Brasil é bronze por equipes mistas no judô nos Jogos Olímpicos Paris 2024: veja frases dos atletas
O Brasil conquistou neste sábado, 3 de agosto, uma medalha inédita em sua história nos Jogos Olímpicos, com o bronze da equipe mista do país no judô. É o primeiro pódio do país em evento misto, considerando todas as modalidades.
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Na disputa pelo bronze, o time brasileiro encarou o italiano. Das seis lutas, empate em três, com o duelo decisivo definido através de sorteio, colocando Rafaela Silva novamente contra Veronica Toniolo. A carioca vinha de quatro vitórias no dia e venceu mais uma, garantindo ao Brasil a 28ª medalha Olímpica na modalidade.
Última a lutar, Rafaela Silva foi a primeira a falar para o Olympics.com após a série. Perguntada se foi um dia perfeito, ela preferiu dizer: "Estou muito feliz de saber de onde saí com essa medalha aqui de Paris. Oito anos depois, eu aqui na minha terceira Olimpíada. Cheguei até a semifinal no individual e acabei saindo sem medalha. Mas a gente estava muito focado, querendo muito essa medalha inédita pro Brasil. Nos campeonatos mundiais anteriores, a gente acabava empatando no 3 a 3, disputando de igual pra igual. A gente sabia da força da nossa equipe, ainda mais quando estamos unidos. Acho que com certeza a gente merecia essa medalha."
Assim como Rafaela, Willian Lima - prata em Paris 2024 na disputa até 66kg -, ressaltou a importância do grupo: "Ganhar no individual é muito gostoso, mas você compartilhar a conquista com um time, com uma família é muito mais saboroso, sabe?"
Rafael Macedo, que havia perdido a disputa do bronze até 90kg, abriu um sorriso e assim comentou: "Eu estava com o amargo na garganta e foi muito especial ganhar essa medalha por equipes. Queria muito ter ganhado no individual também, mas do jeito que foi por equipes ali, é tanta emoção que eu fico muito feliz em estar saindo com essa medalha."
Felicidade compartilhada por Beatriz Souza, que voltará para casa com duas medalhas, a de ouro (+78kg) e, agora, o bronze: "A gente não podia ir embora sem levar essa medalha pra casa. A gente não podia. Foi incrível."
Ketleyn Quadros voltou a subir no pódio em Jogos, pela segunda vez. A primeira tinha sido em Beijing 2008, quando também foi bronze. Assim como Beatriz, duas medalhas, mas as da brasiliense foram obtidas dentro de um espaço de 16 anos. Manter-se por este tempo na elite do esporte é para poucos: "Eu estou muito feliz porque esses 16 anos passaram assim, muito rápido. Foram cinco ciclos Olímpicos, em que eu cresci muito, amadureci muito, pensando sempre em melhorar. E conseguir ter essa melhora depois de 16 anos é realmente mostrar que quando a gente deseja, quando a gente sonha, quando a gente sabe o que quer todos os dias... porque a gente não sabe como vai chegar.. mas o importante é saber aonde você quer chegar."
Por último, Rafael Silva. Aos 37 anos, o brasileiro tornou-se neste sábado (3 de agosto) o judoca com mais idade a obter uma medalha Olímpica: "Estou feliz de encerrar essa história com uma medalha inédita, pensar em uma carreira com três medalhas Olímpicas, é como ter vivido várias vidas em uma só. Só tenho que agradecer. Essa galera lutou demais hoje, eu consegui contribuir um pouco, fiz uma luta. Eu estou feliz demais e acho que o judô brasileiro merecia muito essa medalha."