O Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica de 2022 coroou o Brasil como um dos países na elite da modalidade, em Sofia, na Bulgária. Com seus melhores resultados da história, o conjunto brasileiro ficou perto de um pódio inédito e de assegurar uma vaga Olímpica com antecedência.
No conjunto geral, que distribuiu as primeiras vagas dos Jogos Olímpicos Paris 2024 na modalidade, o Brasil ficou na quinta colocação com 60.700 pontos, quatro posições acima do resultado de 2021.
O conjunto brasileiro é formado por Bárbara Galvão, Deborah Medrado, Gabrielle Moraes, Giovanna Silva, Maria Eduarda Arakaki e Nicole Pircio. Também representaram o Brasil no Mundial, mas no individual, Bárbara Domingos e Geovanna Santos.
“Estamos muito felizes e emocionadas. Foram 11 anos de muito trabalho, e a gente conseguiu entrar no top 5: o Brasil é o quinto melhor do mundo. Esse resultado é para todos do nosso país, para continuarem acreditando no nosso trabalho, porque a gente pode e merece estar entre os melhores do mundo sim”, disse Camila Ferezin, treinadora do conjunto brasileiro.
Bulgária, Israel e Espanha conquistaram as vagas Olímpicas do conjunto em Sofia, mas o Brasil ainda terá outras oportunidades para se classificar. No individual, Itália, Alemanha e Bulgária se garantiram em Paris 2024.
PARIS 2024 | Veja sistema de classificação da ginástica rítmica
Mundial de Rítmica: Brasil em quarto na final dos cinco arcos
Na final dos cinco arcos, veio o melhor resultado do Brasil no esporte: a quarta colocação, com 33.350 pontos, menos de meio ponto atrás da Espanha, medalhista de bronze.
Nesta série, o Brasil superou países com medalhas Olímpicas no esporte, como Bulgária, Japão e República Popular da China. A ginasta Deborah Medrado resumiu a sensação da equipe brasileira:
“O nosso sentimento é de muita gratidão, de muita felicidade. Só Deus sabe o tanto de coisas às quais tivemos que abdicar, o quanto a gente se doou, o quanto a gente se entregou pra este campeonato e pra trazer resultados inéditos para o Brasil. Nós somos o melhor conjunto da história do Brasil e estamos muito, muito, muito felizes por fazer história para o nosso país”, disse a capixaba. “Nós somos agora uma potência mundial na ginástica rítmica. Estamos chegando lá. Tudo isso é fruto de muita superação, resiliência, união, foco. É o momento mais emocionante da minha vida."
A capitã Maria Eduarda Arakaki, a Duda, ressaltou a dedicação da equipe há anos para chegar a este resultado:
“A gente chegar aqui e provar que o Brasil é uma potência na ginástica rítmica, para nós não tem preço. Foi por muito pouco que não conquistamos uma medalha. Esses resultados são fruto de um trabalho de anos. Temos nos dedicado muito para buscar essa evolução, e saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Demos todo o nosso coração e toda a nossa alma.”
A partir de 29 de outubro, será a vez da seleção brasileira de ginástica artística disputar o Mundial da modalidade, em busca das primeiras vagas para Paris 2024.