Alerta de medalha: Niskanen derrota Bolshunov nos 15km do cross-country; Manex Silva e José Cabeça completam prova

Finlandês consegue revanche contra o atleta do ROC e se torna tricampeão Olímpico. Bronze é do norueguês Johannes Hoesflot Klaebo. Português José Cabeça é 88º e brasileiro Manex Silva 90º.

Gold medallist Iivo Niskanen, Silver medallist Alexander Bolshunov (L) and Bronze medallist Johannes Hoesflot Klaebo celebrate
(2022 Getty Images)

A prova dos 15km estilo clássico masculino do esqui cross-country em Beijing 2022, em 11 de fevereiro, teve grandes apresentações do finlandês Iivo Niskanen (ouro, 37min54s8), de Alexander Bolshunov do ROC (prata, 23.2 centésimos acima), e do norueguês Johannes Hoesflot Klaebo (bronze, 37s5 acima).

Niskanen, 30, deu o troco em Bolshunov, 25, que havia ficado com o ouro no skiathlon 30km, enquanto o finlandês havia se contentado com o bronze.

Esta foi a segunda medalha de Niskanen em Beijing 2022, mas seu terceiro ouro Olímpico. Ele também venceu a largada em massa 50km clássico em PyeongChang 2018 e o sprint por equipes clássico em Sochi 2014, mostrando que se dá bem neste estilo de esquiar.

Sobre a rivalidade com Bolshunov, Niskanen disse que ambos se respeitam bastante. "Eles (ROC) têm sido os mais fortes junto a mim nas provas de distância".

"Não senti que estava voando nessa alta altitude. Estava mais preocupado depois do skiathlon com a forma de Bolshunov", acrescentou. "Mas fiz minha própria corrida hoje e, vendo os últimos 16 ou 17 eventos de 15km clássicos recentes, eu fiz 14 pódios. Eu me sentia pressionado a ganhar este ouro".

Outro fato curioso sobre o título de Niskanen é que sua irmã, Kerttu Niskanen, foi medalha de prata no mesmo evento (clássico feminino) no dia anterior.

Bolshunov frustrado e Klaebo satisfeito

Bolshunov continua em boa fase, ganhando sua segunda medalha em Beijing 2022. Em PyeongChang 2018, ele saiu com três pratas e um bronze. Dono de três medalhas no Mundial de 2021, o atleta do ROC chegou a abrir mão de disputar o sprint para estar 100% para os 15km.

No entanto, Bolshunov não ficou feliz com o resultado. "Como posso estar contente com isso? Estaria contente se tudo tivesse acontecido como planejado e eu poderia ganhar. Aí eu estaria 200%", comentou.

Ele também não gostou de ser lembrado de que é o atleta de seu país com mais medalhas no cross-country. "Se eu tivesse cinco ouros, eu pensaria nisso. Agora, não há nada para pensar sobre".

Klaebo, 25, também embolsa sua segunda medalha em Beijing 2022. O norueguês conquistou o título do sprint masculino após decepcionar no skiathlon, em que foi apenas o 40º. Tricampeão Olímpico em PyeongChang 2018, Klaebo se tornou o vencedor mais jovem no cross-country da história dos Jogos de Inverno há quatro anos.

"Como esperado, ele [Niskanen] foi muito rápido. Ele mereceu a medalha de ouro. Ele tem sido o melhor esquiador de 15km clássico por um bom tempo, então ele era invencível", analisou Klaebo. "Para mim, é minha primeira medalha Olímpica em distância e acho que essa é tão boa quando um ouro. Estou bem satisfeito", completou.

Atual tricampeão dos 15km (que eram disputados como estilo livre), o suíço Dario Cologna terminou em 44º. O lendário esquiador cross-country vai se aposentar neste ano.

José Cabeça e Manex Silva completam prova

O português José Cabeça disputou seu único evento em Beijing 2022 nos 15km estilo clássico, atingindo o 88º lugar, 11min17s2 acima de Niskanen. Já Manex Silva fez sua terceira prova, com o 90º posto, 12min40s3 mais lento que o campeão.

Manex, que bateu o recorde de pontos FIS do Brasil no sprint, agora terá um período de folga até o dia 19, quando disputa a largada em massa 50km.

"Clássico não é o estilo que eu gosto, tinha expectativa de fazer uma boa corrida, mas não deu", disse Manex ao Sportv.

(2022 Getty Images)
Mais de