Cinco fatos sobre Luzia Nezzo, promessa do vôlei brasileiro

Após uma longa temporada, que culminou com a vaga para Paris 2024 assegurada, a seleção brasileira feminina de vôlei chega aos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 com um time que integra jogadoras do time principal com jovens em busca de bagagem.

Luzia Nezzo, de 19 anos, faz parte do grupo que terá uma oportunidade na equipe dirigida por Paulo Coco, com estreia contra Cuba neste sábado, 21 de outubro, às 10h30.

Eleita a melhor central do Mundial sub-21 deste ano, no qual o Brasil ficou com o bronze, Luzia conversou com o Olympics.com sobre sua trajetória até aqui, seus sentimentos no presente e seus sonhos para os próximos anos, que envolvem os Jogos Olímpicos.

Confira cinco fatos sobre uma das caras da nova geração do vôlei brasileiro.

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Luzia foi descoberta em um churrasco

A pessoa responsável por apresentar o vôlei a Luzia foi o treinador Ney Inácio da Silva, que se impressionou com a altura dela (ver fato abaixo) e foi à sua casa para convencer sua mãe a deixá-la ser atleta.

"Ele me viu num churrasco", contou Luzia ao Olympics.com.

"Comecei a jogar há sete anos. Eu fui dormir na casa de uma amiga minha e minha mãe falou que um treinador bateu dez da noite na nossa porta falando que eu precisava jogar vôlei, oferecendo para eu estudar numa escola boa", acrescentou.

Para Luzia e sua família, o vôlei representava uma janela que traria muitos benefícios para a sua vida.

"A gente viu como oportunidade de aprender um esporte, estudar em um local melhor. Fui na onda e comecei a gostar muito. Antes eu não ia muito com esporte, mas fui aprendendo e decidi me dedicar."

A altura de Luzia Nezzo por ela mesma

Quem procurar pela estatura da central vai provavelmente encontrar a informação de que ela tem 1,99m. No entanto, a jogadora contesta este dado.

"É 1,97m, mas eu já vi 1,99m, até 2,02m eu já vi. Mas a medição certa é 1,97m", declarou.

Luzia se inspira em Thaísa e Fabiana

Luzia vem tendo cada vez mais contato com as lendas do vôlei brasileiro, algo que ainda a surpreende.

"Agora pouco a Sheilla começou a me seguir no Instagram! Eu trombo com os meus ídolos, estou viajando o mundo, estou agora no Chile", disse a central.

Luzia é fã de Sheilla, mas suas maiores inspirações são as bicampeãs Olímpicas que atuam na mesma posição que ela, Thaísa e Fabiana.

"Ela [Thaísa] se destacou muito esse ano, não só no Pré-Olímpico, mas também na VNL. Ela puxa muito o time. Ela nos deu uma palestra e mostrou esse lado de ajudar as mais novas", afirmou Luzia.

"A Fabizona era a bola de segurança na seleção, mesmo com outras melhores do mundo em quadra. Eu gostaria de ser assim", opinou.

"As duas bloqueiam super bem, eu enfrentei a Fabizona, que ainda joga super bem. Sou mais bloqueadora, a Thaísa também é muito boa nesse fundamento, como mostrou no Pré-Olímpico", comentou a jovem.

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Luzia está encantada com a seleção brasileira

Com nomes como Thaísa e Carolana na rede do Brasil, Luzia não imaginava ter uma oportunidade no futuro próximo na seleção principal. Até que veio a convocação para o Pan.

"Eu não esperava que isso fosse acontecer tão cedo. A gente sempre sonha que vai acontecer, mas nunca acredita", ela disse.

"O Mundial foi muito bom, sim, mas a base é diferente. Eu ainda me sinto nervosa perto das meninas mais experientes", confessou.

Nesta jornada chilena, o objetivo de Luzia é obter todo o conhecimento possível para se tornar uma jogadora melhor.

"Estou tentando observar o máximo de informação, tanto da comissão quanto delas. Elas falam comigo toda hora para me ajudar no que eu preciso, pedem calma, dizem como eu posso sair das dificuldades."

Outro sinal de que sua carreira está passando por uma transição é a maior atenção dos "vôleifãs" nas redes e pessoalmente.

"Não consigo acreditar que as pessoas me admiram, assim como eu admiro outras pessoas. Não sei reagir quando me pedem foto e dizem que eu joguei bem", comentou Luzia.

A meta Olímpica de Luzia é LA28

Quando o assunto é estreia em Jogos Olímpicos, Luzia sonha, mas prefere ter cautela e acreditar que a participação virá no momento certo.

"A gente ouve que é sempre bom dar o máximo nos treinos, que pode colocar uma pulga atrás da orelha do Zé Roberto. Mas eu estou mirando Los Angeles [LA28]. Tem muitas centrais espetaculares jogando agora. Tenho muito que aprender e evoluir e quem sabe em Los Angeles lutar por uma vaga e pelo sonho de ser campeã Olímpica", garantiu.