Carlos Alcaraz se torna o número 1 mais jovem da história do tênis masculino no US Open

Espanhol de 19 anos alcançou o topo do mundo neste domingo, 11 de setembro, ao vencer o seu primeiro título de Grand Slam e atingir a liderança do ranking mundial. O vice-campeão, Casper Ruud, é o novo número 2 do mundo. No feminino, Iga Swiatek chega ao terceiro Slam e brasileira leva dois títulos no tênis em cadeira de rodas no juvenil. Confira como foi o desfecho do último Slam do ano.

4 minPor Sheila Vieira
alcaraz32
(2022 Getty Images)

Talento, determinação, dedicação e coração. Atributos que fazem parte dos maiores atletas do mundo e são vistos desde já em Carlos Alcaraz, o espanhol de 19 anos que venceu o US Open de 2022 e atingiu a liderança do ranking mundial do tênis neste domingo, 11 de setembro.

Não se trata de qualquer número 1: ele é o mais jovem da história da ATP (Associação dos Profissionais do Tênis) a ocupar este posto no ranking, que existe desde 1973. A conquista veio com vitória por 3 sets a 1 sobre o norueguês Casper Ruud, que é o novo número 2.

No US Open de 2021, Alcaraz era o número 55 do mundo. Já havia uma grande expectativa sobre o rapaz treinado pelo ex-número 1 Juan Carlos Ferrero, e que treinava na academia de Rafael Nadal. No entanto, não se esperava que ele chegaria tão jovem a este patamar.

Alcaraz é o quarto espanhol a ser número 1 do mundo, após Ferrero, Carlos Moyá e Nadal. Sua caminhada ao topo começou no Brasil, com o seu primeiro título de ATP 500 no Rio Open em fevereiro. Sua temporada também teve dois títulos de Masters 1000, em Miami e Madri, além de outro ATP 500 em Barcelona.

"É uma loucura para mim. Nunca pensei que conseguiria algo assim aos 19 anos. Tudo aconteceu tão rápido", disse Alcaraz. "Para mim, é inacreditável. É algo que eu sonhei desde criança, desde que comecei a jogar tênis. Levantar este troféu é algo incrível para mim".

Com 19 e 23 anos, respectivamente, Alcaraz e Ruud são a segunda dupla mais jovem no topo do ranking da ATP desde Jimmy Connors (22) e Bjorn Borg (18) em 1975. A partida entre eles neste domingo foi a primeira vez em um Slam em que dois jogadores lutavam diretamente para ocupar a liderança de forma inédita.

Entre os tenistas em atividade, apenas outros cinco foram número 1 do mundo: Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer, Andy Murray e Daniil Medvedev, que agora é substituído por Alcaraz.

O espanhol tem todo o futuro pela frente, mas seus rivais veteranos não devem deixá-lo tão confortável como número 1. Rafael Nadal ganhou dois Slams neste ano (Australian Open e Roland Garros) e Novak Djokovic venceu um dos dois que disputou (Wimbledon). A batalha das gerações do tênis masculino começa um animador novo capítulo.

MAIS | Confira sistema Olímpico de classificação do tênis para Paris 2024

Iga Swiatek se inspira em Serena Williams para lidar com pressão de ser a melhor

Depois de um início de temporada avassalador, com seis títulos seguidos até Roland Garros, a polonesa Iga Swiatek caiu de rendimento na temporada de grama e no início dos torneios em quadra dura na América do Norte. Isso só torna mais importante o seu título no US Open, que mostra que ela não vai abrir mão tão cedo de seu posto como melhor do mundo.

Derrotando a tunisiana Ons Jabeur na final por 2 sets a 0, Swiatek tem 5.275 pontos de vantagem para a número 2 do mundo, que agora é justamente Jabeur. É a maior margem desde que Serena Williams teve 6.591 a mais que a segunda colocada em 2015.

"Aqui eu mantive as expectativas mais baixas e acho que as pessoas não esperavam muito de mim na quadra dura. Mentalmente, Roland Garros foi mais difícil. Mas em termos de tênis e físico, aqui foi mais difícil, com certeza", disse Swiatek à WTA.

"Não me sentia inteligente na quadra. Achava difícil me ajustar às condições aqui e a essas bolas com a minha empunhadura, que é western. É mais difícil bater a direita. Essas bolas são leves e voam e as temperaturas são bem altas", explicou a polonesa.

Com o título do US Open se juntando ao seu bicampeonato de Roland Garros, Swiatek é a mais jovem a ter uma trinca de Slams em sete anos. Sua inspiração para lidar com toda essa pressão externa? Serena Williams, que se aposentou durante a primeira semana da competição.

"Serena nos mostrou como se faz. Ela ficou no topo por tanto tempo e usava essa intimidação de ser a melhor. Ela usava isso muito bem para deixar os jogos mais fáceis, especialmente no começo", afirmou Swiatek.

"Sei que consegui fazer isso às vezes, mas quero fazer mais. Quero usar isso da melhor forma possível", completou a campeã.

Para o Brasil, o US Open também teve uma boa notícia: na estreia do torneio juvenil de tênis em cadeira de rodas, a brasileira Jade Lanai, de 17 anos, foi campeã nas chaves de simples e duplas.

MAIS | Calendário do tênis em Paris 2024

Mais de