Paris 2024: veja 10 brasileiros que podem fazer história nos Jogos Paralímpicos
O Brasil fez a melhor campanha da história em Jogos Paralímpicos na última edição, a de Tóquio 2020 em 2021. No Japão a delegação brasileira contou com 256 atletas e conquistou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.
Resultado que cresce a cada quatro anos e a expectativa para Paris não é diferente, e o Olympics.com destaca abaixo 10 nomes do país que podem fazer história nos próximos Jogos Paralímpicos. Confira.
Carol Santiago, natação
Maior medalhista do Brasil nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, com três de ouro (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12) e uma de bronze (100m costas S12), a pernambucana vem de 39 anos é a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65).
No ciclo atual, faturou 10 medalhas de ouro nos últimos dois Mundiais de Natação Paralímpica, no da Ilha da Madeira em 2022 e no de Manchester (GBR) de 2023, cinco em cada. Nos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023, foi ao topo do pódio também em cinco ocasiões. Um histórico que faz dela forte favorita em Paris.
Jovane Guissone, esgrima
Aos 41 anos, o gaúcho Jovane Guissone tem duas medalhas obtidas em Jogos, uma de ouro em Londres 2012 e uma prata em Tóquio 2020. Melhor brasileiro no ranking mundial da esgrima em cadeira de rodas, Guissone venceu todos os 12 Prêmios Paralímpicos - concedido anualmente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) - em sua modalidade, desde 2011.
Entre os resultados internacionais mais recentes, destacam-se os três ouros no Campeonato das Américas 2022 e, no mesmo ano, o topo do pódio na Copa do Mundo realizada na Hungria.
Jerusa Geber, atletismo
Um dos principais nomes do esporte Paralímpico do país, a acreana Jerusa Geber, do atletismo, nasceu totalmente cega e foi a primeira a fazer os 100m abaixo dos 12s, recordista mundial da distância na classe T11, com 11s83.
Jerusa vem de bom ciclo, com ouro nos 100m do Mundial Paris 2023, dos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023 e, no Mundial Kobe 2024, no último mês de maio. Um histórico e inédito ouro Paralímpico tem grandes chances de acontecer na capital francesa.
Seleção feminina de vôlei sentado
Medalhista de bronze nas duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016 e Tóquio 2020, as brasileiras do vôlei sentado conquistaram inédito feito com o título do Mundial realizado na Bósnia e Herzegovina, em novembro de 2022. Foi o primeiro pódio do vôlei feminino em Mundiais e, de quebra, no topo dele.
Prenúncio para Paris?
Alana Maldonado, judô
Líder do ranking mundial em sua categoria no judô (classe J2), Alana Maldonado luta há 15 anos. Seis vezes vencedora do Prêmio Paralímpicos, atual campeã de Tóquio 2020 - primeiro ouro do Brasil na modalidade - e do Mundo em Baku (Azerbaijão) em 2022, a paulista de Tupã poderá fazer ainda mais história ao manter sua hegemonia em Paris.
Petrúcio Ferreira, atletismo
Não há dúvidas de que este paraibano é um dos maiores nomes do atletismo paralímpico em todo o planeta. Dono de cinco medalhas em Jogos Paralímpicos (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze), Petrúcio Ferreira foi recordista do mundo nos 100m em 2019.
São já várias temporadas na elite da modalidade. O título mais recente foi o ouro nos 100m do Mundial Kobe 2024. Em 2023, Petrúcio foi ao topo do pódio no Mundial de Paris e se consagrou tricampeão Parapan-Americano, em Santiago (Chile);
Claudiney Batista, atletismo
Mineiro de Bocaiúva, Claudiney Batista poderá em Paris 2024 manter a hegemonia do lançamento de disco. Atual tricampeão Mundial, estabeleceu na edição de Kobe 2024 45,14m, recorde da competição. Atual bicampeão Paralímpico da prova, tentará o tri na capital francesa.
Seleção de futebol de cegos
Os brasileiros da seleção de futebol de cegos ganhou todos os torneios que disputou em Jogos Paralímpicos desde a inserção da modalidade no calendário, em Atenas 2004. Desde então foram 27 partidas, com 21 vitórias e 6 empates. Uma hegemonia que poderá se manter na capital francesa, com um histórico hexacampeonato Paralímpico.
O gaúcho Ricardinho (35 anos), melhor jogador do mundo em 2006, 2014 e 2018, poderá conquistar seu quinto título em Jogos Paralímpicos. Em Parapan-Americanos, ele tem cinco medalhas de ouro, assim como o baiano Jefinho Gonçalves, colega de elenco.
Mais | Futebol de cegos: Brasil conhece rivais da fase de grupos em Paris 2024
Bruna Alexandre, tênis de mesa
Primeira brasileira a competir nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos, marco da história do esporte nacional, a catarinense Bruna Alexandre foi eleita pelo CPB como a melhor atleta Paralímpica de 2023.
No tênis de mesa Paralímpico na Rio 2016 (bronze no individual e bronze em duplas) e em Tóquio 2020 (prata no individual e bronze por equipes), ficou bem perto do pódio. Uma chance que não quer desperdiçar em Paris 2024, para conquistar o primeiro ouro Paralímpico.
Antes disso, ela irá colaborar com a seleção brasileira de tênis de mesa convencional nos Jogos Olímpicos, que ela ajudou a obter a vaga na disputa por equipes. No Pan de Santiago 2023, ela foi bronze por equipes.
- Relembre | Seleções brasileiras de tênis de mesa asseguram vagas Olímpicas em Paris 2024
- Entrevista | Bruna Alexandre e o sonho Olímpico e Paralímpico em Paris 2024
Fernando Rufino, canoagem
Por fim, o sul-matogrossense Fernando Rufino é o atual campeão dos Jogos Paralímpicos na canoa e defenderá o título em Paris 2024. Apelidado “Cowboy”, em maio passado faturou o Mundial de canoagem realizado na Hungria, no VL2M 200m, depois da prata obtida em Halifax 2022 (Canadá).