Atleta mais vitoriosa do Brasil em Mundiais de Canoagem Slalom, Ana Sátila busca quarta medalha
Brasileira retorna ao local onde disputou os Jogos Olímpicos pela primeira vez, aos 17 anos. Sua última conquista em competições desse porte foi no caiaque extremo, no Rio de Janeiro, em 2018.
Em agosto de 2012, Ana Sátila disputava pela primeira vez os Jogos Olímpicos como a mais jovem competidora na canoagem slalom em Londres 2012, aos 17 anos. Onze anos depois da experiência, ela retorna ao Centro Aquático Lee Valley entre os dias 19 e 24 de setembro para o Mundial 2023 da modalidade, em busca da quarta medalha na carreira em competições desse porte.
Suas outras medalhas em Mundiais foram um ouro (2018, no Rio de Janeiro) e uma prata (2017) no caiaque extremo e um bronze no C1 feminino (2017).
Aliás, é no caiaque extremo que a brasileira vem conseguindo seus recentes melhores resultados em etapas da Copa do Mundo de canoagem slalom: em junho, ela retornou ao pódio após quase dois anos ao conquistar a medalha de prata na prova da modalidade na primeira etapa da temporada, realizada em Augsburg, na Alemanha.
Foi a quinta medalha de Ana Sátila na prova de caiaque extremo em uma etapa da Copa do Mundo – a primeira desde setembro de 2021. Ela também é a atual campeã dos Jogos Pan-Americanos nesta prova e no C1.
"Deixaram tudo preparado para que a gente chegasse aqui nas condições perfeitas. Estou muito feliz com a minha preparação, a gente tem se dedicado muito durante todos esses anos para estar aqui hoje nesse momento. Então esse está sendo o momento único na minha carreira, a primeira vez que eu estou tão focada e ao mesmo tempo tudo está fluindo muito perfeito," comentou Ana Sátila em declarações divulgadas pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBC).
Em sua última competição internacional antes do Mundial, Ana Sátila disputou duas finais na etapa da Copa do Mundo de Tacen, na Eslovênia. Ela acabou em quarto lugar no caiaque cross e foi a sexta colocada no C1.
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Vaga em Paris 2024 também na mira
Além da passagem por Londres 2012, Ana Sátila também competiu em Rio 2016 e Tóquio 2020 - na capital japonesa, inclusive, se tornou a primeira mulher do Brasil a disputar uma final Olímpica na canoagem slalom, no C1, ficando em décimo e último lugar no C1 por conta de uma penalização - se ela não tivesse sido punida, poderia ter terminado na quarta posição.
O Mundial em Londres também servirá de classificatório para os atletas do slalom: são 15 vagas disponíveis para as competições de caiaque (K1) para cada gênero e 12 em cada prova de canoa (C1), com no máximo uma cota para cada país.
As três cotas adicionais do caiaque extremo serão decididas em um pré-olímpico especial em Praga, Tchéquia, em junho de 2024. Além disso, haverá uma vaga reservada às provas de caiaque e canoa em ambos os gêneros a cada um dos cinco eventos continentais no primeiro semestre de 2024.
Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representarem sua delegação em Paris 2024.
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A julgar pelas recentes postagens em uma rede social, a atleta está motivada para ir ao pódio e, consequentemente, faturar a vaga para o Brasil em Paris:
"É tanta motivação que não cabe mais dentro de mim! Chega logo, pode vir!"