Arthur Nory une Brasil e Japão em Tóquio 2020
Que ginastas brasileiros se classificaram para Tóquio 2020? Quem tem chance de medalha? Atualizamos as novidades na ginástica artística.
A ginástica brasileira teve uma Olimpíada de sonho no Rio 2016. Arthur Zanetti foi prata nas Argolas, mas foi no Solo que aconteceu um dos pontos altos dos Jogos para o país-sede pela dupla presença no pódio de Diego Hypólito e Arthur Nory, prata e bronze atrás do britânico Max Whitlock.
O fator casa foi chave para a participação histórica dos ginastas brasileiros, sempre apoiados em massa e entre gritos de euforia na Arena Olímpica do Rio. Em Tóquio 2020, que vai acontecer em 2021, a seleção não terá o mesmo apoio, mas um atleta em particular vai poder voltar a sentir a emoção de competir “em casa”: Arthur Nory.
Nory, de 27 anos, natural de Campinas (São Paulo), se prepara para conhecer o país de origem da família materna. Como reporta o Globo Esporte, o avô de Arthur Nory, Noryassú Oyakawa, chegou ao Brasil ainda em criança, em 1912. A década ficou marcada pela chegada massiva de japoneses ao Brasil, fruto do acordo de imigração assinado entre os dois países e que em 1908 permitiu a chegada dos primeiros trabalhadores japoneses para o setor agrícola.
Atualmente, os papéis se inverteram e é a comunidade brasileira uma das mais representativas no Japão, com cerca de 230-250 mil brasileiros residentes no país-sede de Tóquio 2020, dados do Consulado Geral do Japão em São Paulo.
Voltando ao “fator casa”, Arthur Nory tem aprendido japonês antecipando a previsível curiosidade mediática que deve rodear a sua participação nas provas de ginástica artística em Tóquio 2020, que vai acontecer em 2021. O brasileiro de ascendência nipônica tem fortes possibilidades de medalha tanto nos exercícios no Solo como na Barra fixa, onde conseguiu o título mundial em 2019.
Pan-Americano é a última chance de classificar para Tóquio 2020
Tanto Nory como Zanetti têm presença garantida nos Jogos de Tóquio 2020 pela performance no Mundial nas respetivas disciplinas e as prestações de ambos contribuíram para a qualificação da equipe masculina.
Entre as mulheres, só Flávia Saraiva tem a tranquilidade da classificação. A carioca guarda boas memórias competindo na Ásia já que foi na cidade chinesa de Nanquim que, em 2014, conquistou três medalhas nos Jogos Olímpicos da Juventude (ouro no Solo, prata Individual Geral e Trave de Equilíbrio.
O Campeonato Pan-Americano é a última chance de classificar para Tóquio 2020, que vai acontecer em 2021.
O evento se disputa no início de junho no Rio de Janeiro e permite classificar para os Jogos Olímpicos um máximo de 12 atletas por país, num total de total 196 vagas, 98 atribuídas às mulheres e 98 aos homens.