Carolana e a chance do ouro em Paris 2024 após 10 anos de seleção de vôlei

Por Virgílio Franceschi Neto
3 min|
Ana Carolina da Silva #15 of Brazil celebrates a point during Pool 2 match between Brazil and United States as part of the Women's Volleyball Nations League 2024 on May 17, 2024 in Rio de Janeiro, Brazil. 
Foto por 2024 Getty Images

Ana Carolina da Silva, também conhecida como “Carolana” ou simplesmente “Carol”, completa uma década de seleção brasileira feminina adulta de vôlei neste ano 2024.

Pelo Brasil, a central coleciona dezenas de títulos e prêmios individuais em quase 20 anos de carreira. Começou no Mackenzie da sua natal Belo Horizonte, onde nasceu, e se destacou em partidas pela seleção estadual de Minas Gerais.

A carreira tomou novo rumo quando resolveu se profissionalizar, sendo contratada pelo Pinheiros, em 2010. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conquistou sua primeira Superliga feminina, em 2013/2014, com a camisa do Flamengo. Na mesma temporada, recebeu de José Roberto Guimarães a primeira convocação para a seleção adulta e jogou o Masters de Montreux, na Suíça, em que foi considerada a melhor bloqueadora da competição. Meses depois, integrou o elenco que foi campeão pela 10ª vez do Grand Prix (torneio que antecedeu a VNL) e bronze no Mundial realizado na Itália.

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Apesar de já ter anos no vôlei de rendimento, era apenas o início de uma série de conquistas da central.

Carol: uma década recheada de títulos

Foram 10 anos de muitas vitórias, sim. No entanto, Carol também sofreu alguns reveses, como ter ficado de fora da Rio 2016 por lesões: uma nas costas e a outra uma torção no pé.

De volta, em 2017 pela seleção venceu novamente o Masters de Montreux e o Grand Prix. Logo em seguida, partiu para experiência internacional, para passar duas temporadas na liga da Turquia, pelo Belediyespor.

De volta ao Brasil, atuou pelo Praia Clube, com quem venceu a Superliga feminina em 2022/2023 e foi bicampeã Sul-Americana de clubes (2020/2021 e 2022/2023).

Enquanto isso, se manteve no plantel que foi construído para Tóquio 2020 disputado em 2021, ocasião em que faturou a prata. No ano seguinte, em 2022, esteve nas campanhas de mais duas medalhas de prata: a da Liga das Nações (VNL) e do Mundial. De quebra, fez parte da seleção de cada torneio.

“Foi uma boa surpresa jogar a final da Liga das Nações, um time em formação mas que mostrou muito potencial”, disse Carol para o Olympics.com, em entrevista antes do Mundial de 2022.

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Potencial que se revelou com a obtenção da vaga para Paris 2024 através do Pré-Olímpico de 2023. Logo depois, Carol arrumou as malas e foi para mais uma experiência internacional. Desta vez na Itália, pelo Scandicci, onde atua há uma temporada, contribuindo e muito para a campanha do vice-campeonato da Liga local. Fez 236 pontos, sendo 79 de bloqueio.

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Chamada pelo treinador José Roberto Guimarães para a VNL 2024, disputou 15 jogos e fez 115 ponto. Números que impressionam. Currículo incontestável. Nada melhor que um ouro em Paris 2024 como a “cereja do bolo” destes 10 anos de uma das maiores carreiras do vôlei.

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Títulos e prêmios de Carol

  • Medalha de prata em Tóquio 2020
  • Medalha de prata no Mundial 2022
  • Três vezes medalhista de prata na VNL: 2019, 2021 e 2022
  • Bicampeã do Grand Prix: 2014 e 2017
  • Pentacampeã sul-americana: 2015, 2017, 2019, 2021 e 2023
  • Medalha de bronze no Mundial 2014
  • Pentacampeã da Superliga feminina: 2013/2014, 2014/2015, 2015/2016, 2016/2017 e 2022/2023.