Tudo o que você precisa saber sobre o Surfe Olímpico na Tóquio 2020

Quem são os melhores surfistas Olímpicos da Tóquio 2020 em 2021? Quando e onde será realizado o surfe Olímpico? Qual é a história por trás de um dos mais novos esportes do programa Olímpico? Descubra aqui.

6 minPor Olympic Channel
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(2019 Getty Images)

O Surfe é um dos 33 esportes previstos para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Sua estreia Olímpica está prevista para julho de 2021 no Japão.

Mas quem são os atletas que devemos ficar de olho? Quando e onde será realizada a competição? Aqui está tudo o que você precisa saber sobre o Surfe Olímpico na Tóquio 2020.

Os melhores surfistas Olímpicos na Tóquio 2020

A estréia do Surfe nas Olimpíadas inclui uma escalação de campeões mundiais, veteranos da World Surf League (WSL) e profissionais iniciantes prontos para deixar sua marca no esporte.

Como é o caso na história do surfe moderno, os melhores surfistas a serem observados serão principalmente da Austrália e dos EUA, mas cuidado com o Brasil também.

Nascidos no mesmo ano e a poucos quilômetros um do outro em Honolulu, Havaí, John John Florence e Carissa Moore representam o atual auge do surfe profissional norte-americano.

Florence ostenta dois campeonatos mundiais e o tão desejado prêmio Pipeline Masters, enquanto Moore vai para Tóquio como campeão mundial atual, com mais três títulos sob seu comando em seu currículo.

O estilo suave e destemido dos dois profissionais é emblemático de sua criação no icônico Banzai Pipeline, e os 12 anos de experiência em turnês de campeonatos mundiais que cada um deles tem vão fazer deles uma força a ser considerada.

Com centenas de quilômetros de uma costa inacreditável, não é segredo que a Austrália tem alguns surfistas incríveis. Uma atleta com o verde e o ouro que não pode faltar neste verão é Stephanie Gilmore.

Gilmore, sete vezes campeã mundial, é uma das surfistas profissionais mais condecoradas de todos os tempos. Ela também é uma competidora feroz e uma concorrente séria na disputa pela medalha de ouro. Ao lado dela estará Owen Wright, um veterano do tour de 14 anos, com uma história de retorno que é lendário.

Depois de uma lesão quase mortal em 2015, Wright teve que se ensinar novamente a surfar e, em 2017, entrou de novo em cena, garantindo os 10 primeiros lugares em cada uma das três temporadas seguintes. Agora, ele quer levar sua lenda um passo adiante com a adição do ouro Olímpico.

Historicamente, os EUA e a Austrália foram as potências incontestáveis do surfe profissional masculino. Na verdade, 32 dos 37 campeões mundiais anteriores foram de um dos dois países.

Mas em 2014, Gabriel Medina fez história ao se tornar o primeiro campeão mundial de surfe brasileiro. Desde então, três dos últimos cinco campeões mundiais masculinos foram brasileiros. Agora, a nação sul-americana está enviando o bicampeão mundial Medina e o atual campeão mundial Italo Ferreira para representá-los em Tóquio.

Os dois foram a força motriz dos aéreos e representam uma maré em mudança no equilíbrio de poder global do surfe profissional, mas será que eles vão manter a série de vitórias de seu país no cenário Olímpico?

IGARASHI Kanoa, representando o anfitrião Japão, vai tentar sacudir as estruturas.

Programa de Surfe Olímpico na Tóquio 2020

Não é nenhuma surpresa que o surfe seja tão imprevisível quanto o oceano. A altura e direção das ondas, a força do vento e vários outros fatores ditam se uma competição de surfe, e como estas condições podem mudar drasticamente no dia-a-dia, os eventos precisam ser flexíveis.

Aqui está a programação completa. Todos os horários estão no horário padrão do Japão (JST).

Local de Surfe Olímpico na Tóquio 2020

O surfe vai estrear na praia de Tsurigasaki, a cerca de 100km do Estádio Olímpico de Tóquio. A praia fica na cidade de Ichinomiya, na costa do Pacífico da Província de Chiba. É um dos pontos mais a leste do Japão, e a torna particularmente adequada para qualquer onda que venha do norte, leste ou sul, dependendo da estação do ano.

Formato da competição Olímpica do Surfe na Tóquio 2020

O evento conta com 20 atletas masculinos e 20 femininos competindo em três rounds, e três finais compostas de baterias (heats) de 30 minutos.

A primeira rodada conta com quatro atletas por heat, enquanto a segunda rodada terá cinco. A partir da terceira rodada, a competição se transforma no formato de um contra um.

Durante as provas, cada surfista terá 30 minutos para pegar o máximo de ondas possível e receber uma pontuação de 0-10 para cada onda surfada. Entretanto, apenas as duas primeiras ondas de cada surfista são calculadas em sua pontuação final.

Devido à natureza do esporte, os surfistas são julgados com critérios ligeiramente diferentes dos outros atletas. As ondas são pontuadas por um painel de juízes experientes usando um sistema de cinco pontos.

  • Compromisso e dificuldade: Este fator é o mais importante e julga os tipos, grau de dificuldade e risco dos movimentos realizados. Além disso, como todas as ondas são diferentes, os atletas também são julgados pelo alto risco da onda que escolheram e pelo comprometimento do surfista em maximizar as oportunidades de pontuação potencial em cada onda.
  • Inovação e progressão: Além das manobras padrão em um repertório de surfistas, os juízes também vão pontuar aqueles que empurrarem os limites do surfe moderno com movimentos progressivos, como variações aéreas ou deslizamento de cauda.
  • Variedade: Embora a qualidade seja a mais importante, os juízes também estão atentos aos atletas que incorporam vários tipos diferentes de manobras na sua performance.
  • Combinação: Este ponto considera como um surfista pode conectar manobras de alta pontuação, como tubos, curvas e aéreos na mesma onda.
  • Velocidade, potência e fluxo: Este antigo mantra do surfe se refere ao estilo de um atleta em uma onda, mas também aos elementos técnicos sutis que separam os bons surfistas dos grandes. A capacidade de reagir às condições de mudança em uma onda e manter a velocidade adequada para realizar manobras de alta pontuação, a quantidade de potência que vai em cada movimento para que possa ser exibida no seu maior potencial, e um fluxo na forma como um surfista conecta cada movimento do início ao fim.

História do Surfe Olímpico

Em 3 de agosto de 2016, o Comitê Olímpico Internacional decidiu incluir o surfe como um dos novos cinco esportes no programa da Tóquio 2020. Esta será a primeira aparição do surfe em Olimpíadas.

Entretanto, a arte de pegar ondas em prancha existe há centenas de anos. Os polinésios que viveram no grupo de illhas do Pacífico do Havaí e Taiti tinham no surfe o centro de sua identidade cultural durante todo esse período, e, recentemente, registros arqueológicos mostram que culturas ancestrais pré-Incas na costa peruana usaram pranchas desde 200d.C.

Na Era Moderna, o surfe foi popularizado pelo famoso barqueiro e Olímpico Duke Kahanamoku, do Havaí. Kahanamoku venceu três ouros na natação em Estocolmo 1912 e Antuérpia 1920 para os EUA. Ele não é somente considerado o ‘pai do surfe moderno‘, mas também o responsável por plantar a semente para uma futura inclusão do surfe nos Jogos Olímpicos, ao fazer essa sugestão ao aceitar a medalha de ouro em Estocolmo 1912.

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