Henrique Avancini histórico no mountain bike em Tóquio 2020
Brasileiro terminou o cross country em 13º e obtém o melhor resultado da história do Brasil em Jogos Olímpicos. Thomas Pidcock sai de Tóquio 2020 como o mais jovem campeão da história do mountain bike. Mathieu van der Poel sofreu queda feia.
Em Tóquio 2020 e num difícil circuito de Izu, com 4100 metros e desnível positivo acumulado de 150 metros por volta, a batalha pelo ouro no mountain bike (MTB) cross country foi épica. Com o Monte Fuji como paisagem de fundo, a vitória no XCO, como é conhecida a disciplina, acabou sorrindo ao britânico Thomas Pidcock, que aos 21 anos e 61 dias se tornou o mais jovem campeão Olímpico da história!
Henrique Avancini também sai de Tóquio 2020 reescrevendo a história do esporte e do Brasil. É verdade que não superou o desafio de se tornar o primeiro não-europeu medalhado em Jogos Olímpicos – as anteriores 18 medalhas caíram sempre para atletas da Europa – mas ao terminar 13º o ciclista de Petrópolis obtém o melhor resultado da história do MTB brasileiro em Jogos Olímpicos superando o 21º lugar de Rubens Donizete em Beijing 2008.
Avancini andou na frente, comandou a prova em Tóquio 2020 durante a primeira volta, mas foi quebrando até sair fora do top 10. Mesmo assim, sai do Japão com melhores sensações do que na Rio 2016, quando foi 23º competindo com lesão nas costas e em corrida condicionada pela chuva. Nota ainda para a prova de Luiz Cocuzzi que acabou 27º.
Na luta pelas medalhas, o suíço Mathias Flueckiger repetiu a prata da Rio 2016 e o grande interesse do final do XCO Olímpico esteve na luta pelo bronze. Foi uma batalha incrível que David Valero ganhou à lenda suíça Nino Schurter, campeão Olímpico da Rio 2016, 2º em Londres 2012, 3º em Beijing 2008.
Alegria de Pidcock constrastou com a dor de Van der Poel
A prova de XCO foi das mais aguardadas desde que em Atlanta 1996 o MTB se tornou Olímpico e muito se deve às presenças dos fenômenos multidisciplinares Thomas Pidcock e Mathieu Van der Poel (Países Baixos).
Se já sabemos como terminou a história para Pidcock, no caso do neerlandês o desfecho não foi memorável. Van der Poel apontou o ouro em Tóquio 2020 como objetivo de carreira, passou os últimos anos alternando ciclismo de estrada, ciclocrosse e MTB, um desafio improvável só ao alcance de um super atleta. Triunfante em todas as disciplinas, faltava uma medalha nos Jogos Olímpicos, que teria acontecido após sair mais cedo do Tour de France, onde vestiu a camiseta amarela e venceu uma etapa. O sonho virou pesadelo por culpa de um acidente na descida mais técnica do circuito logo na primeira volta e apesar do esforço em continuar em prova, Mathier Van der Poel foi derrotado pelas consequências da queda e abandonou na sexta volta.
A alegria de Pidcock constrastou com a dor de Van der Poel. A Grã-Bretanha se impõe pelo seu fenômeno Thomas Pidcock, um ciclista que vai marcar uma geração e que sai de Tóquio 2020 quebrando o recorde da sueca Jenny Rissveds, campeã Olímpica na Rio 2016 com 22 anos.
Consulte os resultados finais da prova de XCO Olímpico clicando aqui.