Consistência poderia ser um dos sobrenomes de Kelvin Hoefler. Há quase uma década, o brasileiro tem ocupado a prateleira mais exclusiva no skate street masculino. Dois anos após levar a prata em Tóquio 2020, ele briga pelo título no Pro Tour de Lausanne em 2023.
"Eu estou me sentindo ótimo, muito bem no meu skate, com a maneira que eu tenho andado", disse Kelvin ao Olympics.com durante a etapa de Tóquio da Street League.
Em 2023, Kelvin venceu a etapa de Chicago da Street League, ganhou prata nas duas edições dos X-Games, conquistou o bronze no Pro Tour de Roma e foi quarto colocado no Mundial em Sharjah.
"Acho que meu melhor ano foi 2015, quando eu ganhei o Super Crown, o Dew Tour, vários eventos. Eu tenho trabalhado muito todo dia no meu skate. Só quero continuar até onde eu puder", afirmou.
'Senti um pouco após os Jogos Olímpicos'
Mesmo uma carreira constante como a de Kelvin também tem seus altos e baixos. Em 2022, o brasileiro teve uma queda de rendimento, que ele atribui a uma reação à medalha Olímpica.
"Acho que eu não estava focado o suficiente nos eventos de skate, estava fazendo outras coisas. Estava mais filmando e fazendo coisas com a família. Eu senti um pouco depois dos Jogos Olímpicos", contou.
Aos 30 anos, e com oponentes cada vez mais jovens e de todo o mundo, os feitos de Kelvin se tornam ainda mais notáveis.
"Todo dia eu tento coisas diferentes, tento aprender novas manobras. Acho que é continuar andando, faço isso todo dia e me divirto com meus amigos. Isso não mudou com a medalha de prata", afirmou.
A medalha intocável
Quando o assunto é Paris 2024, Kelvin ressalta a importância de se divertir, mas revela o desejo de subir ao pódio mais uma vez. Quem sabe no lugar mais alto.
"Tenho muito orgulho da minha prata, acho que andei muito bem naquele evento. E acho que posso melhorar bastante, se eu melhorar um pouco acho que tenho muito potencial de ir bem. Acho que terei uma chance muito boa", disse.
Kelvin terá a chance de dar uma "irmã" à prata que está na sua estante da sala, um item 'intocável' para outras pessoas.
"[A medalha] está na minha sala, todo dia que eu acordo eu olho para ela", comentou. "Quando eu ganho eu deixo lá e ninguém mais pode tocar, só eu!"