Brasil e Portugal asseguram vagas Olímpicas no ciclismo mountain bike em Paris 2024 

Por Gustavo Longo
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Ulan Galinski disputa o mountain bike no Pan 2023
Foto por Wander Roberto/COB

Desde a estreia do ciclismo mountain bike no programa Olímpico em Atlanta 1996, o Brasil sempre teve ao menos um representante em todas as edições. Em Paris 2024 não será diferente. O país assegurou uma cota masculina e uma feminina após a confirmação oficial das vagas pela União Ciclística Internacional (UCI) nesta segunda-feira, 3 de junho.

O período pré-Olímpico da modalidade terminou em 26 de maio de 2024. O Brasil obteve vagas de acordo com sua posição no ranking Olímpico de nações, que leva em conta os melhores resultados dos ciclistas de cada Comitê Olímpico Nacional a partir de 7 de maio de 2022.

Pelas regras de classificação do ciclismo mountain bike nos Jogos Olímpicos Paris 2024, os oito melhores países do ranking em cada gênero asseguram duas cotas cada, enquanto as onze nações subsequentes (9º ao 19º) obtêm uma vaga, totalizando 27 – destinadas ao Comitê Olímpico Nacional e não ao atleta.

Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.

Em ambos os gêneros, o Brasil ficou próximo de assegurar as duas cotas máximas na modalidade. No masculino, por exemplo, o país ficou na nona posição com 5.793 pontos – apenas 283 atrás da Grã-Bretanha, oitava. Entre as mulheres, foi o décimo colocado com 5.137 pontos – a Grã-Bretanha novamente foi a oitava com 376 pontos a mais.

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Brasil irá a Paris 2024 sem Henrique Avancini pela primeira vez em 12 anos

Principal nome do ciclismo mountain bike brasileiro, Henrique Avancini anunciou sua aposentadoria em 2023, após ser campeão mundial na prova de maratona (não-Olímpica). Desta forma, com as vagas asseguradas em Paris 2024, o Brasil irá aos Jogos Olímpicos sem sua grande estrela pela primeira vez em 12 anos.

A última edição Olímpica sem a presença do ciclista foi Londres 2012. Na ocasião, o país esteve representado apenas por Rubens Valeriano. No Rio 2016 e Tóquio 2020, graças sobretudo aos resultados internacionais do atleta, a delegação brasileira classificava três ciclistas (dois homens e uma mulher).

Mesmo fora dos Jogos, Avancini contribuiu com valiosos pontos no ranking masculino do período pré-Olímpico. Ele foi o segundo maior pontuador, responsável por 1.277 do total obtido pelo Brasil. Nesta temporada, já fora das competições, ele pôde ver uma nova geração surgindo para continuar seu legado, principalmente com Ulan Galinski, 26 anos, e Alex Malacarne, 22.

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Portugal assegura cota feminina no mountain bike em Paris 2024

Pela segunda edição consecutiva, Portugal assegurou uma cota Olímpica feminina no mountain bike em Paris 2024. O país terminou o ranking pré-Olímpico da UCI entre as mulheres na 18ª posição, obtendo a penúltima das 27 vagas distribuídas na classificação final da lista.

No total, as ciclistas portuguesas garantiram 3.517 pontos, mantendo uma vantagem de 403 pontos sobre a Eslovênia, 20ª colocada e primeiro país fora da zona de classificação aos Jogos Olímpicos. Entre os homens, o país ficou apenas na 25ª posição com 2.267, mais de 1.600 pontos abaixo do limite da 19ª colocação.

Presente na disputa Olímpica do mountain bike desde Londres 2012, Portugal competirá em Paris 2024 na prova feminina pela segunda edição consecutiva. Em Tóquio 2020, Raquel Queirós terminou a competição na 27ª posição.

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