A evolução do Brasil nos Jogos Paralímpicos em números
Edição a edição, o Brasil se tornou um país de destaque nos Jogos Paralímpicos. Com Paris 2024 começando em 28 de agosto, é hora de relembrar os grandes marcos do país no evento.
A primeira participação do Brasil em Jogos Paralímpicos veio em Heidelberg 1972, e a medalha inaugural em Toronto 1976, por Luiz Carlos da Costa e Robson Sampaio, no lawn bowls, que já deixou o programa oficial. Na época, alguns atletas participavam de vários esportes diferentes na mesma edição.
Os primeiros Jogos que demonstraram o potencial do Brasil foram Stoke Mandeville e Nova York 1984, com 30 atletas e 28 medalhas. A barreira dos 30 pódios, no entanto, foi batida somente em Atenas 2004, com uma delegação de 96 pessoas.
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Os primeiros ídolos paralímpicos do Brasil
O grande nome de Atenas 2004 foi o nadador Clodoaldo Silva, que conquistou seis ouros na Grécia, cinco em provas individuais. Outros ídolos, como Ádria Santos, do atletismo, Antonio Tenório, do judô, também marcaram aquela geração, que ficou entre os 15 países com mais medalhas de ouro pela primeira vez.
Atenas 2004 também foi a primeira vez que o futebol de cinco foi disputado nos Jogos Paralímpicos, esporte com absoluta hegemonia do Brasil: ouro nas cinco edições deste então, graças a craques como Jefinho e Ricardinho.
Para Beijing 2008, a delegação quase duplicou, e outros dois nadadores fizeram história: Daniel Dias saiu da capital chinesa com excesso de babagem, com nada menos que quatro ouros, quatro pratas e um bronze, e André Brasil ganhou quatro ouros e uma prata.
Lucas Prado, velocista do atletismo, somou três ouros, enquanto Tenório se tornava tetracampeão Olímpico. Terezinha Guilhermina, que corria provas de velocidade na mesma classe que Prado, foi ouro e prata. Todos esses resultados fizeram o Brasil ficar entre os 10 países com mais ouros.
O número de participantes e de medalhas do Brasil não aumentaram em Londres 2012, mas o de ouros, sim, com 21. Embalado novamente por Daniel Dias e André Brasil, o país também contou com Alan Fonteles vencendo de forma marcantes Oscar Pistorius nos 200m da classe T44.
Jogos em casa e meta de melhor campanha em Paris
Naturalmente, o Brasil teria sua maior participação na Rio 2016, com 285 atletas, e o aproveitamento também foi recorde, com 72 medalhas, 14 delas de ouro. Petrúcio Ferreira despontou como um dos grandes nomes do atletismo, e Bruna Alexandre subiria ao pódio no tênis de mesa, oito anos antes de debutar nos Jogos Olímpicos em Paris 2024.
A campanha de Tóquio 2020 foi parecida em termos de participação e repetiu as 72 medalhas, mas houve o recorde de ouros, com 22. Três deles foram de Maria Carolina Gomes Santiago, na natação, além de uma prata e um bronze. O país também chegou à centésima medalha de ouro com Yeltsin Jacques no atletismo. No Japão, Daniel Dias encerrou sua carreira Olímpica com o recorde de 27 medalhas, 14 de ouro.
Em Paris 2024, com 279 participantes, o Brasil poderá ficar pela primeira vez entre os cinco países que mais levaram ouros, que seria mais um marco importante para o desenvolvimento do esporte paralímpico no país.
Resumo das últimas campanhas do Brasil em Jogos Paralímpicos
- Atenas 2004: 14 ouros, 12 pratas, 7 bronzes, 33 medalhas
- Beijing 2008: 16 ouros, 14 pratas, 17 bronzes, 47 medalhas
- Londres 2012: 21 ouros, 14 pratas, 8 bronzes, 43 medalhas
- Rio 2016: 14 ouros, 29 pratas, 29 bronzes, 72 medalhas
- Tóquio 2020: 22 ouros, 20 pratas, 30 bronzes, 72 medalhas
- Total na história: 108 ouros, 129 pratas, 135 bronzes, 372 medalhas
- Paris 2024: em breve...
Onde assistir aos Jogos Paralímpicos Paris 2024?
Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 terão transmissão ao vivo no Brasil pelo Sportv 2. Serão exibidas as Cerimônias de Abertura e Encerramento, além de oito modalidades: natação, goalball, basquete em cadeira de rodas, atletismo, futebol de cegos, ciclismo, judô e vôlei sentado.