Hebert Conceição no ápice do boxe do Brasil em Tóquio 2020

Baiano combate pelo ouro Olímpico no peso-médio, tal como sua conterrânea Beatriz Ferreira no peso-leve. Confira o momento do boxe brasileiro em Tóquio 2020 e saiba quando vão chegar as medalhas.

3 minPor Gonçalo Moreira
Hebert Conceição em ação na Arena Kokugikan
(Miriam Jeske/COB)

O boxe brasileiro vive os melhores Jogos Olímpicos de sua história, assegurando pela primeira vez duas finais e sabendo que vai terminar com três medalhas. Abner Teixeira (peso-pesado) já venceu o bronze, Beatriz Ferreira lutará pelo título no peso-leve e seu conterrâneo Hebert Conceição também aspira ao ouro no peso-médio.

O menino de 23 anos não podia ser mais baiano. Rapaz de família, emotivo, ligado na mãe, Dona Ieda. No fundo é um de tantos outros jovens que gosta do carinho familiar e de ser mimado.

Para o boxeador da categoria peso-médio (69-75kg) isso significa competir em Tóquio 2020 com o objetivo de regressar com a missão cumprida. É um pouco o espírito militar e aqui entra em jogo a experiência de Hebert Conceição que é atleta-militar representando a Marinha brasileira.

O objetivo é o ouro, por isso quase nem festejou a vitória sobre Gleb Bakshi (ROC), campeão mundial de boxe em 2019, em Ecaterimburgo (Rússia), que ganhou do brasileiro nesse evento.

“Estava um pouco tenso antes da luta, como sempre fico. Acho que temos que ter essa adrenalina, treinei muito com a minha equipe. Foi bom que consegui reverter mais essa revanche.”

Hebert Conceição ao COB.

O último desafio em Tóquio 2020 vem da Ucrânia: Oleksandr Khyzhniak, bicampeão europeu de peso-médio, em combate programado para dia 7 de agosto às 2:45 (horário de Brasília).

(Miriam Jeske/COB)

Final em Tóquio 2020 será o quarto combate em 10 dias

Há três semana longe de casa, primeiro pelos treinamentos que a seleção de boxe realizou na base de Ota (Japão) e depois pela entrada em competição, Hebert Conceição já estará sentindo falta de um dos prazeres da vida, uma boa comida.

Fã dos clássicos baianos – caruru, vatapá ou xinxim de bofe – não sabemos qual merece ouro, prata e bronze na escolha do boxeador. No entanto, qualquer que seja a escolha será Dona Ieda comandando a cozinha na volta do filho.

Hebert Conceição não tem a necessidade de uma dieta calórica como a de um nadador, que pode rondar as 8000 calorias por dia, mas um boxeador deve estar pronto para ritmos altos, alta intensidade e esforços tanto aeróbicos como anaeróbicos devido ao formato que dita combates de três rounds com duração de três minutos cada.

A final em Tóquio 2020 será o quarto combate em 10 dias para o baiano, mas pelo meio há treinamentos, recuperação e pesagens. Comidas fáceis de digerir, baixas em gorduras e em fibras são aconselháveis antes da entrada em ringue, mais um sacrifício na vida de um pugilista Olímpico proveniente de uma das regiões brasileiras com maior tradição culinária.

Para o oficial Hebert Conceição, que já foi 7º nos Jogos Militares de Wuhan 2019, a prata está garantida, mas o ouro seria o final perfeito de uma história que, aconteça o que acontecer, vai acabar em festa. Provavelmente com uma feijoada com amigos e vizinhos no bairro de Pau da Lima, em Salvador.

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