Atletas de inverno da França contam como viveram Paris 2024: "Nunca vi Paris daquele jeito"

Nos Jogos Olímpicos Paris 2024, a França conquistou um recorde de 16 medalhas de ouro. Um grande sucesso para todo o país, mas alguns atletas tiveram que se adaptar para fazer parte dessa experiência.

Eram atletas de esportes de inverno, que se preparavam para a próxima temporada – muitos deles em campos de treinamento distantes da “Cidade Luz”.

É o caso de Emily Harrop, competidora do esqui de montanha. Ela conquistou os últimos três Globos de Cristais da modalidade, que fará sua estreia Olímpica em Milano Cortina 2026.

“Léon Marchand se tornou nosso ídolo há alguns meses!”, comentou. “Não costumo acompanhar natação, mas assisti durante os Jogos, assim como ginástica artística. Também descobri o caiaque cross e o BMX Racing. É uma grande competição, tem muitas mudanças na prova, muito legal de assistir”.

Para o Olympics.com, os atletas de inverno franceses compartilharam seus momentos de Paris 2024, antes de sonharem com sua edição dos Jogos em casa, em 2030 nos Alpes Franceses.

Éric Perrot: “não pude estar em Paris para os Jogos, fiquei um pouco decepcionado”

Mesmo com o biatleta francês Éric Perrot trabalhando duro no meio do ano, inclusive em Antholz-Anterselva, onde os eventos de biatlo acontecerão em Milano Cortina 2026, ele acompanhou tudo o que pôde de Paris 2024.

“Acompanhei muito os Jogos Olímpicos. Admirei os desempenhos, seja de Léon Marchand, Teddy Riner... Cada um tem sua própria história e todas são apaixonantes. Adoro assistir a todas as disciplinas. Adoro a diversidade e o exemplo de Paris 2024 foi mágico”.

Perrot, que venceu sua primeira largada em massa da Copa do Mundo em Kontiolahti em dezembro passado, não pôde estar nos Jogos Olímpicos, mas conseguiu viver a magia dos Jogos Paralímpicos.

“Não pude estar em Paris para os Jogos, fiquei um pouco decepcionado, mas consegui ir aos Jogos Paralímpicos. Foi muito legal. Assisti ao atletismo paralímpico no Stade de France, natação paralímpica e também esgrima em cadeira de rodas”.

Também longe de Paris durante os Jogos Olímpicos, Lou Jeanmonnot, segunda colocada no ranking geral da Copa do Mundo de Biatlo 2023/24, compartilhou como ficou impressionada com o desempenho de Léon Marchand, vencedor de quatro medalhas de ouro na natação.

“Adorei assistir à Cerimônia de Abertura, presumo que para o atleta deve ter sido incrível. Também adorei as medalhas de Léon Marchand, foi fabuloso. Adorei muitos momentos, mas estes foram meus favoritos”.

Quentin Fillon Maillet: “Foi ainda mais impressionante no local”

Ao contrário de Éric Perrot e Lou Jeanmonnot, alguns atletas de inverno da França passaram parte do verão no hemisfério norte na capital francesa para assistir aos Jogos Olímpicos Paris 2024 nas arquibancadas.

Poucos meses antes de seu retorno vitorioso no moguls, Perrine Laffont foi uma condutora da tocha quando o Revezamento da Tocha Olímpica chegou a Font-Romeu, nos Pirineus Orientais.

A esquiadora, dona de uma medalha de ouro em PyeongChang 2018, veio a Paris quando alguns fãs franceses puderam vê-la no Clube França no Parque das Nações.

Após seu campo de treinamento de verão, Quentin Fillon Maillet foi a Paris nos últimos dias dos Jogos Olímpicos para sentir o clima.

“Tivemos nosso campo de treinamento, então não pude comparecer no início dos Jogos, mas fui lá no final com outros atletas. Pude assistir ao jogo da medalha de bronze no basquete masculino, à última noite do atletismo no Stade de France e ao pentatlo moderno, o último dia dos Jogos Olímpicos”, disse ao Olympics.com o homem que ganhou cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022.

“Durante o treinamento, sempre que tínhamos tempo livre, havia uma TV ligada para assistir ao evento. Não podíamos deixar nossas telas fora de vista. Já testemunhamos a atmosfera de longe, mas era ainda mais impressionante no local”.

Julia Simon, seis medalhas de ouro em Mundiais de Biatlo, também ficou impressionada com a atmosfera única que reinou em Paris durante o incrível período Olímpico. Ela aproveitou a sorte de acompanhar vários eventos no mesmo dia e de compartilhar seu orgulho de ver seu país brilhar com o sucesso dos Jogos Olímpicos.

“Fui a Paris um dia durante os Jogos e foi surpreendente! O que mais me impressionou foi a atmosfera global, o show que a França deu ao mundo. Foi a melhor imagem possível da França, nunca tinha visto Paris daquele jeito antes, foi tão incrível. Os Jogos destacaram a inclusão, as diferenças e é algo que achei muito bonito”.

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