Alison dos Santos, nos 400m com barreiras, e Almir Júnior, no salto triplo, vão às finais do atletismo
Alison dos Santos, o Piu, estará em mais uma final Olímpica do atletismo. Nesta quarta-feira, 7 de agosto, o medalhista de bronze na última edição dos Jogos Olímpicos disputou a semifinal dos 400m com barreiras em Paris 2024. Piu foi o terceiro na sua bateria, com 47s95, e dependeu dos demais resultados para avançar, com o quarto melhor tempo. Outro brasileiro classificado para a final Olímpica foi Almir Júnior, no salto triplo. Passou com a quinta melhor marca, 17m06.
A final masculino dos 400m com barreiras fechará o dia de competição no atletismo durante a próxima sexta-feira, 9 de agosto. A prova acontecerá às 16h45, horário de Brasília. Piu largará na raia 3. A final do salto triplo masculino acontece no mesmo dia, a partir das 15h13. Almir recoloca o Brasil na final Olímpica de uma prova tão marcante ao esporte nacional após 16 anos.
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De cabelos roxos, Alison dos Santos estava na mesma bateria do norueuguês Karsten Warholm, o atual campeão Olímpico. O barreirista não teve seu melhor desempenho na semifinal. O brasileiro foi ultrapassado por Warholm (47s67) e também ficou atrás do francês Clement Ducos (47s85). Com isso, Piu (47s95) dependia das outras duas baterias para se qualificar. Contudo, os demais resultados foram inferiores. Apenas o americano Rai Benjamin, prata em Tóquio 2020, fez um tempo superior (47s85).
Os dois primeiros colocados de cada uma das baterias avançavam à final, assim como os donos dos outros dois melhores tempos. Piu conseguiu a vaga desta maneira, com o quarto melhor tempo. O Brasil tinha ainda outro representante nas semifinais dos 400m com barreira, Matheus Lima. Ele foi o quarto colocado na mesma bateria de Rai Benjamin. O brasileiro fez o 16° tempo da semifinal, sem assegurar a vaga na final.
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Alison dos Santos disputará sua segunda final Olímpica nos 400m com barreiras. Em Tóquio 2020, Piu conquistou o bronze com o tempo de 46s72. Desde então, conseguiu baixar o tempo duas vezes, incluindo o 46s29 que rendeu o título mundial em 2022.
Na atual temporada, Alison dos Santos disputou seis etapas da Diamond League. O brasileiro ganhou cinco ouros e um bronze. Além disso, duas vezes o barreirista correu abaixo de 47s. Alison chegou a vencer Karsten Warholm no meeting de Oslo, mas ficou em terceiro em Mônaco, na única vez em que teve a concorrência de Warholm e Rai Benjamin juntos. O americano, dono do melhor tempo da temporada até então, foi o ganhador.
Matheus Lima vem de uma prata nos 400m com barreiras nos Jogos Pan-Americanos 2023, quando Piu não competiu. Até sua chegada aos Jogos Olímpicos, sua melhor marca tinha sido 48s31, registrada no último mês de junho.
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Almir Júnior se garante na final do salto triplo
Outro brasileiro a competir no Stade de France foi Almir Júnior, do salto triplo. Ele teve bom desempenho na qualificatória e também disputará a final. Esta é a segunda participação de Almir nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio 2020, ele ficou no 23° lugar e não se classificou à final. No atual ciclo, o mato-grossense conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos 2023.
Na classificação do salto triplo, os atletas que atingissem 17m10 estavam automaticamente garantidos na final. Almir Júnior não conseguiu por pouco, com 17m06 em sua segunda tentativa. De qualquer maneira, os 12 primeiros avançavam, mesmo aqueles abaixo da marca. Só quatro conseguiram superar os 17m10 e Almir foi o quinto geral. Entre os melhores estão alguns dos favoritos da prova: Pedro Pichardo (POR), Jordan Díaz Fortun (ESP) e Hugues Fabrice Zango (BUR).
Almir Júnior possui como melhor marca no salto triplo 17m53, obtida em maio de 2018. Na atual temporada, o mato-grossense registrou sua maior distância no ciclo, com 17m31, durante o Campeonato Ibero-Americano de Atletismo realizado em Cuiabá. Almir também conseguiu um bronze na etapa de Marraquexe da Diamond League, em maio, com 16m90. Pouco antes, o atleta tinha participado dos resgates das vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Almir ficou cerca de dez dias sem treinar e se recuperou para ótimos resultados.
O Brasil possui uma longa tradição no salto triplo masculino dos Jogos Olímpicos. A primeira grande estrela brasileira foi Adhemar Ferreira da Silva, com ouros em Helsinque 1952 e Melbourne 1956 – é o primeiro bicampeão Olímpico da história do país. Nelson Prudêncio foi prata em Cidade do México 1968 e bronze em Munique 1972. João do Pulo teve também dois bronzes em Montreal 1976 e Moscou 1980. O último finalista do país foi Jadel Gregório, quinto em Atenas 2004 e sexto em Beijing 2008.
Os demais brasileiros nas semifinais desta quarta
Outros brasileiros que também participaram das semifinais na tarde desta quarta-feira não se classificaram. Nos 200m masculinos, Renan Gallina fez o 17° melhor tempo (20s60) e não avançou. Medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos 2023, Gallina foi o sexto de sua bateria. Favoritos como Noah Lyles (USA), Kenneth Bednarek (USA) e Letsile Tebogo (BOT) se classificaram.
Já nos 110m com barreiras masculinos, dois brasileiros ficaram nas semifinais. Eduardo de Deus fez 13s44, 20° tempo. Já Rafael Pereira foi o 24° colocado geral, com 13s87. Os dois foram medalhistas no Pan 2023, com ouro para Eduardo e bronze para Rafael.