Abner Teixeira muda mente e corpo em busca do ouro em Santiago 2023 e vaga Olímpica
Bronze em Lima 2019 e nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, ele vai para sua segunda participação em Pan-Americanos, mais acostumado aos grandes eventos e longe da ansiedade. Na capital chilena, irá combater em nova categoria, cujo retrospecto é bastante positivo.
Medalhista de bronze no Pan de 2019, Abner Teixeira fez ainda mais história ao ser pódio Olímpico, em Tóquio 2020. Aos 27 anos, é um dos expoentes do boxe do Brasil, que tem feito muito bonito pelos ringues do mundo todo. Em Santiago, sua segunda participação no evento, não vê pela frente outra cor de medalha a não ser a dourada.
“Estou pensando nesse ouro desde 2019 em Lima, quando bati na trave. Fiz a semifinal, fiquei com esse negócio do ‘quase’. Quero a vaga para os Jogos, também quero o ouro”, disse Abner para o Olympics.com.
Pan 2023 | Conheça a equipe brasileira de boxe
Mudança de mente e corpo para Santiago
Querendo entrar no clima do Pan, Abner acompanha os lutadores brasileiros desde as arquibancadas do Centro Olímpico, onde acontece a disputa do pugilismo.
Muita coisa mudou entre a edição passada e esta, na capital chilena. Para começar, muitas vagas Olímpicas estarão em jogo. “Tudo vai ser mais intenso, mas estou pronto para isso”, salientou.
Entretanto a mudança não é apenas no ambiente, mas internamente também. “A gente tem mudanças diárias. Eu sou outro atleta, a gente vai ganhando experiência internacional, disputei Jogos Olímpicos.”
Uma mudança de mente e de corpo: “Estou em uma categoria nova, a superpesada [acima de 92kg], não penso mais em perder peso, me sinto mais saudável e mais forte.” Subir de peso exigiu adaptações: “Passei o ano de 2022 para me adaptar e tive um ano perfeito, venci todas as 23 lutas que fiz, foi um bom começo. Acabo sendo mais veloz, sim, mas meus adversários são gigantes e qualquer golpe pode mudar uma luta.”
Adversário na estreia é conhecido de Abner
O osasquense do Jardim Rochdale entra no ringue na terça-feira, dia 24 de outubro, contra o mexicano Julio Cesar Cruz Hernandez, um conhecido de treinos e torneios. “Conheço ele, escola tradicional [do México], um adversário duro, caminha pra frente e distribui muitos golpes.”
Pan 2023 | Brasileiros conhecem seus adversários no boxe
Se a ansiedade quiser apanhá-lo, ele desvia ligeiro: “Estou acostumado, mais controlado, já passei por isso. Estou bem preparado”, e finaliza certeiro: “Agora é subir no ringue e se divertir.”