Dia Mundial do Basquete: confira lista das jogadoras brasileiras com passagens pela WNBA

Ao todo 15 atletas do Brasil jogaram na liga profissional feminina americana, desde a sua primeira edição, em 1997. Duas foram campeãs. O Olympics.com relaciona os nomes de todas elas, desde Janeth até Kamilla Cardoso.

6 minPor Virgílio Franceschi Neto
Erika de Souza #14 of the Atlanta Dream against Rebekkah Brunson #32 of the Minnesota Lynx in Game Three of the 2011 WNBA Finals at Philips Arena on October 7, 2011 in Atlanta, Georgia.
(2011 Getty Images)

Atual octacampeã consecutiva do torneio feminino Olímpico de basquete, os Estados Unidos têm também a liga profissional mais competitiva, a WNBA (Women’s National Basketball Association – sigla em inglês para Associação Nacional Feminina de Basquete).

Celeiro de craques na modalidade, é bastante comum ver jogadoras do Brasil atuarem em território americano, tanto em nível universitário quanto no profissional. Desde a sua primeira temporada, em 1997, com Janeth, até Kamilla Cardoso, escolhida em 2024, foram ao todo 15 brasileiras que vestiram as camisas das franquias da WNBA.

Neste 21 de dezembro, Dia Mundial do Basquete, o Olympics.com apresenta abaixo as atletas do país com passagem pelo torneio que é referência no esporte. A ordem das atletas é cronológica – da mais antiga para a mais recente.

Janeth Arcain

Um dos maiores nomes do basquete brasileiro e mundial, Janeth Arcain foi a primeira do país a atuar na liga profissional dos Estados Unidos. Duas vezes medalhista Olímpica, foi a 13ª escolha da segunda rodada do draft de 1997. Disputou oito temporadas e venceu a liga em quatro ocasiões, todas elas pelo Houston Comets, tendo sido escolhida All-Star da WNBA em 2001.

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Leila Sobral

Leila atuou pelo Washington Mystics uma temporada apenas, a de 1998. Esteve em quadra em 14 ocasiões. Foi campeã do mundo pelo Brasil em 1994 e medalhista de prata em Atlanta 1996.

Alessandra Oliveira

A pivô jogou quatro temporadas (1998, 1999, 2000 e 2001) em três franquias diferentes: Washington Mystics, Indiana Fever e, por último, em 2001, pelo Seattle Storm. Alessandra Também foi campeã mundial em 1994 e medalha de prata nos Jogos Atlanta 1996.

Cláudia Neves

Claudinha, como também é conhecida, atuou em quatro temporadas, de 1999 a 2002. Até 2001, a armadora vestiu a camisa do Detroit Shock. Em 2002, mudou-se para a Flórida para competir pela extinta franquia do Miami Sol. Pela seleção brasileira, foi bronze em Sydney 2000.

Cíntia Tuiú

Cíntia foi a quarta escolha da primeira rodada do draft da WNBA, onde jogou por três anos (entre 2000 e 2002), todas elas pelo Orlando Miracle, atual Connecticut Sun. A melhor temporada da pivô foi em 2000, quando entrou em quadra em 32 partidas e teve média de sete pontos por jogo.

Pelo Brasil, venceu o Mundial de 1994 e obteve as medalhas Olímpicas de prata (Atlanta 1996) e de bronze (Sydney 2000).

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Kelly Santos

A pivô paulistana Kelly foi selecionada para atuar na WNBA na escolha de 2001 pelo Detroit Shock, onde ficou até o ano seguinte. Voltou para a liga mais um único ano, 2008, desta vez pelo Seattle Storm. Foi bronze nos Jogos de Sydney 2000.

Adrianinha

A armadora nascida em Franca jogou por três temporadas (2001, 2002 e 2007) na liga profissional norte-americana, todas elas pelo Phoenix Mercury. O melhor desempenho de Adrianinha foi em 2002, quando vez 32 partidas e média de seis pontos por jogo. Também foi medalhista Olímpica de bronze em Sydney.

Helen Luz

Ala-armadora, Helen disputou três edições de Jogos Olímpicos (1992, 2000 e 2004), tendo sido bronze em Sydney 2000. Na WNBA, fez a sua estreia em 2001 pelo Washington Mystics, única franquia por onde atuou, até seu último ano na liga, em 2003.

Érika de Souza

É a brasileira que mais jogou na liga profissional dos Estados Unidos, a WNBA, em 2002 e depois entre 2007 e 2017. Logo na sua primeira temporada, em 2002, Érika ajudou o Los Angeles Sparks a conquistar o título. É a única do país a obter o feito, ao lado de Janeth.

Retornou aos Estados Unidos em 2007, pelo Connecticut Sun. A partir de 2008 foram oito temporadas pelo Atlanta Dream. Entre 2015 e 2016, vestiu a camisa do Chicago Sky. Em seu último ano na WNBA, jogou pelo San Antonio Stars, atual Las Vegas Aces. Foi All-Star da liga em três ocasiões.

Atuou pela seleção brasileira durante 25 anos. Em Jogos Olímpicos, Érika foi semifinalista em Atenas 2004.

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Iziane

Ala-armadora, Iziane disputou 11 temporadas na WNBA, em seis franquias diferentes: Miami Sol, Phoenix Mercury. Seattle Storm, Atlanta Dream, Washington Mystrics e Connecticut Sun.

Pelo Atlanta Dream, da Geórgia, ajudou a equipe a chegar às finais da liga em dois anos seguidos, 2010 e 2011. Sua melhor temporada foi a de 2010, quando teve uma média de 16,9 pontos por jogo (34 partidas).

Damiris Dantas

A pivô foi a 12ª escolha da primeira rodada do draft de 2012. Seu primeiro time foi o Minnesota Lynx. Em 2015, foi transferida para o Atlanta Dream e, em 2019, retornou para Minnesota, onde ficou até 2022.

Depois de uma passagem pelo basquete europeu em 2023, Damiris voltou para a liga americana em 2024, com a camisa do Indiana Fever. Tem mais de 250 partidas disputadas pela WNBA.

Nádia Colhado

A paranaense Nádia disputou três temporadas na WNBA (2014, 2015 e 2017). Nas duas primeiras, vestiu a camisa do Atlanta Dream e, em 2017, jogou no Indiana Fever. Pelo Brasil, esteve em Londres 2012 e Rio 2016. Aos 35 anos, anunciou aposentadoria em novembro passado.

Clarissa

A pivô Clarissa jogou em duas temporadas na liga profissional dos Estados Unidos, a WNBA, entre 2015 e 2016. Fez ao todo 51 jogos pelo Chicago Sky. Em Jogos Olímpicos, vestiu a camisa da seleção brasileira em Londres 2012 e na Rio 2016.

Stephanie Soares

Aos 23 anos de idade, Stephanie foi a quarta escolha da primeira rodada do draft de 2023 da WNBA, para jogar pelo Washington Mystics. No entanto, a pivô recuperava-se de lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) no joelho esquerdo e foi negociada com o Dallas Wings, do Texas, onde fez sua estreia em 2024.

Pelo Dallas, já entrou em quadra em 22 oportunidades, com média de um ponto por partida.

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Kamilla Cardoso

Por fim, Kamilla Cardoso. Grande nome da atual geração de jogadoras brasileiras, a pivô de 23 anos foi dratfada como a escolha número três da primeira rodada em 2024. Em sua primeira e única temporada até agora na liga, Kamilla entrou em quadra 32 vezes e obteve uma média de 9,8 pontos por jogo.

Pelo Brasil, foi eleita a melhor atleta da AmeriCup feminina 2023, ocasião em que a seleção obteve o título.

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