A espera está quase no fim. Daqui a 50 dias a capital do Chile, Santiago, vai receber o maior evento esportivo das Américas: os Jogos Pan-Americanos. Serão aproximadamente 7.000 atletas, vindos de 41 países e distribuídos em 39 modalidades, entre 20 de outubro e 5 de novembro.
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Os resultados do Brasil no Pan têm crescido expressivamente nas últimas edições. Não apenas em quantidade de medalhas - terminou em segundo lugar em Lima 2019 com 54 de ouro -, mas em número de presenças em finais e de competidores nos distintos esportes do programa. Em alguns deles, o país mantém um bom retrospecto no evento e são esperanças do Brasil a fim de manter esse histórico.
Esperança, segundo o dicionário, é a "confiança em coisa boa". Por isso, o Olympics.com apresenta abaixo cinco esportes em que atletas brasileiros poderão brilhar na capital chilena.
Ginástica artística contará com Rebeca Andrade
Ginastas do Brasil conqusitaram 11 medalhas (quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze) para o país na última edição do Pan, em Lima (Peru), em 2019. Destaques para o ouro no masculino por equipes, com Arthur Zanetti, Luís Guilherme Porto, Caio Souza, Arthur Nory e Francisco Barretto.
Muita coisa aconteceu na ginástica artística brasileira em quatro anos. Em Tóquio 2020, Rebeca Andrade foi campeã no salto e prata no individual geral. Meses depois, no Mundial 2021m venceu no salto e foi prata nas barras assimétricas. No Mundial 2022, faturou o individual geral e foi bronze no solo, enquanto entre os homens Arthur Nory levou o bronze no mesmo evento, na barra fixa.
Depois de conquistar dois ouros no Campeonato Brasileiro recentemente realizado em Salvador, Rebeca Andrade confirmou presença em Santiago, em busca de uma medalha em Jogos Pan-Americanos que ainda não tem.
Pan 2023 | Rebeca Andrade confirma presença no evento em Santiago
Seleção feminina de handebol em busca do hepta no Pan
Diz uma velha máxima de torcida de clube brasileiro de futebol de que "hexa é luxo". Pois bem, a seleção feminina de handebol pode dizer isso e, em Santiago, conquistar o sétimo ouro consecutivo na competição.
Depois de terem sido bronze em 1995, as brasileiras não perderam uma partida sequer desde Winnipeg, 1999. São 35 partidas de invencibilidade. No entanto, apesar das vitórias nas duas últimas finais, contra a Argentina, em Toronto 2015 e Lima 2019, os jogos tiveram certo equilíbrio no começo e, nas duas ocasiões, indo curiosamente ao intervalo com empate em 12 gols.
Será que o Brasil em Santiago vai conseguir manter a hegemonia no torneio feminino do Pan?
Tênis de mesa deu sete medalhas em Lima 2019
Uma das modalidades que mais crescem no Brasil, o tênis de mesa conferiu ao país sete medalhas no Pan da capital peruana, em 2019.
Vencedor de dois WTT Contenders em 2023, Hugo Calderano tem o Pan de Santiago como um dos grandes objetivos da temporada, em que poderá conquistar o tri: "Não me sinto pressionado pelo tricampeonato. Não fico pensando nisso. Só tenho que fazer o que preciso fazer: jogar o meu tênis de mesa, focar no dia a dia e na competição", disse Calderano para o Olympics.com.
Hugo Calderano | Confira entrevista do mesatenista brasileiro para o Olympics.com
Das sete medalhas brasileiras, as mulheres foram ao pódio em quatro ocasiões. Bruna Takahashi esteve em todas elas. Foi bronze no simples e nas duplas, prata por equipes e também na dupla mista, ao lado de Gustavo Tsuboi. Grande nome da modalidade no Brasil, também tem o Pan de Santiago como grande objetivo de 2023.
“Minha meta é conseguir o ouro individual e em dupla mista porque são torneios importantes para a classificação Olímpica”, falou Bruna para o Olympics.com.
Entrevista | Bruna Takahashi faz história para o tênis de mesa brasileiro feminino
A vitoriosa canoagem brasileira no Pan
A equipe da canoagem do Brasil chama muito a atenção em Jogos Pan-Americanos, quer seja na velocidade e no slalom. Repleto de recursos naturais que potencializam a prática da modalidade e destino conhecido dos competidores brasileiros na América do Sul, as competições no Chile prometem muitas emoções que podem se traduzir em medalhas para o país.
Em Lima 2019 foram oito, cinco de ouro e três de bronze. Isaquias Queiroz faturou o C1 1000 na velocidade, enquanto no slalom Ana Sátila e Pepê Gonçalves levaram dois ouros cada, sendo um deles para ambos no extremo, nova disciplina do programa Olímpico.
Judô pode alavancar desempenho brasileiro
Esporte que mais deu medalhas para o país em Jogos Olímpicos, o judô brasileiro subiu ao pódio nove vezes em Lima 2019.
Em 2023 o último Grand Slam que reuniu atletas do país foi o de Antalya, na Turquia, em abril. Em território turco, foram quatro medalhas: duas de ouro (Rafaela Silva e Ketleyn Quadros) e duas de bronze (Jessica Lima e Willian Lima).
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Recentemente, no Grand Prix de Zagreb (18 a 20 de agosto), judocas do país faturaram cinco medalhas (três de ouro e duas de bronze). Karol Gimenes (-78kg), Jéssica Pereira (-52kg) e Willian Lima (-66kg) foram ao topo do pódio, enquanto Rafael Macedo (-90kg) e Leonardo Gonçalves (-100kg) foram bronze.
Será este um prenúncio do que o Brasil é capaz nos tatames do Chile?
Natação brasileira tem bom histórico em Jogos Pan-Americanos
Em Lima 2019 foram 30 medalhas do Brasil na natação, dez de ouro, nove de prata e 11 de bronze, superando recorde de 26, na Rio 2007 e Toronto 2015. Além delas, brasileiras levaram duas nos 10km nas águas abertas, com Ana Marcela Cunha (ouro) e Viviane Jungblut (bronze).
Os números impressionam? Sem dúvida, sem falar que o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos é da natação, e do Brasil. Thiago Pereira foi 23 vezes ao pódio (15 de ouro, quatro de prata e quatro de bronze).
Nos Jogos Sul-Americanos 2022, em Assunção (Paraguai), o Brasil conqusitou dentro d'água 58 medalhas, sendo 34 de ouro.
Apesar de ter conquistado apenas uma medalha em Fukuoka 2023, com o bronze de Ana Marcela Cunha nos 5km das águas abertas, a natação do Brasil terá em Santiago uma grande oportunidade de fazer bons resultados internacionais neste ano, especialmente com Guilherme Costa, quarto lugar nos 400m em Fukuoka.
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