Miguel Hidalgo é bronze na etapa de Weihai e conquista primeiro pódio da carreira na Série Mundial de Triatlo
Na prova realizada nesta sexta-feira, 27 de setembro, brasileiro Miguel Hidalgo terminou na terceira posição com o tempo de 1h49min18s. Disputa em Weihai, na República Popular da China, foi a penúltima etapa da Série Mundial de Triatlo em 2024.
Aos 24 anos, Miguel Hidalgo já mostrou que é um dos grandes nomes do Brasil no cenário internacional de triatlo. Faltava apenas um grande resultado na Série Mundial de Triatlo, que reúne os principais competidores da modalidade. Não falta mais. O atleta garantiu a medalha de bronze na etapa de Weihai nesta sexta-feira, 27 de setembro.
O brasileiro terminou na terceira posição com o tempo de 1h49min18s, apenas 11 segundos atrás do francês Léo Bergere, bronze nos Jogos Olímpicos Paris 2024, e segundo colocado em Weihai com 1h49min07s. O britânico Alex Yee, atual campeão Olímpico, foi o vencedor da disputa com 1h48min21s.
Na disputa feminina, a alemã Lisa Tertsch foi a campeã com 2h04min42s, à frente das britânicas Beth Potter e Georgia Taylor-Brown, respectivamente a segunda e terceira colocadas. Djenyfer Arnold, única representante do Brasil entre as mulheres, foi a 24ª colocada com 2h14min27s.
Com o resultado, Miguel Hidalgo assumiu a oitava posição no ranking da competição, com 1.930,81 pontos. O levantamento calcula apenas os três melhores resultados da temporada, incluindo a participação Olímpica. Alex Yee lidera com 3.000,00 pontos e se aproxima do título mundial da temporada.
Além disso, o bronze em Weihai, na República Popular da China, foi o primeiro pódio do brasileiro em uma etapa da Série Mundial de Triatlo. Até então, seu melhor resultado era a sexta posição obtida nas etapas de Leeds, em 2022, e Pontevedra, em 2023. Ele também conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos 2023, em Santiago, e foi top 10 nos Jogos Olímpicos Paris 2024.
Após cinco etapas, a Série Mundial de Triatlo 2024 realiza a etapa final, com pontos extras em disputa, em Torremolinos, Andaluzia, na Espanha, entre 17 e 20 de outubro. O evento determinará o título mundial da temporada.
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Miguel Hidalgo cresce no ciclismo e confirma pódio na corrida
Para conquistar seu primeiro pódio na Série Mundial de Triatlo, Miguel Hidalgo adotou a mesma estratégia de suas últimas provas, isto é, manter um ritmo mais conservador na natação para forçar no ciclismo e manter a vantagem na corrida, a modalidade que encerra a disputa e define a classificação final.
Nos 1.500m de natação, por exemplo, o brasileiro saiu da água na 12ª posição, dentro do pelotão que liderava a prova e apenas dez segundos atrás do australiano Matthew Hauser, então líder. Com 42 segundos na primeira transição, se manteve entre os líderes e começou a apertar o ritmo logo no início dos 40km de ciclismo.
Na bicicleta, Hidalgo foi o quarto mais rápido da modalidade com 1h00min04s e iniciou a corrida liderando o pelotão da frente. Contudo, no trecho final, ele não conseguiu acompanhar o ritmo do francês Léo Bergere e, principalmente, do britânico Alex Yee. Mesmo assim, foi o sétimo mais rápido, o suficiente para cruzar a linha de chegada na terceira posição.
Pódio premia regularidade de Miguel Hidalgo no circuito
A medalha de bronze em Weihai, na República Popular da China, também é um reconhecimento pelos resultados recentes de Miguel Hidalgo nas principais competições do circuito internacional. Nas últimas três temporadas, o atleta se manteve entre os dez melhores nos principais eventos.
Neste ano, por exemplo, foi décimo nos Jogos Olímpicos Paris 2024 (melhor resultado da história do Brasil na modalidade) e oitavo na etapa de Yokohama da Série Mundial de Triatlo. Em 2023, foi sexto na etapa de Pontevedra, sétimo no Mundial de Sprint e oitavo no evento-teste de Paris 2024. Já em 2022, foi sexto na etapa de Leeds.
“É uma sensação incrível. Lembro de assistir à primeira etapa da Série Mundial, em Estocolmo 2013, com Alistair fazendo a fuga, e eu sabia que era uma questão de tempo até que eu pudesse estar no pódio. Estou de forma consistente no top 10 há algum tempo e sabia que depois dos Jogos Olímpicos muitas pessoas poderiam não estar treinando tanto, então voltei para a altitude e trabalhei duro. Valeu a pena”, explicou ao site do World Triathlon.
“Ainda estou aprendendo muito nas corridas. Não corri muito este ano, em Paris senti um pouco de falta de ritmo de corrida, mas hoje finalmente consegui e há muito mais por vir, com certeza”, complementou.