Vela em Paris 2024: confira os convocados do Brasil
A Confederação Brasileira de Vela anunciou nesta quinta-feira (2 de maio) os convocados para a equipe que representará o Brasil na disputa da modalidade em Paris 2024, com representantes em oito das dez classes Olímpicas.
Mais uma vez, o destaque será a dupla formada por Martine Grael e Kahena Kunze, atuais bicampeãs no skiff feminino (49er FX) - venceram em casa, nos Jogos Rio 2016, e em Tóquio 2020. Em 2023, elas foram prata no evento-teste realizado na marina de Marselha, cidade onde a vela será disputada em Paris 2024.
Os dois únicos eventos sem representantes do Brasil serão o kite e o windsurf feminino.
Por sua vez, no masculino competirão nas raias Olímpicas Bruno Lobo, cujos resultados na Formula Kite incluem um quinto lugar no evento-teste de 2023 em Marselha, e Matheus Isaac, bronze na iQFoil na Semana Francesa Olímpica de Vela de Hyeres também no ano passado.
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Completam a relação de atletas do Brasil Marco Grael e Gabriel Simões (skiff masculino, classe 49er), Gabriella Kidd (dinghy feminino, ILCA 6), Bruno Fontes (dinghy masculino, ILCA 7), Henrique Haddad e Isabel Swan (dinghy misto, 470) e João Siemsen e Marina Arndt (multihull misto, Nacra 17).
Isabel Swan já fez história na vela Olímpica brasileira em Beijing 2008, quando foi bronze ao lado de Fernanda Oliveira na classe 470. A dupla obteve as primeiras medalhas femininas na modalidade para o Brasil.
Técnico da equipe, Torben Grael exalta mescla entre experiência e juventude
O treinador principal da equipe brasileira em Paris 2024 será Torben Grael, um dos maiores medalhistas Olímpicos da história do esporte do país - conquistou cinco, sendo dois ouros na classe Star, que não faz mais parte do programa dos Jogos. Pai de Martine e Marco, ele destacou a boa mistura na equipe, com atletas experientes e estreantes de talento.
"É uma grande lista, tem gente indo para os Jogos pela terceira vez, outros estreando, então tem um misto de experiência com juventude na equipe, que eu acho saudável. Nossa expectativa, é claro, é manter a tradição de trazer medalhas. O Brasil vem trazendo medalhas desde 1968 na vela, com exceção dos Jogos de 1972 e de 1992, então há uma grande expectativa de tentar manter essa tradição de trazer medalhas para o Brasil", comentou o multicampeão durante a live de apresentação da equipe.
Torben disse que as classes "com um pouquinho" mais de chance de medalha em Marselha são a 49er FX de Martine e Kahena, que tentam o tri Olímpico; e os estreantes Bruno Lobo e Matheus Isaac, cujos resultados na Formula Kite e na iQFoil, respectivamente, têm sido bons o suficiente para tentar brigar pelo pódio.
Ele vê as condições de Marselha similares às do Rio de Janeiro:
"É um lugar quente, meio instável, com condições variadas. Acho que é bom para nossa equipe".
Outro medalhista na equipe técnica é Bruno Prada, proeiro na classe Star de Robert Scheidt, com quem foi medalha de prata em Beijing 2008 e bronze em Londres 2012. Ele trabalha diretamente com Matheus, mas também passará sua experiência aos novatos da equipe.
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Brasil é nação em mais classes das Américas do Sul e Central
Com oito vagas asseguradas, o Brasil é o país que terá mais representantes entre as Américas do Sul e Central. A Argentina vem logo atrás, competindo em seis eventos, enquanto Chile, Peru e Uruguai obtiveram duas cotas cada.
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro para o Brasil em Jogos Olímpicos, oito no total. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas, subindo ao pódio pelo menos uma vez desde Atlanta 1996.