Patinação artística define últimas vagas para Beijing 2022 e brasileira Isadora Williams fica de fora
O Nebelhorn Trophy foi a última chance para atletas da patinação artística se classificarem para os próximos Jogos de Inverno. Confira um resumo da competição e quais países asseguraram seus lugares em Pequim.
A temporada Olímpica da patinação artística está oficialmente em curso.
Os eventos de patinação internacionais começaram há quase um mês, mas muita coisa estava em jogo neste fim de semana no Nebelhorn Trophy, um evento ISU Challenger que foi o último classificatório para os Jogos Olímpicos Beijing 2022 no esporte.
Sediado em Oberstdorf, na Alemanha, o evento concedeu cotas para cada país, não para patinadores individuais, em quatro disciplinas. As federações nacionais selecionam suas equipes Olímpicas em dezembro e janeiro.
O Campeonato Mundial de Patinação Artística de 2021 havia sido o principal evento de classificação para Pequim.
Confira os classificados do Nebelhorn:
- Masculino - 7: AUS, AZE, CAN, FRA, KOR, ROC, USA
- Feminino - 6: AUS, BLR, POL, SUI, UKR, USA
- Pares - 3: ESP, GEO, ISR
- Dança no gelo - 4: ARM, CZE, FIN, GEO
O evento por equipes da patinação artística, que entrou no programa Olímpico em Sochi 2014, terá 10 equipes. O line-up foi preenchido com os classificados de Nebelhorn, e as equipes precisam ter patinadores em três das quatro disciplinas para competirem. As equipes são: CAN, CHN, CZE, GEO, GER, ITA, JPN, ROC, UKR e USA.
Individual: Zhou e Liu lideram EUA
Os americanos Vincent Zhou e Alysa Liu conquistaram o título no individual. Os patinadores fizeram com que o país conquistasse uma terceira vaga para as equipes masculina e feminina dos EUA.
Zhou mostrou a forma que o levou a PyeongChang 2018 e à medalha de bronze mundial em 2019, mostrando força com 284,23 - assegurando a vitória por mais de 40 pontos.
Liu, que aos 16 está fazendo sua estreia internacional senior na temporada, foi igualmente segura na sua patinação, apesar de não ter conseguido completar um axel triplo na patinação livre.
"Chegando a esse torneio, sabia que tinha a responsabilidade de conquistar o terceiro posto", disse Zhou, 20. Liu acrescentou: "Significa muito. Estou muito animada. Até esqueci dessa parte [da terceira vaga]... é bem surreal. É muito legal que eu tenha conseguido isso para os EUA."
Também ajudaram os seus países Ekaterina Kurakova da Polônia; Victoriia Safonova de Belarus; Alexia Paganini (Suíça); Anastasiia Shabotova (Ucrânia); and Kailani Craine (Austrália).
Entre os homens, além de Zhou, os patinadores que deram vaga aos seus países foram Adam Siao Him Fa da França; Mark Kondratiuk do ROC; o sul-coreano Lee Sihyeong; Vladimir Litvintsev do Azerbaijão; Brendan Kerry da Austrália; e o canadense Roman Sadovsky.
Espanha classifica pares pela primeira vez
Nos pares, três times deram vagas aos seus países, com a Espanha (Laura Barquero e Marco Zandron), a Geórgia (Karina Safina e Luka Berulava) e Israel (Hailey Kops e Evgeni Krasnopolski) carimbando o passaporte para Pequim no Nebelhorn.
Para a Espanha e a Geórgia, essa é a primeira vez que equipes desses países irão aos Jogos. Também houve uma zebra: os chineses Wang Yuchen a Huang Yihang não conquistaram uma terceira vaga para o país-sede dos Jogos.
Na dança, quatro pares se classificaram: Finlândia (Juulia Turkkila e Matthias Versluis), Geórgia (Maria Kazakova e Georgy Reviya), Armênia (Tina Garabedian e Simon Proulx Senecal) e República Tcheca (Natalie Taschlerova e Flip Taschler).
Isadora Williams não se classifica para Pequim
Primeira atleta da América do Sul a atingir uma final Olímpica na patinação artística, em PyeongChang 2018, a brasileira Isadora Williams não disputará Beijing 2022.
Após disputar o programa curto do Nebelhorn e ficar na 32ª colocação, Isadora desistiu de disputar o programa livre. A atleta de 25 anos está sofrendo com uma lesão nos pés e foi para o sacrifício na sua última chance de classificação. Porém, o sonho da a terceira participação Olímpica foi adiado.
Isadora foi a primeira patinadora artística Olímpica do Brasil em Sochi 2014, quatro anos antes de fazer história com a final em PyeongChang. Ela enfrentou dificuldades para treinar durante a pandemia e recentemente lidou com o luto da morte de seu coreógrafo Sergei Onik.