O que aprendemos: Balanço do tiro esportivo na Olimpíada de Tóquio 2020

O Tiro Esportivo teve a honra de inaugurar a primeira medalha de ouro em Tóquio 2020, e o resto também não decepcionou, confira os momentos mais memoráves, veja os destaques, replays e o que temos de expectativa para Paris 2024.

9 min

Tiro Esportivo

Silver Medalists Mary Carolynn Tucker and Lucas Kozeniesky of Team United States, Gold Medalists Qian Yang and Haoran Yang of Team China, and Bronze Medalists Yulia Karimova and Sergey Kamenskiy of Team ROC during the medal ceremony for the 10m Air Rifle Mixed Team finals on day four of the Tokyo 2020 Olympic Games at Asaka Shooting Range on July 27, 2021 in Asaka, Saitama, Japan. (Photo by Kevin C. Cox/Getty Images)

(2021 Getty Images)

Tóquio 2020 puxou o gatilho com a primeira medalha de ouro dos Jogos concedida no tiro esportivo para a atleta chinesa YANG Qian no sábado, 24 de julho de 2021.

E a emoção continuou quando 300 estrelas do tiro esportivo miraram em 54 medalhas em 15 eventos diferentes.

Yang, de 21 anos, levou o ouro na categoria carabina de ar 10m estabelecendo um novo recorde Olímpico, e ela foi a primeira em um desfile de rostos novos que desestabilizou a ordem mundial nos eventos de tiro.

Mas não foram apenas os jovens atletas que brilharam fazendo história, a perenidade da Georgiana Nino Salukvadze que incrivelmente participou da sua 9º Olimpíada aos 52 anos de idade.

Os atletas chineses foram inigualáveis nas categorias de ar por equipe mista, enquanto que no estande de tiro Vincent Hancock e Amber English ajudaram os E.U.A a vencerem no skeet.

Role para ver os cinco melhores momentos do tiro esportivo em Tóquio 2020 e, como assistir os destaques e os replays.

1. YANG Qian chega às manchetes globais, China é marcada por Jogos exepcionais

A prodígio de 21 anos, Yang Qian iniciou a corrida pelo ouro em Tóquio 2020 vencendo a medalha de ouro de abertura dos Jogos, o feito ganhou os noticiários do mundo todo.

Ela ganhou na categoria carabina de ar 10m e estabeleceu um novo recorde Olímpico, também definindo o tom para os atiradores chineses que conseguiram pelo menos uma medalha em dez das quinze categorias.

Yang Qian subiu ao pódio mais uma vez na categoria carabina de ar 10m por equipe mista ao lado do companheiro de equipe YANG Haoran.

Mais medalhas seguem em uma longa lista:

PANG Wei: Bronze – pistola de ar 10m masculina

JIANG Ranxin: Bronze – pistola de ar 10m feminina

YANG Haoran: Bronze – carabina de air 10m masculina (Sua segunda medalha)

SHENG Lihao: Bronze atrás de YANG na carabina de ar 10m

WEI Meng: Bronze – skeet feminino

JIANG/PANG: Ouro – pistola de air 10 por equipe mista

YANG Qian/YANG Haoran: Ouro – carabina de ar 10m por equipe mista

XIAO Jiaruixuan: Bronze – pistola 25 feminina

LI Yuehong: Bronze – pistola de tiro rápido 25m masculina

ZHANG Changhong colocou a cereja no topo do bolo conquistando o ouro no encerramento do evento da carabina três posições 50m com um recorde Mundial e Olímpico.

Uma super aula de tiro esportivo da China.

2. A próxima geração do tiro esportivo brilha

A Olimpíada é sempre um palco para os jovens se mostrarem e sacudirem a ordem mundial do esporte.

E isso é exatamente o que os jovens atiradores fizeram em Tóquio.

Depois de YANG Qian de 21 anos dar o pontapé inicial em grande estilo, a atleta do ROC Vitalina Batsarashkina, 24, tornou-se uma medalhista de ouro duplo ganhando tanto a categoria pistola de ar 10m feminina, como a categoria 25m.

William Shaner , de 20 anos, celebrou o título Olímpico na carabina de ar 10m masculina depois de uma final emocionante derrotando Sheng da China por 0,7.

Shaner arremessou 251,6 contra 250,9 de Sheng.

Shaner, que começou a atirar quando tinha nove anos, nasceu em Colorado Springs e é o mais jovem americano a vencer um evento de carabina.

Ele fez jus à sua reputação de estrela em ascensão do tiro.

Jean Quiquampoix, de 25 anos, elevou sua prata do Rio na pistola de tiro rápido masculina 25m para um ouro em Tóquio, marcando uma pontuação final de 34 igualando a marca do medalhista de ouro Leuris Pupo em Londres 2012, um recorde Olímpico.

Oh, e a caçadora de recordes mundiais ZHANG Changhong que tem apenas 21 anos.

As crianças estão bem.

3. Nino Salukvadze mira o recorde participando de sua 10ª Olimpíada

22 anos antes de Zhang nascer Nino Salukvadze estava atirando em uma Olimpíada.

Seul 1988 foi onde experimentou sua pontaria Olímpica pela primeira vez e nunca mais parou, competindo em todos os Jogos desde então, Tóquio 2020 foi seu nono, um recorde Olímpico.

Nenhuma outra mulher competiu em nove jogos consecutivos.

A georgiana acabou de perder a classificação para o evento feminino de pistola de tiro rápido 25m, com atiradores levantando a barra em toda a linha, ela terminou em quarto lugar na classificação em 30 de julho e apenas as três primeiras se classificaram.

Aos 52 anos completou uma missão de vida ao ganhar um bronze Olímpico no Rio 2016, onde registrou mais uma estreia competindo ao lado de seu filho Tsotne Machavariani que tinha 18 anos na época.

Eles se tornaram os primeiros mãe e filho a participarem lado a lado no tiro esportivo em uma Olimpíada.

Mas a jornada de quebra de recordes Olímpicos de Salukvadze pode não ter acabado ainda, preste atenção em Paris!

4. Três em linha para Hancock vencer com os EUA no skeet

Vincent Hancock e Amber English ajudaram os EUA a vencerem os eventos de skeet, com Hancock aclamado como tricampeão Olímpico.

Paciência e equilíbrio são habilidades essenciais para o tiro e Hancock mostrou muito de ambos, pois teve que esperar nove anos para ganhar a terceira medalha de ouro no skeet masculino.

O atirador de 32 anos deu um grito depois de acertar 59 dos 60 possíveis alvos para superar o dinamarquês Jesper Hansen, que marcou 55.

Para ele, foi a terceira medalha de ouro em quatro participações em Olimpíada, chegando ao topo do pódio em Pequim 2008, em Londres 2012 e agora em Tóquio 2020.

Isso também significou uma vitória para os EUA, uma vez que Amber English já havia ganhado o ouro no skeet feminino, com 56 acertos, estabelecendo um novo recorde Olímpico.

Nada mal para a sua primeira Olimpíada.

View this post on Instagram

A post shared by Team USA (@teamusa)

5. O sonho se tornou verdade para a atiradora refugiada

A Olimpíada é muito mais do que medalhas, e foi um sonho que se tornou verdade para a atiradora refugiada Luna Solomon, que fez sua estreia no maior palco esportivo que existe.

Forçada a fugir de Eritreia, Solomon tem treinado junto com o campeão Olímpico Niccolo Campriani, da Itália.

"Eu deixei meu país (Eritreia) por causa da falta de liberdade. Eu gosto do meu país e eu sinto falta do meu país e eu espero que eu volte para o meu país um dia, mas no momento eu estou ficando na cidade Olímpica [Lausanne, Suíça].”

Competindo contra a elite mundial em Tóquio, Solomon não conseguiu ir para a final, mas apenas a competição em si foi a realização da ambição de uma vida para a atleta de 27 anos de idade.

"A jornada não é fácil, mas é possível progredir e ter sucesso no esporte e nas atividades assim como as pessoas que nasceram com outras nacionalidades" Solomon disse na quinta-feira antes de competir.

Agora ela já está de olho nos próximos Jogos.

"Eu vou continuar no esporte até Paris 2024. Eu quero participar desses Jogos Olímpicos”.

View this post on Instagram

A post shared by IOC Refugee Olympic Team (@refugeeolympicteam)

Quando e onde assistir os replays do Tiro Esportivo no Olympics.com

Você pode assistir os destaques e as competições por completo do Tiro Esportivo na Olimpíada de Tóquio aqui: olympics.com/tokyo2020-replays

Olá Paris

Há apenas três curtos anos até os Jogos em Paris, o Tiro Esportivo vai ser tão animado como sempre na capital francesa.

Fique de olho nos jovens que fizeram seu nome em Tóquio, com alguns rostos novos sempre aparecendo em todos os Jogos.

É provável que veremos Salukvadze da Geórgia em Paris também. Ela terminou em 31º na pistola de ar de 10 metros e em 25º na pistola 25m e estava prestes a desistir, mas um telefonema de seu filho Tsotne a fez mudar de ideia, como ela disse Reuters:

“... durante todo o tempo em que conversamos, ele continuou dizendo: ‘Isso está fora de questão. Faltam três anos. Você pode ir para a sua décima Olimpíada, você tem uma chance. Por que não aproveitar? Se você parar, eu também vou parar! 'E eu não quero que ele pare ", disse ela.

E talvez ambos estejam em Paris juntos!

A China estabeleceu um novo padrão nas competições de pistola de ar e carabina, enquanto os EUA dominaram o skeet, esse novo padrão está definido pelos próximos três anos.

A Índia enviou um contingente de 15 membros para Tóquio, mas as coisas não saíram como planejado.

Manu Bhaker e Saurabh Chaudhary, tinham grandes esperanças na competição mista da pistola de ar 10m, mas não passou da segunda fase de classificação.

Espere que o time da Índia leve os pontos positivos e volte mais forte em três anos, quando o tiro esportivo será novamente o centro das atenções nos Jogos Olímpicos.