Com Bárbara Domingos, Brasil anuncia convocadas da ginástica rítmica em Paris 2024
A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) divulgou nesta sexta-feira, 5 de julho, as atletas convocadas na ginástica rítmica para os Jogos Olímpicos Paris 2024. No individual, Bárbara Domingos foi ratificada como a representante do país. Já a base do conjunto está praticamente mantida em busca da medalha inédita para o Brasil, com quatro das cinco titulares nos dois últimos Campeonatos Mundiais.
Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.
Bárbara Domingos foi confirmada como a ginasta titular do Brasil no individual geral, em movimento que era esperado. Foi através de seu desempenho no Campeonato Mundial 2023, com o 11° lugar no individual geral, que o Brasil obteve a cota em Paris 2024. Babi estreará nos Jogos Olímpicos, enquanto o Brasil volta a ter uma ginasta competindo no individual da rítmica após oito anos.
Babi Domingos sublinhou seu destaque no recente Campeonato Pan-Americano de Ginástica Rítmica 2024, em que ganhou a medalha de ouro no individual geral, apesar da forte concorrência de Maria Eduarda Alexandre. Sete anos mais jovem, Maria vem de uma sólida ascensão no último ciclo e é vista como potencial atleta Olímpica para o futuro. Em Paris 2024, aos 17 anos, ela será reserva.
Já o conjunto brasileiro será composto por cinco atletas titulares: Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio, Déborah Medrado, Sofia Madeira e Victória Borges. É quase a mesma base que conquistou resultados inéditos nas últimas edições dos Campeonatos Mundiais. Foi através do desempenho no Mundial que o Brasil assegurou sua vaga nos Jogos Olímpicos.
A exceção na equipe titular em relação aos dois últimos Mundiais fica para Victória Borges, que não esteve nestas campanhas, mas disputou os Jogos Pan-Americanos 2023 e o Campeonato Pan-Americano 2024, assim como etapas da Copa do Mundo. Bárbara Galvão, Giovanna Silva, Gabriella Coradine e Mariana Pinto serão as reservas do conjunto.
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As ginastas da rítmica convocadas para Paris 2024
Conjunto
- Maria Eduarda Arakaki
- Nicole Pircio
- Déborah Medrado
- Sofia Madeira
- Victória Borges
Individual
- Bárbara Domingos
Os resultados inéditos de Bárbara Domingos
Bárbara Domingos teve ótimos resultados em competições internacionais da ginástica rítmica durante o ciclo. A ginasta de 24 anos é a primeira brasileira a disputar uma final no individual geral do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica. Ficou no 17° lugar em 2021 e alcançou o 11° lugar em 2023. Nesta última edição, também foi a sétima na final nas maças.
As finais por aparelhos da ginástica rítmica individual não fazem parte do programa Olímpico. De qualquer maneira, durante etapas da Copa do Mundo, Bárbara Domingos demonstrou seu alto nível competitivo. A brasileira conquistou duas medalhas de bronze em 2023, ambas com apresentações na fita. Nunca uma ginasta do Brasil havia subido no pódio individual em etapas da Copa do Mundo.
Mais recentemente, Bárbara Domingos também se sobressaiu no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Rítmica 2024, realizado em junho, na Guatemala. A brasileira conquistou o ouro no individual geral, por equipes e no arco, enquanto levou a prata nas maças e na fita. Maria Eduarda Alexandre foi outro destaque, com o ouro na bola, na fita e por equipes, além do bronze no individual geral e nas maças.
Antes de Bárbara Domingos, três ginastas competiram pelo Brasil no individual geral da rítmica nos Jogos Olímpicos. A estreia aconteceu em Los Angeles 1984, na primeira edição da ginástica rítmica nos Jogos. Rosane Favilla alcançou o 24° lugar. Em Barcelona 1992, Marta Cristina Schonhurst, a Kitti, ficou no 41° lugar. Por fim, na Rio 2016, Natália Gaudio acabou no 23° lugar.
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O ótimo retrospecto do conjunto do Brasil
Das cinco atletas convocadas para o conjunto do Brasil, três estiveram presentes nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio e Déborah Medrado fizeram parte da campanha que rendeu o 12° lugar da competição. As expectativas se tornam maiores rumo a Paris 2024, com o amadurecimento das ginastas e a chegada das novatas.
O Brasil atravessou um ciclo histórico na ginástica rítmica, com resultados inéditos. Em Campeonatos Mundiais, o Brasil ficou na quinta e na sexta colocação do conjunto geral durante as duas últimas edições, em 2022 e 2023. Além disso, as brasileiras quase alcançaram o pódio nas finais por aparelhos, duas vezes na quarta colocação dos cinco arcos. Os eventos por aparelhos, assim como no individual, não fazem parte dos Jogos Olímpicos.
Outras demonstrações de força do Brasil vieram em etapas da Copa do Mundo. O conjunto do Brasil conquistou 11 medalhas: três de ouro, cinco de prata e três de bronze. Foram duas pratas e dois bronzes no conjunto geral. Além disso, as brasileiras registraram notas inéditas em suas apresentações, principalmente nos cinco arcos. O recorde da equipe foi alcançado recentemente, na etapa de Milão, em junho.
O conjunto brasileiro na ginástica rítmica fez sua estreia nos Jogos Olímpicos em Sydney 2000. Desde então, a equipe se ausentou apenas uma vez, em Londres 2012. A melhor participação do Brasil aconteceu em Atenas 2004, com a sétima colocação.