Mollie O'Callaghan desbanca Ariarne Titmus para levar o ouro e quebrar o recorde Olímpico nos 200m livre
A Austrália era favorita nos 200m livre feminino da natação em Paris 2024, independentemente de quem vencesse. Ariane Titmus conquistou o ouro na prova em Tóquio 2020 e quebrou o recorde mundial no último mês de junho. Porém, a jovem Mollie O’Callaghan vinha do título no Mundial de Esportes Aquáticos 2023, quando estabeleceu o recorde anterior. Na disputa desta segunda-feira, 29 de julho, O’Callaghan venceu o ouro e ainda quebrou o recorde Olímpico que pertencia a Titmus.
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O terceiro dia da natação nos Jogos Olímpicos Paris 2024 ainda serviu para consagrar outros novos talentos em ascensão com o primeiro ouro individual: a canadense Summer McIntosh (400m medley feminino) e o romeno David Popovici (200m livre masculino). Também houve emoção nas conquistas do italiano Thomas Ceccon (100m costas masculino) e da sul-africana Tatjana Smith (100m peito feminino).
As finais da natação desta segunda-feira não tiveram brasileiros nas piscinas. Mais cedo, Guilherme Costa, o Cachorrão, disputou as qualificatórias dos 800m livre, mas não avançou.
NATAÇÃO EM PARIS 2024
Como foi a vitória de O’Callaghan
O terceiro dia da natação em Paris 2024 teve cinco finais. O horário nobre da última disputa ficou para os 200m livre feminino, com especial interesse sobre o desempenho da Austrália. Na última seletiva do país, Ariarne Titmus e Mollie O'Callaghan fizeram os melhores tempos da história na prova. Titmus ficou com a vitória e o recorde mundial, com O’Callaghan logo atrás.
Ariarne Titmus poderia alcançar seu segundo bicampeonato Olímpico nesta edição dos Jogos. A nadadora levou o segundo ouro consecutivo nos 400m livre no sábado e poderia repetir o feito nos 200m livre, distância que também ganhou em Tóquio 2020. Mollie O’Callaghan, no entanto, se colocou no caminho e buscou seu primeiro ouro individual em Jogos Olímpicos. A jovem de 20 anos levou dois ouros em Tóquio 2020, mas em revezamentos. Tem também seis ouros em mundiais, incluindo nos 200m livre em 2023.
Tanto O'Callaghan quanto Titmus não fizeram um começo de prova tão forte nesta final. A novata estava na quinta posição ao término dos primeiros 100m. O'Callaghan cresceu especialmente nos últimos 50m, quando ultrapassou Titmus. A campeã terminou a prova em 1min53s27, 23 centésimos abaixo do recorde de Titmus em Tóquio 2020. Desta vez, Titmus fez 1min53s81. O bronze foi de Siobhan Bernadette Haughey, de Hong Kong, China, com 1min54s55.
Summer McIntosh e David Popovici celebram ouros inéditos
Além de Mollie O’Callaghan, outras estrelas ascendentes se consagraram nesta segunda-feira. A final dos 400m medley feminino teve uma vitória muito tranquila de Summer McIntosh, recordista mundial da prova. A canadense não chegou a superar o recorde Olímpico, pertencente à húngara Katinka Hosszu, mas pôde celebrar o primeiro ouro Olímpico de sua carreira, aos 17 anos. McIntosh estreou em Tóquio 2020, sem medalhas, enquanto levou a prata nos 400m livre em Paris 2024 – superada por Titmus.
McIntosh completou os 400m medley em 4min27s71, quase seis segundos à frente da vice-campeã. A americana Katie Grimes ficou com a prata, com 4min33s40, enquanto a também americana Emma Weyant levou o bronze, com 4min34s93. Weyant já tinha levado a prata da prova em Tóquio 2020.
Já os 200m livre masculino ofereceram uma final emocionante em Paris 2024. A vitória foi do romeno David Popovici, com 1min44s72. Ganhou por pouco, com o britânico Matthew Richards fazendo 1min44s74 para a prata. Já o bronze foi do americano Luke Hobson, com 1min44s79. Este foi o primeiro ouro da Romênia na história da natação masculina Olímpica.
Aos 19 anos, Popovici é mais uma potencial estrela dos Jogos Olímpicos. O romeno estreou em Tóquio 2020, mas não subiu ao pódio. Em 2022, ele ganhou o Campeonato Mundial nos 100m e nos 200m livre. Na ocasião, quebrou o recorde dos 100m, que pertenceu a César Cielo por 13 anos -- atualmente, o recordista é o chinês Zhanle Pan. Popovic tentará também o pódio nos 100m livre em Paris 2024.
Emoção nas vitórias de Tatjana Smith e Thomas Ceccon
A final dos 100m peito feminino garantiu uma vitória fantástica para Tatjana Smith, da África do Sul. A nadadora terminou os primeiros 50m na quarta colocação, mas conseguiu superar as oponentes nos últimos instantes. Smith conquistou a prata na prova em Tóquio 2020, quando também foi ouro nos 200m peito. Ela é recordista Olímpica em ambos os eventos, embora tenha batido a marca dos 100m peito na fase de classificação em Tóquio 2020.
Tatjana Smith fez 1min05s28 para subir ao topo do pódio. Atual campeã mundial, a chinesa Tang Qianting (1min05s54) comemorou a prata e a irlandesa Mona McSharry (1min05s59) conquistou o bronze -- apenas um centésimo à frente da italiana Benedetta Pilato e da americana Lilly King, empatadas na quarta posição. Dona de nove ouro em Mundiais de Esportes Aquáticos, King tinha sido a campeã na Rio 2016.
A final dos 100m costas masculino também ofereceu emoções. O italiano Thomas Ceccon ganhou o ouro com 52s cravados, em conquista inédita para a sua carreira. A prata foi do chinês Xu Jiayu (52s32), dono de dois títulos mundiais na prova. Já o bronze ficou com o americano Ryan Murphy (52s39), ouro na Rio 2016 e bronze em Tóquio 2020.
Ceccon tinha uma prata e um bronze nos revezamentos da Itália em Tóquio 2020, assim como levou o bronze no 4x100m livre em Paris 2024. Recordista mundial nos 100m costas, levou ainda o ouro na prova durante o Mundial de Esportes Aquáticos 2022 e a prata em 2023.
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