Martine Grael e Kahena Kunze terminam na oitava posição na categoria skiff da vela em Paris 2024
Desta vez não terá medalhas para Martine Grael e Kahena Kunze. Bicampeãs Olímpicas no Rio 2016 e Tóquio 2020, a dupla da categoria skiff (49erFX) da vela encerrou a participação nos Jogos Olímpicos Paris 2024 na oitava posição. A regata da medalha aconteceu nesta sexta-feira, 2 de agosto.
Na prova decisiva, que reúne apenas os dez melhores barcos das regatas anteriores, as brasileiras terminaram na quinta posição, 15 segundos atrás das primeiras colocadas. Com o resultado, a dupla termina a competição com 112 pontos perdidos.
A medalha de ouro ficou com a dupla dos Países Baixos, formada por Odile van Aanholt e Annette Duetz. Elas ficaram na terceira posição na regata de medalha e tiveram 76 pontos perdidos. A prata foi da equipe sueca, com Vilma Bobeck e Rebecca Netzler. As francesas Sarah Steyaert e Charline Picon, que começaram a regata da medalha na liderança, terminaram com o bronze.
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Fora do pódio nos Jogos Olímpicos Paris 2024, esta é a primeira participação Olímpica de Martine Grael e Kahena Kunze sem medalha. A dupla, que compete de forma ininterrupta desde 2013, estreou no Rio 2016 e também representou o Brasil em Tóquio 2020 – em ambas conquistando o ouro.
Na categoria skiff masculina (49er), a medalha de ouro ficou com os espanhóis Diego Botin le Chever e Florian Trittel Paul. Líderes da fase classificatória, eles venceram também a regata da medalha e confirmaram o título.
Isaac McHardie e William McKenzie, da Austrália, garantiram a prata. Os norte-americanos Ian Barrows e Hans Henken conquistaram o bronze. Os brasileiros Marco Grael e Gabriel Simões terminaram na 19ª posição e ficaram fora da regata da medalha.
Após intermediária ruim, Martine Grael e Kahena Kunze se recuperaram no final
Olhando em retrospectiva, as brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze sabem que a medalha nos Jogos Olímpicos Paris 2024 escapou no segundo e no terceiro dia de disputas da categoria skiff da vela. Com regatas ruins, incluindo uma desclassificação, elas viram as rivais abrirem vantagem na classificação.
Nas três primeiras regatas, realizadas no domingo, dia 28, elas conseguiram 13º, 5º e 6º lugares, se posicionando na parte de cima – e com margem para descartar a pior colocação. Porém, no segundo dia (29 de julho), as brasileiras sofreram uma desclassificação por largarem com bandeira preta, além de terminarem em 19º e 12º.
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Já pressionadas, elas não conseguiram melhorar o desempenho no penúltimo dia classificatório (30 de julho). Nas regatas 7, 8 e 9, ficaram em 10º, em 9º e em 13º. Nessa altura, até mesmo a participação na regata da medalha (para os dez melhores barcos) estava em risco.
Martine e Kahena se recuperaram bastante no último dia das regatas abertas (31 de julho), alcançando um quarto, um 9º e um segundo lugares – de longe o melhor dia em termos de pontuação. Foi o suficiente para chegar à oitava posição e participar da regata da medalha, mesmo sem chance de alcançar o pódio.