Brazilian Storm do surfe em Paris 2024: tudo o que você precisa saber

Por Virgílio Franceschi Neto
5 min|
Gabriel Medina of Brazil during the ISA Games of surfing 2024, in Puerto Rico. 
Foto por Sean Evans/ISA
Filipe TOLEDOGabriel MEDINAJoão CHIANCATatiana Weston-WebbSurfe

O surfe estará pela segunda vez em uma edição de Jogos Olímpicos em Paris 2024. Não propriamente Paris, mas sim em Teahupo’o, no Taiti, arquipélago francês no oceano Pacífico.

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Em Tóquio 2020, que aconteceu em 2021 por conta da pandemia, o Brasil foi ouro no torneio masculino, com Ítalo Ferreira. Um ciclo de três anos se passou para os próximos Jogos, os de Paris. Mais curto, mas que o país terá seis representantes, número máximo permitido.

Veja abaixo quem serão os surfistas do Brasil em Paris 2024:

Torneio feminino

Torneio masculino

Se o ciclo foi mais curto, de três anos, ele foi repleto de grandes resultados para o surfe brasileiro. Neste espaço de tempo, atletas do país se destacaram nas mais diversas competições. Nos dois gêneros, por exemplo, entre 2023 e 2024 foram campeões das disputas individuais e por equipes no ISA Games.

Um retrospecto que justifica ser o Brasil o país com o maior número de competidores no surfe dos próximos Jogos.

O Olympics.com traz abaixo o que você precisa saber sobre o desempenho de cada surfista brasileiro que estará no Taiti durante o último ciclo, suas principais conquistas e situações que tiveram que encarar para poder buscar a sonhada medalha Olímpica dentro das surpreendentes ondas de Teahupo'o.

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O ciclo Olímpico das surfistas do Brasil para Paris 2024

Grande nome brasileiro da modalidade entre as mulheres e rumo à segunda participação em Jogos, Tatiana Weston-Webb foi campeã do ISA Games 2023 e finalista do torneio em 2024, dentro de campanha que ajudou o Brasil a conquistar o título no feminino por equipes - e vaga extra para o país em Paris 2024.

Na Liga Mundial de Surfe (sigla WSL em inglês para World Surf League), desde Tóquio 2020 ela venceu duas etapas em 2022 (Portugal e África do Sul). Entre 2023 e 2024, foi semifinalista em cinco eventos.

Estreante em torneios Olímpicos e atual campeã brasileira de surfe, a catarinense Tainá Hinckel tem 21 anos de idade e obteve a cota Olímpica quando passou para a quinta fase do ISA Games 2024, em Porto Rico, em que terminou em sétimo lugar da classificação final. Nos escalões menores da WSL, venceu quatro etapas do feminino do Qualifying Series (QS) desde a temporada 2021/2022 até agora.

Luana Silva terminou o ISA Games 2024 na 29ª colocação. Antes, em 2023, ficou em 31º. Dentro deste ciclo Olímpico, participa desde 2022 de etapas do Championship Tour (CT) da WSL, principal competição da Liga. Em sua terceira temporada no CT, competiu em seis das oito etapas e chegou às quartas de final em três delas.

O ciclo Olímpico dos surfistas do Brasil para Paris 2024

Entre os homens, Gabriel Medina bateu na trave do pódio em Tóquio 2020, quando foi semifinalista. Desde então, o paulista deu uma pausa nas competições para cuidar da saúde mental, venceu lesão e a partir de 2023 voltou com bons resultados, cujo ápice foi o título no individual e por equipes no ISA Games 2024.

“Deu tudo certo. É como eu falei: mantive a minha fé, sabia que Deus ia guardar o melhor para mim, mantive o que eu estava fazendo, treinando, me esforçando, independente dos resultados. Sabia que algo ia vir. Tentei dar o meu melhor, e veio na hora certa”, disse Medina ao Olympics.com após vencer o ISA Games em 2024.

Três vezes campeão do CT, principal escalão da WSL, Medina venceu apenas uma etapa do torneio desde os últimos Jogos: Margaret River (AUS) em 2023.

Um dos maiores surfistas de sempre, Filipe Toledo fará a sua estreia Olímpica no Taiti. Neste ciclo ele se tornou bicampeão do CT da WSL – o resultado de 2023 lhe conferiu uma cota Olímpica. No ISA Games, terminou em 31º em 2023 e ficou em 16º em 2024, quando do título por equipes, pouco depois de ter anunciado desistência da temporada da WSL para focar nos Jogos Olímpicos.

João Chianca, também conhecido como “Chumbinho”, não competiu no ISA Games deste ano em Porto Rico, em março passado, quando se recuperava de lesão sofrida após acidente em Pipeline (Havaí). Em seu lugar foi Yago Dora.

No entanto, na edição de 2023 ele ficou em 13º, em um ano cheio de bons resultados. Na WSL, venceu sua única etapa do CT na carreira (Peniche, Portugal), além de ser semifinalista em outras quatro. Uma campanha que fez com que obtivesse vaga em Paris.

Dentro deste ciclo Olímpico, Chumbinho só começou a competir etapas do CT da WSL em 2022.

O surfe em Paris 2024 acontecerá entre 28 e 30 de julho.