Tóquio 2020: Ágatha/Duda e Ana Patrícia/Rebecca estreiam domingo no vôlei de praia
Ágatha/Duda estreiam contra as argentinas Gallay/Pereyra, enquanto Ana Patrícia/Rebecca enfrentam as quenianas Makokha/Khadambi. Confira os horários das duplas brasileiras. Objetivo é recuperar o ouro para o Brasil depois de Atlanta 1996.
O Brasil estará representado no vôlei de praia em Tóquio 2020, que acontece em 2021, por duas duplas no torneio feminino: Ágatha e Duda, Ana Patrícia e Rebecca. O objetivo é dar continuidade ao histórico do vôlei Olímpico, esporte no qual se contabilizam 10 medalhas na quadra e 13 na praia – com 23 medalhas (8 de ouro) o vôlei é o esporte que mais contribuiu para o medalheiro do Brasil na frente da vela e do judô.
O último teste antes de Tóquio 2020 foi muito positivo para as duas duplas femininas, que jogaram o tradicional evento de Gstaad, no lado suíço dos Alpes. A rodada do Circuito Mundial viu a vitória cair para Ágatha/Duda por 23/21 e 21/18 na final entre brasileiras.
No caminho para a final, a dupla formada pela paranaense e pela sergipana eliminou as campeãs mundiais Sarah Pavan/Melissa Humana-Paredes (Canadá), enquanto Ana Patrícia/Rebecca, que voltaram ao Circuito Mundial após não disputarem as últimas três etapas, eliminaram Tina Graudina/Anastasija/Kravcenoka (Letônia); o bronze no torneio ficou com as canadenses por 2 sets a 1 (21/13, 13/21 e 17/15).
Desde Atlanta 1996 sem conquistar o ouro, o Brasil espera muito do time que junta a experiente Ágatha Bednarczuk, de 38 anos, com a precoce Duda Lisboa, de 22 anos. Ágatha saiu de um ciclo Olímpico que terminou na Rio 2016 com derrota na final, em uma Arena Copacabana lotada e preparada para a festa. Esse momento da carreira da atleta paranaense foi vivido ao lado de Bárbara Seixas – as duas têm a patente de Sargento da Marinha brasileira e Ágatha desenvolve um projeto social em Paranaguá, através do qual centenas de jovens aprendem a jogar vôlei gratuitamente.
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Para o atual ciclo Olímpico, a veterana Ágatha renovou ambições fazendo dupla com uma atleta 16 anos mais jovem, mas que vem pisando forte no vôlei de praia desde que começou a jogar por influência da mãe, a também voleibolista Cida Lisboa.
Duda é um fenômeno sempre associado a títulos. Em 2014 venceu os Jogos Olímpicos da Juventude ao lado de Ana Patrícia Silva Ramos, ganhando da dupla canadense formada pelas gêmea Nicole e Megan McNamara. Em Tóquio 2020, Duda e Ana Patrícia vão se encontrar já que a mineira jogará com Rebecca Cavalcante.
Ágatha e Duda tiveram química imediata, vencendo o Circuito Mundial e a World Tour Finals em 2018, etapa que junta o top 10 da temporada. Em 2021, venceram a primeira das três etapas do Circuito Mundial que a FIVB organizou em Cancun (México), terminando outros dois eventos no pódio: 3ª colocação em Doha Catar) e 2ª no fecho da estadia em Cancun.
Ágatha e Duda (BRA) são favoritas a ganhar o Grupo C em Tóquio 2020.
- Ágatha/Duda vs Gallay/Pereyra (ARG) dia 23 | 23:00 horas (horário de Brasília)
- Ágatha/Duda vs Wang/X.Y.Xia (CHI) dia 27 | 10:00 horas (horário de Brasília)
- Ágatha/Duda vs Bansley/Brandie (CAN) dia 29 | 9:00 horas (horário de Brasília)
Ana Patrícia e Rebecca prometem competir por cada ponto
O Brasil também estará representado no evento por outra dupla conceituada, que entre 2018 e 2019 venceu três etapas do Circuito Mundial. Ana Patrícia Ramos e Rebecca Cavalcante prometem competir por cada ponto na areia do Parque Shiokaze, recinto provisório com lotação para 12 mil espetadores e vista sobre a Baía da capital japonesa, que será a base do vôlei Olímpico em Tóquio 2020.
Ana Patrícia e Rebecca vão jogar no Grupo D junto com outras três duplas que também nunca estiveram em Jogos Olímpicos. Tal como as brasileiras, Kelly Claes/Sarah Sponcil (EUA), Tina Graudina/Anastasija Kravcenoka (Letônia) e Gaudencia Makokha/Brackcides Khadambi (Quênia) se apresentam em Tóquio 2020 com o estatuto de “rookies”.
A dupla que pode causar mais problemas para Ana Patrícia e Rebeca é a norte-americana, que na atual temporada ganhou os eventos de Socchi (Rússia) e Ostrava (República Tcheca) valendo para o Circuito Mundial.
Ana Patrícia analisou a chave para o site da FIVB.
“É o maior torneio do nosso esporte, por isso sabíamos que teríamos boas duplas no nosso caminho independentemente de como fosse o sorteio. As americanas são muito fortes, as duas são talentosas como é típico dos times do país delas. As letãs trazem a forte tradição do vôlei de praia europeu e mesmo que sem conhecer muito sobre o time queniano, se estão nos Jogos Olímpicos merecem todo o nosso respeito.”
Ana Patrícia e Rebecca são favoritas a ganhar o Grupo D em Tóquio 2020.
- Ana Patrícia/Rebecca vs Makokha/Khadambi (KEN) dia 25 | 23:00 horas (horário de Brasília)
- Ana Patrícia/Rebecca vs Kravcenoka/Graudina (LAT) dia 27 | 23:00 horas (horário de Brasília)
- Ana Patrícia/Rebecca vs Claes/Sponcil (USA) dia 30 | 21:00 horas (horário de Brasília)
Grupos do vôlei de praia feminino em Tóquio 2020
Grupo A - Pavan/Melissa (CAN), Heidrich/Vergé-Dépré A. (SUI), Sude/Borger (GER), Stam/Schoon (NED)
Grupo B - Alix/April (USA), Keizer/Meppelink (NED), Liliana/Elsa (ESP), Xue/Wang X.X. (CHN)
Grupo C - Ágatha/Duda (BRA), Bansley/Brandie (CAN), Wang/X.Y. Xia (CHN), Gallay/Pereyra (ARG)
Grupo D - Ana Patrícia/Rebecca (BRA), Claes/Sponcil (USA), Kravcenoka/Graudina (LAT), Makokha/Khadambi (KEN)
Grupo E - Clancy/Artacho Del Solar (AUS), Makroguzova/Kholomina (ROC), Menegatti/Orsi Toth (ITA), Lidy/Leila (CUB)
Grupo F - Ishii/Murakami (JPN), Betschart/Hüberli (SUI), Kozuch/Ludwig (GER), Hermannova/Slukova (CZE)
O Brasil no vôlei de praia Olímpico
- 6 edições e 13 medalhas
- Atlanta 1996: ouro para Jackie Silva/Sandra, prata para Mônica/Adriana
- Sydney 2000: prata para Adriana Behar/Shelda + bronze para Sandra Pires/Adriana
- Atenas 2004: prata para Adriana Behar/Shelda
- Londres 2012: bronze para Larissa/Juliana
- Rio 2016: prata para Ágatha/Bérbara Seixas