi em Atenas 2004, quando a equipe acabou na quarta colocação, perdendo o bronze para Cuba.

Quatro anos depois, em Beijing 2008, o treinador entrou para a história da modalidade como primeiro a conquistar ouro nos Jogos tanto no vôlei masculino como no feminino, agora levando a equipe feminina do Brasil à sua primeira medalha Olímpica em toda a história. 

Em Londres 2012, mais uma marca importante: Zé Roberto se tornou o primeiro técnico de vôlei do mundo a conquistar três medalhas de ouro Olímpicas, sendo uma no masculino e duas no feminino. A equipe brasileira quase foi eliminada na fase de grupos, mas se reergueu e venceu o torneio com uma vitória de 3 a 1 diante dos Estados Unidos, também de virada. 

No Rio 2016, quando a seleção feminina sonhava com o inédito tricampeonato Olímpico, viu uma surpreendente China eliminá-la nas quartas de final. Já nos Jogos Tóquio 2020, terminou com uma medalha de prata, a quarta da carreira como treinador, após perder a decisão para os EUA. 

Enquanto se prepara aos Jogos de Paris, o treinador resolveu deixar o Brasil depois de sete anos no Barueri para se aventurar novamente na Turquia, desta vez, no comando do THY. É a segunda vez que Zé Roberto trabalha em um time turco.

Prata como jogador, Bernardinho obteve mais seis medalhas

Parte da chamada Geração de Prata, que foi segunda colocada na disputa do vôlei masculino em Los Angeles 1984, Bernardinho iniciou a carreira de técnico logo na edição seguinte dos Jogos, quando foi auxiliar de Bebeto de Freitas, seu treinador na conquista na cidade americana, em Seul 1988.

A primeira experiência de Bernardinho nos Jogos comandando uma equipe brasileira foi em Atlanta 1996, quando conseguiu a medalha de bronze. Na edição seguinte, em Sydney 2000, veio novamente o terceiro lugar.

O treinador assumiu então a seleção masculina e deu início a um ciclo bastante vitorioso, que incluiu seu primeiro ouro Olímpico, em Atenas 2004, o segundo do time masculino, com vitória sobre a Itália. Quatro anos depois, o Brasil voltaria à final, mas acabou com a prata em Beijing 2008, perdendo para os Estados Unidos.

Em Londres 2012, veio novamente a derrota e a prata na decisão. Mas quatro anos depois, jogando diante da torcida brasileira, Bernardinho e seus comandados fizeram bonito e atingiram o lugar mais alto do pódio no Rio 2016, superando a Itália em um Maracanãzinho lotado e obtendo mais um ouro, a sexta medalha consecutiva do técnico. Após essa conquista, ele deixou a seleção.

De agosto de 2021 a março de 2022, Bernardinho teve uma passagem pela seleção francesa, que acabara de conquistar o título Olímpico em Tóquio 2020. Ele segue à frente do time feminino do SESC-Flamengo e foi apontado neste ano como coordenador das seleções masculinas (da base ao adulto).

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