Um total de 55 atletas competem nos eventos do combinado nórdico – todas as provas são para os homens – nos Jogos Olímpicos de Beijing 2022.
Tal como o nome indica, esta disciplina é composta por dois esportes distintos – salto de esqui primeiro e esqui cross-country posteriormente – que acontecem no mesmo dia.
Saiba a programação dos eventos e o que esperar do combinado nórdico nos Jogos Olímpicos Beijing 2022.
Você acompanha toda a ação de Beijing 2022 ao vivo no Olympics.com e nos canais Globo e Sportv em território brasileiro.
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Eventos do combinado nórdico em Beijing 2022
Há três eventos de combinado nórdico previstos para Beijing 2022 – o Gundersen pista grande/10km, Gundersen pista normal/10km e Gundersen pista grande/revezamento 4 x 5km.
Os três eventos consistem em uma ronda de salto de esqui seguida por uma prova de esqui cross-country. Na competição por equipes na pista grande, quatro atletas executam os seus saltos e depois participam num revezamento de esqui de fundo em que cada um percorre 5km.
O combinado nórdico tem sido presença nos Jogos Olímpicos de inverno desde a primeira edição em 1924, sempre como evento exclusivamente masculino.
As estrelas do combinado nórdico para ver em Beijing 2022
O alemão Eric Frenzel e o japonês Akito Watabe são talentos consolidados. Poderíamos até dizer que, olhando apenas para o historial de ambos, partem com algum favoritismo para os Jogos Olímpicos. Se o parâmetro de análise for o momento de forma na Taça do Mundo há motivos para questionar se a experiência poderá se sobrepor à nova vaga de talentos?
Com seis medalhas Olímpicas no currículo, Frenzel é considerado um dos grandes atletas do combinado nórdico de todos os tempos. Em Beijing 2022, Frenzel pode fazer história tornando-se o primeiro homem a vencer quatro medalhas de ouro nesta disciplina nos Jogos Olímpicos.
O sete vezes campeão mundial saiu de PyeongChang 2018 com dois títulos no bolso – em Gundersen pista normal/10km e no evento por equipes Gundersen pista grande/4 x 5km. Também conquistou a medalha de bronze em Gundersen pista grande/10km.
Já Watabe parte para a quinta presença em Jogos Olímpicos tendo acumulado até agora duas medalhas de prata, sempre atrás de Frenzel; em Sochi 2014 e PyeongChang 2018. O nipônico, de 33 anos, espera conseguir quebrar a resistência do germânico e finalmente sentir o prazer de subir ao lugar mais alto do pódio.
No entanto, da Noruega chega uma séria ameaça aos dois veteranos: Jarl Magnus Riiber tem sido o grande dominador da atual temporada na Taça do Mundo, foi quarto em PyeongChang e é bicampeão do mundo tanto no individual quanto no evento por equipes. No entanto, o norueguês testou positivo para COVID-19 em Pequim e perderá pelo menos o primeiro evento do calendário.
Outro nome em cima da mesa é o de outro alemão. Johannes Rydzek conquistou dois ouros na edição passada dos Jogos Olímpicos e deve ser tido em conta, tal como o jovem austríaco Johannes Lamparter, que tendo apenas 20 anos já conta um título mundial na pista grande.
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Programação do combinado nórdico em Beijing 2022
Local: Centro Nacional de Salto de Esqui de Zhangjiakou e Centro Nacional de Cross-Country
(Horários de acordo com o fuso local de Pequim, 11 horas à frente de Brasília)
9 de fevereiro
16:00 – Individual Gundersen Pista Normal/10km, Salto de Esqui Rodada de Competição
19:00 – Individual Gundersen Pista Normal/10km, Cross-Country
15 de fevereiro
16:00 – Individual Gundersen Pista Grande/10km, Salto de Esqui Rodada de Competição
19:00 – Individual Gundersen Pista Grande/10km, Cross-Country
17 de fevereiro
16:00 – Equipes Gundersen Pista Grande/4 x 5km, Salto de Esqui Rodada de Competição
19:00 – Equipes Gundersen Pista Grande/4 x 5km, Cross-Country
Clique aqui para conferir toda a programação do combinado nórdico em Beijing 2022.
Como assistir ao combinado nórdico em Beijing 2022
Os atletas do combinado nórdico devem dominar dois esportes completamente diferentes para atingirem o êxito na alta competição. De um lado a adrenalina, do outro o endurance. Primeiro os atletas devem lançar-se no vazio, descendo por uma pista de salto de esqui; finalizam a competição com 10km de cross-country em formato perseguição no mesmo dia.
"Se trata de encontrar o equilíbrio entre o salto de esqui – que não é algo normal, ninguém salta de uma pista – e as características completamente diferentes do esqui de fundo", explica o tricampeão Olímpico, Felix Gottwald, ao Olympics.com.
"No esqui cross-country é endurance, dureza, treinos intensos. No salto de esqui há o lado técnico, você deve ativar seus músculos rápidos. Encontrar o equilíbrio entre as duas disciplinas é a parte fascinante."
Na vertente mais técnica da competição, o salto de esqui, os atletas são pontuados pela distância e o estilo. Sua classificação após a rodada de saltos vai determinar a ordem de saída para o evento de cross-country. Os pontos somados no salto de esqui são convertidos em tempo usando o método Gundersen de conversão, segundo o qual um ponto equivale a quatro segundos.
O vencedor da rodada de salto de esqui é o primeiro na saída do cross-country, com os restantes competidores saindo posteriormente de acordo com as diferenças de tempo impostas pelo método Gundersen.
Frenzel, que desde os cinco anos pratica o combinado nórdico, não só gosta da variedade da disciplina, mas também do facto de permitir segundas oportunidades.
“Quando você salta e consegue um bom salto tem a chance de ser muito tático e utilizar muita estratégia [no cross-country]”, disse Frenzel em entrevista com o Olympics.com. “Mas quando o seu salto não é tão bom ainda tem a possibilidade de melhorar, de dar tudo o que tem e esperar conseguir uma boa classificação no final. Você tem uma segunda oportunidade de transformar um dia não tão bom em um dia melhor.”
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