Tóquio 2020: Rebeca Andrade encanta e faz três finais na ginástica

Dia de classificação feminina na ginástica tem grande desempenho de Rebeca Andrade, enquanto Flávia Saraiva se lesiona mas vai à decisão na trave. Simone Biles e Oksana Chusovitina foram outros nomes de destaque em Tóquio 2020 em 2021.

3 minPor Gonçalo Moreira
Rebeca Andrade disputa classificatória da ginástica artística em Tóquio 2020 em 2021
(Gaspar Nobrega/COB)

Rebeca Andrade energizou o Centro de Ginástica Ariake com o Baile de Favela do MC João, que valeu nota de 14.066 e a entrada na final. No Salto o nível foi ainda mais alto com a ginasta do CR Flamengo apostando no Cheng e recolhendo os frutos com a nota de 15.400 no primeiro salto, enquanto no segundo fez um Duplo Twist Yurchenko e somou 15.100!

No total Rebeca Andrade foi 2ª no Geral Individual, 3ª no Salto, 4ª no Solo, 18ª na Trave e 19ª nas Barras Assimétricas. Destaque para o concurso individual, já que apenas Simone Biles foi melhor do que a brasileira por 0.332 e no Solo onde o Brasil volta a colocar uma atleta na final Olímpica, o que não acontecia desde Daiane dos Santos – a primeira campeã mundial da ginástica artística brasileira (Anaheim 2003) foi 5ª em Atenas 2004 e 6ª em Beijing 2008 nesse exercício.

A alegria do time Brasil durou pouco e rapidamente o sentimento mudou para preocupação com Flávia Saraiva, que no final do exercício no Solo caiu mal e sofreu lesão no tornozelo direito. A atleta do CR Flamengo vinha fazendo uma apresentação forte com 13.966 na Trave [foi 5ª na Rio 2016] e mesmo no Solo cumpriu um exercício conservador, mas sólido, ao som de Garota de Ipanema, Aquarela do Brasil e Canto das Três Raças, até que machucou o pé. Flávia Saraiva já não se apresentou na Trave nem nas Barras Assimétricas, sacrificando o Geral Individual para tentar não agravar o problema físico e assim recuperar a tempo da final na Trave.

(2021 Getty Images)

Simone Biles pode continuar escrevendo história em Tóquio 2020

A estrela global da ginástica artística prometeu e cumpriu no Centro de Ginástica Ariake. Aos 24 anos de idade a norte-americana respira confiança e por isso passeou sua superioridade pela qualificação, permitindo-se o luxo de algumas imprecisões.

O resultado final foi o previsto: Simone Biles vai estar em todas as finais da ginástica artística! O currículo da norte-americana é impressionante: qautro medalhas em Jogos Olímpicos, 25 em Campeonatos do Mundo, número inédito para uma atleta com 24 anos na ginástica artística.

Falta saber se Simone Biles pode continuar escrevendo história em Tóquio 2020: caso vença as finais em que vai competir iguala Larisa Latynina, ícone soviético das décadas de 1950/1960, como a ginasta com maior número de ouros olímpicos da história com nove ouros!

Confira todos os resultados das qualificações da ginástica artística feminina em Tóquio 2020.

Nota histórica da sessão fica com Oksana Chusovitina

A nota histórica da sessão fica com Oksana Chusovitina. Em um esporte marcado pela juventude de suas referências, a ginasta de 46 anos esticou a carreira até Tóquio 2020 tornando-se a ginasta mais velha da história a competir em Jogos Olímpicos! A despedida chegou no Salto com 14.166 pontos e um 14º lugar que a deixa fora da final.

  • 1991: estreia internacional no Campeonato do Mundo de Indianapolis com a equipa soviética
  • 8 Jogos Olímpicos
  • 8 medalhas Olímpicas
  • Recordista do Salto com 9 títulos mundiais e a medalha de prata em Beijing 2008
  • Representou a União Soviética, a Equipe Unificada (1992), Alemanha e Uzbequistão, seu país de nascimento
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