Robert Scheidt completa 50 anos: relembre algumas das principais conquistas de um dos maiores medalhistas Olímpicos brasileiros
Paulistano foi cinco vezes ao pódio em diferentes edições dos Jogos, tendo conquistado dois ouros na classe Laser. Atualmente morando na Europa, ele ainda segue envolvido com a vela e tenta passar paixão pelo esporte para os filhos.
Um dos maiores medalhistas Olímpicos de toda a história do esporte brasileiro, Robert Scheidt celebra 50 anos neste dia 15 de abril. Para lembrar a data, o Olympics.com relembra algumas das principais conquistas do velejador, que atualmente mora na Europa.
Nascido em 15 de abril de 1973, Scheidt começou a velejar na represa de Guarapiranga, no Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo. Aos 11 anos veio o seu primeiro título importante: o sul-americano da classe Optimist, que conquistaria outras duas vezes nos anos 80.
Scheidt apareceu com destaque no início da década de 1990, quando passou a se dedicar à classe Laser após rápida passagem pela Snipe. Em 1991, ele ganhou o Mundial Júnior, na Escócia, vencendo nada menos que dez das 11 regatas disputadas.
Em 1995 vieram suas duas primeiras grandes conquistas: o Mundial adulto, em Tenerife, na Espanha, e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata.
Atlanta 1996: a primeira conquista Olímpica
Nos Jogos Atlanta 1996, veio o primeiro de seus dois ouros Olímpicos. Com um desempenho acima da média, ele terminou entre os três primeiros em cada uma das 11 regatas e ganhou a prova, desbancando o britânico Ben Ainslie. O troco do europeu viria na edição seguinte, quando venceu em Sydney 2000 e deixou o brasileiro com a prata.
Em Atenas 2004, veio o segundo ouro, também na classe Laser, e a terceira medalha consecutiva nos Jogos.
No ano de 2008, competindo ao lado de Bruno Prada na classe Star, Scheidt ficou com a prata nos Jogos Beijing 2008 e, quatro anos depois, acabaria com o bronze em Londres 2012, encerrando seu ciclo de conquistas Olímpicas.
"Acho que esses cinco Jogos Olímpicos representam uma vida dedicada ao esporte, uma vida na qual investi todas as minhas energias e meu tempo para obter o máximo do meu potencial como atleta", comentou Scheidt em seu perfil no Olympics.com.
Em Tóquio 2020, a última participação nos Jogos
Scheidt resolveu encarar um desafio para a disputa dos Jogos Rio 2016, em seu país: retornar à Laser. E, aos 43 anos, ele chegou muito perto do pódio na Baía de Guanabara: ele venceu a regata da medalha, mas acabou terminando em um quarto lugar geral.
Após um pequeno flerte com as classes 49er e um retorno à Star, entre outras experiências, o paulista resolveu retornar à Laser mais uma vez. E, perto de completar 47 anos, conseguiu outro feito: tornou-se um dos brasileiros com sete participações dos Jogos na bagagem, ficando em oitavo nos Jogos Tóquio 2020_. _
Nova fase na vela e de olho no futuro
Atualmente morando na cidade italiana de Torbole, Robert Scheidt não se afastou da vela. Depois de se arriscar como treinador em 2018, orientando o brasileiro Jorge Zarif, ele tem se envolvido com clínicas de vela e outras atividades para passar sua experiência aos mais novos.
Mas pelo que se vê em suas redes sociais, suas orientações têm como alvo principal o filho mais velho, Erik, que ano passado disputou o Pré-Mundial de Optimist em Bodrum, na Turquia - e com a sigla "BRA" no seu colete, apesar da dupla nacionalidade. Sua mãe, Gintare Schmidt, foi vice-campeã Olímpica na Laser Radial em Pequim 2008, quando ainda era conhecida pelo sobrenome Volungeviciute.
Há exemplos como o de Martine Grael, bicampeã Olímpica na classe 49er FX e filha de Torben Grael, outro velejador brasileiro com cinco medalhas Olímpicas na carreira. Porém, ainda é cedo para saber se Erik ou Lukas, filho caçula do casal, irão seguir os mesmos passos - ou assumir o leme - dos pais.
LEIA | Conheça a iQFoil, classe da vela que vai substituir a RS:X