O que nós aprendemos: resumo do Nado Artístico na Olimpíada de Tóquio 2020

Desde o ROC ganhando em ambos eventos até Svetlana Romashina conquistando seu recorde de sete medalhas de ouro, dê uma olhada nos melhores momentos, veja os destaques, replays, e descubra o que podemos esperar em Paris 2024.

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(2021 Getty Images)

O Nado Artístico, conhecido como nado sincronizado até 2017, está no programa olímpico desde os Jogos de Los Angeles de 1984. Junto com a Ginástica Rítmica, é um dos dois esportes exclusivos para mulheres nos Jogos Olímpicos. E em Tóquio 2020, as estrelas do esporte nos impressionaram mais uma vez.

As atletas representando o ROC, que dominaram o Nado Artístico, vencendo todos os eventos desde Sydney 2000, mais uma vez brilharam na piscina do Centro Aquático de Tóquio.

E Svetlana Romashina se tornou a única atleta com maior número de medalhas no Nado, conquistando sua sexta e sétima medalhas de ouro Olímpicas em Tóquio.

Leia sobre os cinco melhores momentos do Nado artístico em Tóquio 2020; onde você pode encontrar os destaques e os replays gratuitamente e sob demanda; e dê uma olhada nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Os cinco melhores momentos da natação artística nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

1. O domínio das nadadoras do ROC continua

As nadadoras do ROC ganharam os eventos em duetos e por equipes em Tóquio, continuando uma incrível corrida que já se estende por 21 anos.

As atletas representantes da Rússia ou do ROC não ganharem nenhuma medalha de ouro no esporte em Atlanta 1996, quando apenas o evento por equipes estava no programa e a equipe russa terminou fora do pódio, em quarto lugar.

Isso significa que o ROC e a Rússia conquistaram 12 medalhas de ouro consecutivas neste esporte.

"Foi um ano muito difícil, dois anos, com muito choro e muito trabalho", disse Vlada Chigireva após ganhar o ouro por equipes. “Estamos muito felizes por estarmos aqui.

“Todos os dias sorrimos por estarmos aqui no Centro Aquático, na Vila Olímpica, e queremos dizer a todos os japoneses que os amamos”.

2. Svetlana Romashina quebra recordes

Svetlana Romashina do ROC ganhou sua primeira medalha de ouro Olímpica como parte da equipe russa que conquistou a medalha de ouro em Beijing 2008.

Agora, 13 anos depois - tendo feito parte de todos os duetos e equipes desde Londres 2012 - ela deixou Tóquio com sete medalhas de ouro, duas a mais do que qualquer outra nadadora artística que já ganhou nos Jogos Olímpicos.

Essa é a melhor maneira de sair da Olimpíada, se o que ela disse depois sobre seu futuro for verdade.

"Não posso dizer que elas são diferentes, mas posso dizer que a sexta e a sétima medalhas foram as [mais difíceis] da minha vida", disse Romashina. “Eu me tornei mãe e era muito difícil ser mãe e atleta nesse momento.

"Estou muito, muito feliz com esta medalha. Entendo que essa será minha última Olimpíada como atleta. Entendo que essa talvez seja minha última competição. Não sei ainda, mas talvez."

3. A Ucrânia faz história no esporte

Quando Marta Fiedina e Anastasiya Savchuk ganharam o bronze na competição de duetos, elas se tornaram as primeiras medalhistas Olímpicas da Ucrânia no nado artístico.

A pontuação do dueto foi de 189,4620 batendo o anfitrião Japão pelo pódio.

Então, três dias depois, as duas nadadoras repetiram o feito da medalha de bronze, já que as ucranianas conquistaram o bronze por equipes, deixando novamente o Japão fora do pódio.

É um bom presságio para o país, que busca deixar sua marca nas competições Olímpicas, tendo conquistado várias medalhas em Campeonatos Mundiais nos últimos anos.

4. As mães deixam suas marcas

Além de Romashina, que se tornou mãe em novembro de 2017,após os Jogos do Rio 2016, e voltou a um alto patamar no esporte, a capitã da seleção espanhola Ona Carbonell também conseguiu voltar ao topo após o parto.

Carbonell havia decidido originalmente não competir em Tóquio 2020 para começar uma família, e teve um filho, Kai, em agosto de 2020.

No entanto, com o adiamento dos Jogos, Carbonell conseguiu fazer seu retorno - ela voltou a treinar apenas um mês e meio após o nascimento de Kai.

Ela levou a Espanha ao bronze na rotina técnica por equipe europeia em maio deste ano, antes de terminar em segundo lugar no evento de classificação Olímpica diante de sua família em Barcelona, em junho.

"Estávamos ali, ouvindo os resultados, quando de repente vi Kai no meio da multidão", disse ela ao Tóquio 2020 antes dos Jogos. "Comecei a chorar porque era muito tocante para mim - só pensei em meu filho e em todos os sacrifícios e esforços que fiz. Eu o vi e tudo valeu a pena."

As duas medalhistas Olímpica de Londres 2012 foram as únicas da equipe espanhola com uma aparição Olímpica anterior, e a relativa inexperiência da equipe ficou evidente ao terminar em sétimo lugar.

Mas foi um triunfo para Carbonell, provando que a maternidade não precisa ser o fim de sua carreira esportiva.

5. As atletas comprovam a dificuldade do esporte

O nado artístico pode ser visto por sua estética, beleza, e sem atletismo, mas isso não poderia estar mais longe da realidade.

Embora nenhuma lesão grave tenha sido relatada nas rotinas de Tóquio 2020, na classificação para os Jogos as atletas tiveram ossos quebrados, contusões e até mesmo desmaios por estarem debaixo d'água.

As nadadoras artísticas são verdadeiras atletas que praticam um esporte de dificuldade, que não se traduz necessariamente no que se vê na televisão ou nas arquibancadas.

Destaques

Os destaques e replays dos eventos do nado artístico em Tóquio 2020 estão disponíveis aqui a qualquer momento: olympics.com/tokyo2020-replays

Uma última olhada

Não houve surpresas no destino das medalhas de ouro em duetos ou por equipes, com o ROC, como esperado, levando os dois títulos Olímpicos pela sexta vez consecutiva.

Svetlana Romashina esteve envolvida em ambas as vitórias, elevando seu total de medalhas de ouro na carreira de cinco para sete, tornando-se a atleta de nado artístico mais condecorada da história Olímpica.

A República Popular da China e a Ucrânia conquistaram a prata e o bronze, respectivamente, atrás do ROC em ambos os eventos, com as medalhas marcando as duas primeiras vitórias da Ucrânia no esporte.

E o mundo ficou mais uma vez maravilhado com o brilho atlético dessas atletas, algumas das quais voltaram da maternidade para competir.

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Olá Paris

Então, o que esperar em três anos, nos próximos Jogos em Paris?

Mesmo com Romashina tendo insinuado a aposentadoria e indicado que Tóquio foi sua última Olimpíada após quatro participações, as nadadoras que representaram o ROC em Tóquio devem permanecer favoritas para continuar a sequência na capital francesa em 2024.

Elas venceram os dois eventos por seis Jogos Olímpicos consecutivos e parece ser necessária uma grande reviravolta para que isso mude.

No entanto, a Ucrânia pode se animar com suas primeiras medalhas e, se o país continuar a deixar sua marca no Campeonato Mundial, há a esperança de um desafio em Paris.

Medalhas do Nado Artístico em Tóquio 2020

Duplas Femininas

Ouro: Svetlana Kolesnichenko / Svetlana Romashina (ROC)

Prata: HUANG Xuechen / SUN Wenyan (CHN)

Bronze: Marta Fiedina / Anastasiya Savchuk (UKR)

Equipe Feminina

Ouro: ROC

Prata: República Popular da China

Bronze: Ucrânia

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