O mundo é de Armand "Mondo" Duplantis e nós estamos apenas vivendo nele! O fenômeno sueco do atletismo deu um esperado espetáculo na final do salto com vara masculino em Tóquio 2020 em 2021 e ficou com o ouro, mas não quebrou o recorde mundial dele mesmo, de 6,18m. A prata é do americano Christopher Nielsen, que parou nos 5,97m.
Um verdadeiro furacão nos últimos anos, Duplantis, de apenas 21 anos, quebrou o recorde mundial pela primeira vez em 2020 e simplesmente não tem adversários no salto com vara.
Assim que garantiu o ouro ao passar 6,02m, Duplantis arriscou e tentou 6,19m para estabelecer novamente a melhor marca da história. Não foi dessa vez, e o brasileiro Thiago Braz manteve o recorde Olímpico de 6,03m da Rio 2016.
Braz subirá ao pódio novamente, desta vez com uma medalha de bronze que contrariou muitos prognósticos.
Após um ciclo Olímpico difícil, em que não conseguiu se aproximar da sua melhor marca, foi eliminado no Pan-Americano de 2019 antes da final, perdeu clube e patrocinadores e viu Duplantis dominar a prova, Braz mostrou mais uma vez como é capaz de crescer nos momentos decisivos.
Com a marca de 5,87m, sua melhor na temporada, ele novamente deixou o francês Renaud Lavillenie para trás e se tornou o quarto brasileiro a conquistar mais de uma medalha Olímpica em provas de campo do atletismo. Os outros foram todos no salto triplo: o bicampeão Olímpico Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956), Nelson Prudêncio (1968 e 1972) e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo (1976 e 1980).
"[Essa medalha] representa uma resiliência. Nesses cinco anos nada foi fácil pra mim, mas me superei e ganhei essa medalha pra o Brasil."
- Thiago Braz à TV Globo
No aquecimento da prova, Lavillenie, ouro em Londres e prata no Rio, machucou o pé. O francês encontrou dificuldades nos saltos e arriscou pular dos 5,87m direto para os 5,92m, com apenas duas tentativas. Terminou em oitavo lugar. Apenas Duplantis, Nielsen e Braz conseguiram passar de 5,87m.
Salto com vara masculino - Resultado final
- Armand Duplantis (SWE) - 6,02m
- Christopher Nielsen (USA) - 5,97m
- Thiago Braz (BRA) - 5,87m
- Emmanouil Karalis (GRE) - 5,80m
- Kc Lightfoot (USA) - 5,80m
- Piotr Lisek (POL) - 5,80m
- Harry Coppell (GBR) - 5,80m
- Renaud Lavillenie (FRA) - 5,70m
Thompson-Herah também vence os 200m
Em mais um duelo das velocistas jamaicanas, Elaine Thompson-Herah levou a melhor mais uma vez e é ouro nos 200m com 21,53, a segunda melhor marca da história. Christine Mboma, da Namíbia, foi prata com 21,81, e americana Gabrielle Thomas completou o pódio com 21,87. Shelly-Ann Fraser-Pryce ficou fora do pódio desta vez, na quarta colocação.
Darlan Romani na final do arremesso de peso
O brasileiro, que briga por medalha em Tóquio 2020, fez em sua segunda tentativa a marca necessária para se classificar para a decisão, 21,31m. O atleta teve uma pandemia extremamente complicada, com o irmão e a mãe sobrevivendo a casos graves de COVID-19. O próprio Romani também teve a doença e perdeu 10kg. A final será dia 5 de agosto às 11:05 (horário de Tóquio), que são 23:05 da noite de 4 de agosto no horário de Brasília.