Camilla Lopes Gomes quer alavancar trampolim ao mesmo patamar das outras ginásticas nos Jogos Pan-Americanos 2023

Paris 2024

Com medalhas em Copas do Mundo neste ano, a ginasta que mora nos EUA pretende surfar na onda de visibilidade da artística e da rítmica.

3 minPor Sheila Vieira
Camilla Lopes
(Ricardo Bufolin/CBG)

“Quando uma ginástica vai bem, ajuda todas as outras ginásticas que estão embaixo. Independentemente de quem ganha, é muito bom para todos. Com o trampolim chegando lá em cima também, é um sonho e um orgulho para todos nós”, afirmou a brasileira Camilla Lopes Gomes ao Olympics.com em agosto.

Dois meses depois, Camilla disputa os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 a fim de dizer ao Brasil que o trampolim também vive grande fase.

“A gente está indo com o pensamento de querer não apenas uma medalha, mas várias. Ser uma explosão para o trampolim. Sabemos que é um esporte que não tem muita visibilidade, mas que é lindo e merece ser conhecido mais e mais”, comentou Camilla, a respeito da importância do Pan para a equipe.

Camilla compete em Santiago ao lado de Alice Gomes, Lucas Tobias e Rayan Dutra. Além da disputa individual, o Pan 2023 terá a prova sincronizada. O Brasil só medalhou duas vezes na competição no trampolim, na Rio 2007 com Giovanna Matheus e em Guadalajara 2011 com Rafael Andrade.

Na prova individual, a Olímpica, Camilla vem em grande temporada, com ouro, prata e bronze em etapas da Copa do Mundo. “A gente faz o que tem que fazer [para mudar o status]. O que eu faço não é só por mim. Os meus resultados não são só meus, mas também do Brasil e da ginástica de trampolim. E se Deus quiser, isso vai mudar aos poucos”, afirmou a ginasta de 29 anos.

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Camilla Lopes Gomes: mudança para os EUA e sonho Olímpico

Há 10 anos, Camilla decidiu fazer um intercâmbio de três meses para os EUA. Nunca mais voltou. Ela se casou com o também ginasta Steve Gluckstein e evoluiu no maior centro de ginástica do mundo.

“Nem lembro se cheguei para minha família e falei que ia morar aqui”, contou.

Quando criança, ela tentou o vôlei, mas não tinha estatura suficiente. A seguir, experimentou a ginástica artística, e percebeu que levava jeito para o trampolim, que ficava praticamente 'esquecido' no ginásio.

“Eu ficava de castigo na arquibancada porque não queria fazer os outros eventos, só queria ficar no trampolim”, disse.

Camilla está em boa posição para participar de Paris 2024, concretizando um sonho de infância. Os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) finalistas do Mundial de 2023, de 9 a 19 de novembro, asseguram vagas, e haverá outras em disputa nas Copas do Mundo até 2024. O Pan 2023 pode ofertar vaga caso as Américas não estejam representadas por estes critérios ao final do período de classificação.

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“Desde que assisti aos Jogos Olímpicos pela primeira vez, eu coloquei na cabeça que eu gostaria de participar”, afirmou. “Desde que o ciclo começou, sempre tive um objetivo e ele continua: estar na final do Mundial e ter essa vaga direta. É menos estressante, porque na Copa do Mundo são cinco etapas. A gente tem que esperar e tudo pode acontecer.”

O trampolim em Santiago 2023 terá classificatórias no dia 3 de novembro e finais em 4 de novembro.

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