Baby batalha, mas Brasil perde para Cuba e fica com a prata nas equipes mistas do judô nos Jogos Pan-Americanos 2023

O Brasil ficou com a prata na disputa de equipes mistas do judô nos Jogos Pan-Americanos 2023 ao perder para Cuba por 4 a 3 na decisão, realizada hoje, 31 de outubro.

A equipe que enfrentou os cubanos foi formada pelos seguintes atletas: Gabriel Falcão (73kg), Rafael Macedo (90kg) e Rafael "Baby" Silva (acima de 90kg), no masculino, e Rafaela Silva (57kg), Luana Carvalho (70kg) e Bia Souza (acima de 70kg).

O resultado final veio na luta desempate, a segunda do confronto entre Rafael Silva e Andy Granada, de Cuba. O rival acabou ganhando nas punições por 3 a 2.

Derramando lágrimas após a derrota na final, Bia Souza comentou o resultado: "É um dia muito emocionante por equipes, todo mundo entra com mais vontade ainda, é um lutando pelo outro, ganhar da [Idalys] Ortiz hoje era o objetivo, também para tirar o gostinho da derrota de ontem... a gente fica com aquele gostinho de medalha de ouro. Tivemos muitos aprendizados hoje. É um degrauzinho que estamos subindo. Estamos fazendo história, conquistando pela primeira vez a medalha por equipes no Pan. Agora é superar as dificuldades e ir ainda mais forte para o próximo."

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Baby luta por 11 minutos, mas não resiste

Relembrando o sistema de disputa por equipes mistas, cada país tem um time formado por três homens e três mulheres. Com relação ao placar, o primeiro a fazer 4 a 0 fecha o duelo - as últimas duas lutas não são feitas.

O primeiro adversário do Brasil foi a Venezuela, e a equipe venceu por 4 a 1. Na primeira luta, pela categoria acima de 90kg, Leonardo Gonçalves finalizou Luis Amezquita com uma chave de braço, e em seguida Rafaela Silva (57kg) ampliou contra Fabiola Díaz com um waza-ari e um ippon. Na 73g, Gabriel Falcão ampliou com triunfo sobre Sergio Mattey.

A única derrota brasileira veio com Aléxia Castilhos na 70kg, para Elvismar Rodríguez. O quarto e último ponto brasileiro veio com um belo ippon de Guilherme Schimidt em Carlos Paez na 90kg.

Na semifinal, triunfo de 4 a 0 diante da Colômbia. Quem abriu o placar foi Rafaela Silva, na 57kg, superando Maria Villalba por ippon. William Lima, na 73kg, ampliou com ippon diante de Andrés Sandoval.

Já Luana Carvalho ganhou em punições de Luisa Bonilla e fez o terceiro ponto, na 70kg. Rafael Macedo, na 90kg, garantiu o país na decisão superando Daniel Paz.

A final diante dos cubanos foi extremamente acirrada, como esperado. O Brasil saiu na frente já que Cuba não apresentou atleta para os 57kg feminino, evitando que Rafaela Silva fosse ao tatame. Gabriel Falcão derrotou Magdiel Estrada por waza-ari, e os cubanos empataram com Idelannis Gómez superando Luana Carvalho com ippon. A seguir, Rafael Macedo caiu para Ivan Silva por waza-ari.

Com o duelo empatado, o Brasil contou com Bia Souza, que deu o troco em Idalys Ortíz, algoz da brasileira no torneio individual. A dona de quatro medalhas Olímpicas tomou três punições para ser derrotada por Bia.

Cuba precisava vencer o sexto duelo, com mais uma longa rivalidade: Andy Granda contra Rafael Silva 'Baby'. Após muito desgaste, o brasileiro tomou três punições e perdeu. Para o desempate, foi sorteada justamente a categoria pesada, com Baby e Granda voltando logo em seguida para o tatame para um golden score decisivo.

Após suados oito minutos, a disputa se resumiu a quem tomaria a terceira punição primeiro. Muito cansado, o brasileiro não conseguiu colocar volume de luta e tomou o terceiro shido, concretizando o ouro de Cuba.

"Eu treino muito todo dia para isso [entregar-se para a equipe]. Infelizmente, não consegui ganhar a luta decisiva, mas nós como equipe evoluímos bastante, tem bastante aprendizado que vamos levar desse Pan. Agora é foco total para a preparação para a Olimpíada e as competições que valem para o ranqueamento", afirmou Baby após a maratona na decisão.