Título sul-americano de vôlei feminino ajuda Brasil para o Pré-Olímpico

Técnico José Roberto Guimarães aproveitou confrontos em Recife para dar ritmo de jogo e esboçar um time titular para a disputa da competição que vale vagas a Paris 2024, em setembro no Japão. 

3 minPor Daniel Perissé
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(Maurício Val/FVImagem/CBV)

A seleção brasileira de vôlei feminino conquistou o Campeonato Sul-Americano, em Recife. Porém, mais importante que o título, obtido com uma rodada de antecedência, foi a oportunidade de o técnico José Roberto Guimarães dar ritmo de jogo e fazer ajustes na equipe que irá para a disputa do Pré-Olímpico, que vale vagas aos Jogos Paris 2024, a ser realizado em setembro no Japão.

Na terça-feira à noite, diante de um ginássio Geraldão lotado, o Brasil superou o Peru por 3 sets a 0, parciais de 25-14, 25-18 e 25-9, e chegou à terceira vitória consecutiva em sets diretos, não podendo mais ser alcançado pelos demais rivais em número de vitórias, número de pontos e saldo de sets.

"Esse título do Sul-Americano é importante, principalmente por ter sido conquistado aqui no Brasil. Há 14 anos nós não jogávamos o Sul-Americano aqui. Foi uma competição muito importante na preparação para o nosso principal alvo da temporada, que é o Pré-Olímpico. Buscar opções e dar ritmo a todo mundo. No Pré-Olímpico teremos sete jogos e vamos precisar de um elenco grande e preparado," comentou Zé Roberto em declarações divulgadas pela Confederação Brasileira de Vôlei.

De fato, o Sul-Americano trouxe a oportunidade de o Brasil fazer duas partidas contra adversários do seu grupo no Pré-Olímpico: Peru e Argentina. Em ambas, vitória por 3 sets a 0 - diante das argentinas, as parciais foram de 25-17, 25-16 e 25-17, em partida realizada no domingo.

Foi o 23o título Sul-Americano da seleção brasileira de vôlei feminino, sendo o 15o de forma consecutiva.

Titulares ganham entrosamento

O Brasil enfrenta nesta quarta-feira a Colômbia, às 20h30, apenas para cumprir tabela. Nessa partida, Zé Roberto deve poupar o sexteto que entrou como titular em dois jogos pelo Sul-Americano: Roberta, Kisy, Gabi, Julia Bergmann, Carol e Thaisa, com Nyeme como líbero. Na estreia, diante do Chile, Thaisa deu lugar a Diana.

"A cada partida buscamos melhorar para chegar onde almejamos. Nosso foco é o Pré-Olímpico e fico feliz com nossas atuações. Hoje mantivemos o foco em toda a partida. A nossa postura tem melhorado e estou feliz pelo título," comentou Roberta, que foi a levantadora titular - Macris, com dores nas costas, tem entrado no decorrer de algumas partidas, e deve estar 100% recuperada para o Pré-Olímpico.

Na edição 2023 da Liga das Nações, o Brasil acabou eliminado pela China nas quartas de final.

Entenda o sistema do Pré-Olímpico

Como país-sede, a França já tem uma vaga garantida nos torneios masculino e feminino em Paris 2024. Das 11 vagas restantes de cada gênero, seis serão definidas em três Pré-Olímpicos.

Serão 24 equipes ao todo na disputa, definidas pelo ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) de 12 de setembro (masculino) e 17 de outubro (feminino) de 2022.

O Brasil está no grupo B. Além dos rivais sul-americanos Argentina e Peru e o anfitrião Japão, completam a chave Porto Rico, Turquia, Bélgica e Bulgária. Todas as partidas acontecem em Tóquio, palco da última edição dos Jogos Olímpicos.

"Nosso objetivo era ganhar o Sul-Americano, mas temos mais uma partida. O mais importante é ver o crescimento da equipe, estamos cada vez melhores nos nossos fundamentos. Sabemos que temos um longo caminho pela frente, mas estamos no caminho certo,” destacou a ponteira Gabi, capitã da seleção.

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