No sufoco, Rayssa Leal avança à final do skate street nos Jogos Olímpicos Paris 2024 

Por Gustavo Longo
4 min|
Rayssa Leal na classificatória do skate street em Paris 2024
Foto por Luiza Moraes/COB

Medalhista de prata em Tóquio 2020, a brasileira Rayssa Leal atingiu seu primeiro objetivo nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com 241.43 pontos e dificuldade nas duas voltas, ela alcançou a sétima maior nota da classificatória do skate street feminino na manhã deste domingo, 28 de julho, e avançou à final da competição.

A decisão acontecerá ainda hoje, a partir das 12h no fuso horário de Brasília. A maior nota da classificatória foi da japonesa Yoshizawa Coco, que obteve 258.92 pontos na somatória de sua melhor nota com as duas melhores manobras. O evento terá transmissão do Olympics.com!

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Rayssa teve problemas em suas duas voltas. Nesta edição Olímpica, o sistema de pontuação do skate street contabiliza obrigatoriamente a melhor volta da atleta (entre duas tentativas) e suas duas melhores manobras (num total de cinco chances). Assim, sem encaixar as duas voltas, ela teve uma nota inferior do que normalmente alcança.

Pâmela Rosa e Gabi Mazetto, outras brasileiras na disputa dos Jogos Olímpicos Paris 2024, não conseguiram terminar entre as oito melhores. Pâmela conseguiu 205.23 pontos em suas apresentações e foi a 16ª colocada. Já Gabi acertou apenas uma manobra e teve 144.35 pontos na 19ª posição.

Mesmo com um pequeno sufoco, Rayssa Leal garantiu vaga na decisão. Além dela, sete skatistas brigarão pelas medalhas, incluindo a australiana Chloe Covell, a chinesa Cui Chenxi e as japonesas Akama Liz e Nakayama Funa, também apontadas como favoritas na disputa feminina.

Rayssa Leal erra voltas, mas capricha nas manobras para ir à final

Quem imaginava uma classificação tranquila para Rayssa Leal na classificatória do skate street feminino nos Jogos Olímpicos Paris 2024 teve que torcer muito nas manobras para a brasileira melhorar a pontuação. Isso porque ela teve problemas nas duas voltas, obtendo a menor nota da bateria.

Na primeira, ela errou um flip e, mesmo cravando a linha na sequência, não passou de 59.88 pontos. Na segunda tentativa, errou novamente o flip e, depois de não encaixar outra manobra, abortou sua passagem.

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Com isso, ela precisaria acertar duas manobras acima de 85 pontos para garantir uma nota final considerada segura para a decisão. Na primeira, já fez 85.87 pontos. Mas o melhor estava por vir. Na segunda tentativa de manobra conseguiu 88.87 pontos e, na terceira, fez 92.68 - simplesmente a maior nota da classificatória para chegar a 241.43 pontos.

Mas como manter a tranquilidade para se recuperar e encaixar as manobras decisivas?

“Tudo isso vale muito o meu time, minha família. Fiquei um pouco nervosa, mas eles me ajudaram bastante”, comentou Rayssa ao Olympics.com. “Fiquei feliz por receber esse apoio, sabe, que a gente não recebeu em Tóquio. Sei que é tudo muito diferente, melhor, mais aprimorado, e a gente não tinha ideia que iria lotar tanto assim, ia ter tanto brasileiro”, concluiu.

Pâmela Rosa sente nova lesão; Gabi Mazetto realiza sonho em Paris 2024

Assim como Rayssal Leal, as brasileiras Pâmela Rosa e Gabi Mazetto também enfrentaram dificuldades em suas voltas e manobras na classificatória do skate street feminino nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

Pâmela obteve apenas 41.48 em sua segunda tentativa e, mesmo com manobras valendo 80.10 e 83.65, não conseguiu avançar à decisão. Emocionada, ela lamentou uma nova lesão na véspera de Paris 2024 – mesmo roteiro que ela enfrentou em Tóquio 2020.

“Não era como eu queria [a participação] porque infelizmente me lesionei de novo há dois dias, torci meu pé. Agora é recuperar”, lamentou.

Gabi Mazetto até conseguiu 61.17 na segunda tentativa, mas acertou apenas uma das manobras (duas obrigatoriamente são contabilizadas na nota) e se despediu de sua primeira edição dos Jogos Olímpicos com 144.35 pontos.

“É um sonho que eu realizei”, afirmou, agradecendo ao apoio que recebeu de Pâmela entre suas tentativas. “Skate é isso, amizade, diversão e, acima de tudo, respeito. A gente só quer andar de skate e ser feliz”, concluiu.

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