Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros são eliminados no judô em Paris 2024
O Brasil se despede do quarto dia do judô nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta terça-feira, 30 de julho, os atletas Guilherme Schimidt na categoria 81kg masculina e Ketleyn Quadros na disputa feminina dos 63kg foram eliminados da competição antes de chegarem às quartas de final, que dá vaga à repescagem.
Ambos perderam nas oitavas de final. Guilherme caiu diante do italiano Antonio Esposito ao tomar um waza-ari já no tempo extra. Ketleyn Quadros, por sua vez, não conseguiu superar a francesa Clarisse Agbegnenou, atual campeã Olímpica em Tóquio 2020 e campeã mundial em 2019, 2021 e 2023.
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Algoz de Schimidt, Antonio Esposito chegou à semifinal, mas ficou sem medalha. Os bronzes ficaram com Lee Joonhwan, da República da Coreia, e Somon Makhmadbekov, do Tadjiquistão. O ouro foi do japonês Nagase Takanori, que derrotou Tato Grigalashvili, da Geórgia, na decisão dos 81kg.
Nos 63kg, Agbegnenou, que derrotou Ketleyn, teve uma melhor sorte. Mesmo perdendo na semifinal, ela assegurou um dos bronzes na categoria feminina - o outro ficou para Laura Fazliu, do Kosovo. A eslovena Andreja Leski conquistou o ouro Olímpico em Paris 2024 ao vencer a mexicana Prisca Alcaraz.
O quarto dia do judô nos Jogos Olímpicos Paris 2024 também não foi positivo para Portugal. Tanto Bárbara Timo (63kg) quanto João Fernando (81kg) perderam logo em suas primeiras lutas. Bárbara, cotada à disputa de medalha, caiu para a coreana Kim Jisu, enquanto João foi superado pelo canadense François Gauthier Drapeau.
Brasileiros e portugueses retornam ao tatame nesta quarta-feira, 31 de julho. Rafael Macedo será o único representante do Brasil na categoria 90kg masculina e enfrentará Noel Van T End, dos Países Baixos. Tais Pina no 70kg feminino é a judoca de Portugal e lutará na estreia contra a italiana Kim Polling. As lutas têm transmissão no Olympics.com.
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Guilherme Schimidt lamenta falta de ‘coroação’ do ciclo até Paris 2024
Quarto colocado do ranking nos 81kg e judoca brasileiro que mais cresceu neste ciclo Olímpico, Guilherme Schimidt era um dos cotados à disputa de medalha no judô dos Jogos Olímpicos Paris 2024.
Ele até começou muito bem sua caminhada. Diante de Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, impôs seu ritmo de luta e alcançou um ippon com chave de braço em pouco mais de dois minutos de combate. Já diante do italiano Antonio Esposito nas oitavas, a situação foi completamente diferente.
O adversário conseguiu anular as pegadas do brasileiro no kumikata, impedindo-o de atacar – e sofrendo duas punições logo no tempo regulamentar. Já no golden score, Schimidt foi obrigado a abrir sua luta. Numa tentativa, tomou o contragolpe e sofreu um waza-ari.
“Foi um ciclo vitorioso, venci grandes adversários, trouxe confiança para os Jogos Olímpicos, mas hoje infelizmente fui superado. O balanço do ciclo foi vitorioso, mas claro que para coroar merecia uma medalha individual”, lamentou ao Olympics.com após o combate.
“Saio satisfeito por conta do processo que vivi. A medalha é uma coisa decidida ali no dia, no detalhe. Hoje foi decidida no detalhe e vou seguir em frente”, completou.
Ketleyn Quadros para diante de estrela francesa nos Jogos Olímpicos Paris 2024
Presente em sua terceira edição Olímpica, Ketleyn Quadros também não conseguiu chegar na disputa de medalhas. Ela não deu sorte no chaveamento e cruzou logo cedo com Clarisse Agbegnenou, uma das principais estrelas do fortíssimo judô francês e atual campeã Olímpica em Tóquio 2020.
A caminhada da brasileira até começou bem. Diante da espanhola Cristina Cabana Perez, ela conseguiu dois waza-aris com o mesmo golpe (sumi-gaeshi) em apenas um minuto e meio de combate.
Nas oitavas, contra Agbegnenou, ela tentou manter a mesma estratégia. Logo nos primeiros segundos surpreendeu a francesa e conseguiu encaixar um golpe, quase garantindo um waza-ari.
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Entretanto, com apoio da torcida, a rival cresceu no combate e passou a dominar as ações. Forçou duas punições para Ketleyn no tempo regulamentar e alcançou um waza-ari faltando três segundos para o fim da luta.
“A gente aprende desde cedo a cair e a levantar. Por isso que o melhor que a gente pode fazer é sempre a nossa obrigação. Se o outro for melhor, não tem o que fazer, mas não pode faltar nada do seu lado”, comentou a judoca ao Olympics.com.
Bronze em Beijing 2008, ela conquistou a primeira medalha do judô feminino do Brasil. Dezesseis anos depois, ela segue entre as melhores atletas do país.
“O que não mudou é que continua como o esporte mais vitorioso do Brasil. Tenho muito orgulho de fazer parte da história do judô feminino. Não consigo pensar nisso ainda [sobre legado], mas sou apaixonada pelo judô”, se emocionou.
RELEMBRE | O podcast do Olympics.com com participação de Ketleyn Quadros