Marrocos dá show de seis gols e leva bronze inédito no futebol masculino de Paris 2024
Marrocos se despede do futebol masculino em Paris 2024 com um resultado inesquecível. Se os marroquinos já tinham feito história na última Copa do Mundo, com a quarta colocação no Mundial 2022, desta vez conseguiram dar um passo além: conquistaram o bronze Olímpico. Nesta quinta-feira, 8 de agosto, Marrocos venceu o Egito por 6 a 0 e celebrou o inédito pódio.
O primeiro tempo teve os dois primeiros gols de Marrocos. Abde Ezzalzouli liderou o time com um lindo tento e assistência. O placar se abriu no inicio do segundo tempo, com destaque para o artilheiro Soufiane Rahimi. Fez o seu segundo gol na tarde, o oitavo na competição, e ainda deu uma assistência. Já no final, a partida perfeita teve um belíssimo gol de falta assinalado pelo capitão Achraf Hakimi.
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Esta é a primeira medalha de Marrocos em um esporte coletivo na história dos Jogos Olímpicos. Antes disso, os marroquinos só haviam conquistado pódios no atletismo e no boxe. No futebol masculino, os marroquinos tinham como melhor campanha o oitavo lugar conquistado em Munique 1972. Marrocos havia vencido o Egito na final para conquistar o Pré-Olímpico Africano 2023.
A decisão do futebol masculino nos Jogos Olímpicos acontecerá nesta sexta-feira, 9 de agosto, às 13h (de Brasília). Espanha e França lutarão pelo ouro. No feminino, a final está marcada para 10 de agosto, sábado, a partir das 12h (de Brasília). O Brasil tentará a conquista inédita diante dos Estados Unidos.
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A seleção de Marrocos comemora
Marrocos reúne talentos e tem Rahimi como destaque
O time Olímpico de Marrocos conta com talentos da seleção principal. O goleiro Munir Mohamedi e o lateral Achraf Hakimi disputaram a Copa do Mundo 2022, entre aqueles acima de 23 anos. Hakimi é a grande estrela da convocação, com carreira estabelecida no futebol de clubes europeu.
Dos mais jovens, o meia Bilal El Khannous e o ponta Abde Ezzalzouli também estiveram no Mundial, enquanto outros prodígios como Ilias Akhomach, Oussama El Azzouzi e Amir Richardson frequentaram convocações recentes do time principal.
O grande destaque de Marrocos em Paris 2024, no entanto, foi outro jogador acima dos 23 anos: o atacante Soufiane Rahimi. O atleta de 28 anos vinha em alta, após liderar o Al Ain no título da Liga dos Campeões da Ásia. Rahimi foi repetidamente decisivo nos Jogos Olímpicos, com oito gols. Balançou as redes em todas as seis partidas. É o maior artilheiro em uma edição dos Jogos desde Carlos Tevez, também com oito gols em Atenas 2004.
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Como foi a goleada
O Egito ameaçou no início da partida e colocou o goleiro Munir Mohamedi para trabalhar nos primeiros dez minutos. Porém, quando Marrocos pôde exercer um domínio mais claro, conseguiu construir sua vitória. O primeiro gol saiu aos 23 minutos, com um belo chute colocado de Abde Ezzalzouli. Três minutos depois, Abde serviu e Soufiane Rahimi definiu de cabeça nas redes, para fazer o segundo gol.
Na sequência do primeiro tempo, o Egito não conseguiu fazer muito para descontar. E a situação ficou ainda mais difícil na volta do intervalo, quando Marrocos assinalou o terceiro gol. Aos seis minutos do segundo tempo, Abde desta vez acionou Bilal El Khannous, que bateu no canto e encaminhou a medalha de bronze para os marroquinos. Já aos 19 minutos, Rahimi anotou o quarto gol de Marrocos. Recebeu o passe na medida de Ilias Akhomach e não perdoou.
Rahimi também mostrou como também pode ser garçom e deu uma assistência para Akram Nakach fazer o quinto gol, aos 28 minutos. A partir de então, prevalecia a festa de Marrocos nas arquibancadas. Faltava a cereja do bolo, e ficou por conta da estrela da companhia, Achraf Hakimi. Numa cobrança de falta, o lateral mandou a bola no ângulo e fechou a contagem com o sexto gol, aos 42 minutos.
O Egito, apesar da eliminação, se despede com uma campanha até acima das expectativas. O sucesso dos egípcios aconteceu sob o comando do brasileiro Rogério Micale, campeão com o Brasil na Rio 2016. O Egito repete seu melhor resultado no futebol Olímpico, após a quarta colocação em Amsterdã 1928 e em Tóquio 1964.
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