Portugal conquista dois bronzes no Mundial de ciclismo de pista, com Maria Martins e Ivo Oliveira
Martins subiu ao pódio no omnium feminino e levou sua segunda medalha em Mundiais, assim como Oliveira, terceiro colocado na perseguição individual. O time português conta com cinco ciclistas em Saint-Quentin-en-Yvelines, na França.
Portugal subiu ao pódio duas vezes nesta sexta-feira, 14 de outubro, no Campeonato Mundial de ciclismo de pista de 2022, em Saint-Quentin-en-Yvelines, na França.
Ivo Oliveira, de 26 anos, foi medalha de bronze na perseguição individual masculina e conquistou sua segunda medalha em Mundiais, já que ele também foi prata no mesmo evento em 2018.
O português terminou a prova em 4 minutos, 8 segundos e 738 milésimos, superando o britânico Dan Bigham em luta direta pelo bronze. O título ficou com o italiano Filippo Gana, que venceu o compatriota Jonathan Milan.
“Quando aqui cheguei não sabia exatamente qual seria o meu estado de forma, pois estive doente na semana passada. Quando percebi que o corpo estava a responder bem só queria conseguir bater o meu recorde pessoal. Na final, sabia que o corredor britânico já tinha competido ontem e que isso poderia jogar a meu favor, por estar mais desgastado. Nas voltas finais ouvia o selecionador a motivar-me e também o meu irmão que estava nas bancadas. Esse apoio deu-me muita força. Esta medalha é o resultado de muito esforço e sacrifício depois de no ano passado quase não ter competido. Para mim foi como ser campeão do mundo”, afirmou Oliveira ao site da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Em seguida, Maria Martins, de 23 anos, também conquistou o bronze, mas no omnium, evento que combina quatro provas de ciclismo de pista.
A primeira prova foi o scratch, em que a portuguesa ficou na oitava colocação. Sua grande recuperação veio na corrida por tempo, alcançando o terceiro lugar. Ela se manteve na briga ao ficar em quarto na corrida de eliminação. Já na final, ela somou dois pontos no sprint e levou o bronze.
Martins somou 99 pontos, ficando atrás apenas da estadunidense Jennifer Valente e da neerlandesa Maike van der Duin.
Esta é a segunda medalha em Mundiais de Martins, que também foi terceira no scratch em 2020.
"É inacreditável ter conseguido esta medalha, ainda para mais numa disciplina olímpica e num campeonato do mundo de elite. Fiz uma corrida muito consistente e isso também foi o que levou a que conseguisse chegar à medalha. A queda não deixou mazelas que me pudessem prejudicar nas corridas seguintes e senti-me sempre bem até ao final da prova. Nunca coloquei as medalhas como objetivo, mas quando percebi que estava com o pódio na mira foi tentar agarrar o terceiro lugar com todas as minhas forças", disse Martins ao site da Federação Portuguesa de Ciclismo.
"Esta medalha é muito especial para mim, pois é a recompensa de todo o trabalho que tenho feito nestes últimos meses. Estou muito grata por toda a ajuda que tenho tido e pelo apoio de todos aqueles que têm estado ao meu lado. Estou mesmo nas nuvens com este dia e não podia pedir uma melhor forma de terminar esta época”, acrescentou.
Em Tóquio 2020, Martins se tornou a primeira atleta de Portugal a disputar os Jogos Olímpicos no ciclismo de pista. Ela ficou em sétimo lugar no omnium.
Portugal tem cinco ciclistas na disputa do Mundial. Além de Oliveira e Martins, Rui Oliveira, João Matias e Daniela Campos competem na França.
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