Após acidente gravíssimo, Luísa Baptista tem alta prevista e sonha em voltar a competir 

Por Juliana Taddone
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LuisaBaptista_COB
Foto por Crédito: Gaspar Nóbrega/COB

Em fase intensiva de recuperação e com alta da unidade de tratamento intensivo (UTI) prevista para essa semana, a triatleta Luísa Baptista segue vencendo as adversidades e quer voltar a competir. Em entrevista ao programa de televisão Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, 31 de março, ela falou pela primeira vez sobre o acidente e os próximos desafios que vêm pela frente.

“Eu não vejo a hora de voltar. Vou voltar com toda a força, com toda a certeza do mundo. Sou privilegiada por ter sobrevivido ao acidente. Eu ressuscitei praticamente, então sou muito grata”, disse à reportagem de TV.

Um dos principais nomes do triatlo brasileiro, Luisa foi atropelada em dezembro de 2023 enquanto treinava na estrada em São Carlos, no interior de São Paulo, por um motorista que dirigia sem habilitação e supostamente sob efeito de álcool. A polícia ainda trabalha na conclusão do caso, mas inicialmente o condutor da motocicleta responde por lesão corporal – que pode, dependendo dos laudos finais, mudar para tentativa de homicídio.

Quadro gravíssimo

A triatleta conta com o apoio dos pais e de um corpo médico dedicado, que aponta melhora constante. Luísa Baptista teve quadro gravíssimo, e chegou ao hospital com choque hemorrágico uma parada cardíaca que durou oito minutos. Também apresentava fraturas pelo lado direito do corpo, e precisou de um aparelho que funciona como pulmão artificial – o que aparentemente foi decisivo para a recuperação.

O irmão contou ao Fantástico que Luísa chegou a ser desenganada pelos médicos. "Eles disseram: "O caso dela é muito além do grave, se preparem para perder a sua filha", relatou Vitor Baptista.

Luísa pôde voltar a andar em março, e passou a realizar sessões diárias de fisioterapia, com um objetivo claro: voltar a competir e se preparar para o sonho Olímpico: “Me vejo nas Olimpíadas daqui a quatro anos. Sei que Paris está muito cedo ainda, mas quem sabe em Lima (no Peru, em 2027) eu consiga ser bicampeã Pan-Americana. Essa é a meta para mim”, concluiu durante a entrevista.

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