Ahman/Hellvig conquistam irretocável ouro no vôlei de praia masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024

Por Leandro Stein
4 min|
Ahman e Hellvig, da Suécia
Foto por (Photo by Alex Pantling/Getty Images)

David Ahman e Jonatan Hellvig chegaram à primeira participação nos Jogos Olímpicos como a dupla número 1 do mundo, mesmo com apenas 22 anos. E o talento dos suecos prevaleceu na quadra do vôlei de praia, aos pés da Torre Eiffel. Foi uma campanha excepcional feita pelos jovens, que rendeu um inapelável ouro Olímpico no torneio masculino de Paris 2024. Na final deste sábado, 10 de agosto, Ahman/Hellvig dominaram a partida contra os alemães Ehlers/Wickler, com a vitória por 2 sets a 0 (21-10, 21-13) em somente 34 minutos.

A ascensão de Ahman/Hellvig aconteceu realmente no atual ciclo Olímpico, a partir de 2022. Naquele ano, a dupla sueca chegou à primeira final de Elite 16. Em 2023, os jovens conquistaram três títulos de Elite 16 e as finais do circuito mundial de vôlei de praia, em Doha. Também foram prata no Campeonato Mundial. Já a consolidação em 2024 teve mais quatro conquistas no Elite 16 e a posição número 1 do ranking. O ouro sacramenta isso.

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Curiosamente, Ahman/Hellvig não começaram bem nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Os suecos ficaram na terceira posição de seu grupo, com duas derrotas na primeira fase. Cresceram na hora certa e jogaram muito nos mata-matas. Ganharam dos cubanos Díaz/Alayo, dos brasileiros Evandro/Arthur e dos catarianos Cherif/Ahmed – estes, seus algozes no início do torneio. Na final, Ehlers/Wicker simplesmente não conseguiram competir com a dupla da Suécia.

Até então, a Suécia não tinha sequer semifinais no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos. Agora, ganha um ouro e uma dupla que promete se manter forte no circuito por outros anos. Ahman/Hellvig têm recursos técnicos e potencial de crescimento, o que impressiona ainda mais. Além da prata para os alemães Ehlers/Wickler, o bronze ficou para os noruegueses Mol/Sorum, que venceram a decisão do terceiro lugar por 2 sets a 0 contra Cherif/Ahmed.

Vôlei de praia em Paris 2024

Ahman e Hellvig, da Suécia

Foto por Getty Images

A partida começou a pender para Ahman/Hellvig desde o início do primeiro set. Os suecos fizeram os três primeiros pontos. Wickler/Ehlers até buscaram o empate e garantiram certo equilíbrio depois. Porém, foram forçados a pedir tempo com os 9-5 no placar. Nada que resolvesse os problemas. A diferença se ampliou gradativamente, com os suecos mais confiantes até fecharem em 21-10.

O segundo set poderia dar uma nova chance para Ehlers/Wickler, mas de novo a dupla da Alemanha não teve poder de reação à medida que Ahman/Hellvig sustentavam a liderança. Os alemães chegaram a reduzir a distância para 13-11, mas os suecos fizeram cinco pontos consecutivos, com 18-11. Neste momento, a vitória parecia só questão de tempo e não demorou, com 21-13 na parcial.

Hellvig garantiu quatro pontos de bloqueio e um ace, além de nove pontos de ataque. Já Ahman apareceu para dois aces e nove pontos de ataque. Enquanto os alemães concederam 17 pontos a partir de erros, os suecos cederam apenas sete. Para quem esperava um jogo mais disputado, mesmo com o favoritismo da Suécia, a final sequer ofereceu muito tempo de jogo. Foram 25 minutos a menos que a decisão feminina.

Ahman/Hellvig fecharam o vôlei de praia em Paris 2024. O ouro no feminino ficou com a dupla brasileira Ana Patrícia e Duda, também número 1 do ranking. A mineira e a sergipana encerraram 28 anos de espera do Brasil no alto do pódio da competição feminina. A prata foi das canadenses Melissa/Brandie e o bronze ficou com as suíças Hüberli/Betschart.

Vôlei de praia em Paris 2024