Combinado nórdico Olímpico em Beijing 2022: Cinco coisas que você precisa saber

Tudo o que você precisa saber sobre o combinado nórdico nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022, incluindo os principais destaques, informações sobre o local da prova, programação e muito mais!

6 minPor Will Imbo
Jason Lamy Chappuis
(2018 Getty Images)

O combinado nórdico é um esporte curioso, um pouco na linha do biatlo pelo facto de na verdade ambos serem compostos por duas disciplinas diferentes. Se o biatlo combina esqui de fundo e tiro, o combinado nórdico se divide em dois momentos competitivos: salto de esqui e esqui cross-country.

A competição tem sido disputada nos Jogos de Inverno desde a edição inaugural em 1924, apesar de que nenhuma competição feminina da disciplina tenha sido inserida no programa dos Jogos.

Aqui você vai encontrar uma prévia do combinado nórdico em Beijing 2022, incluindo os principais competidores para acompanhar, informações sobre o local, e mais!

Os principais atletas do combinado nórdico em Pequim 2022

Eric Frenzel (ALE) teve um desempenho incrível nas Olimpíadas de Inverno de 2018, consolidando a sua reputação como um dos maiores atletas do combinado Nórdico de todos os tempos. O alemão conquistou uma medalha em todo evento de combinado nórdico - ouro em pista normal/10km e por equipes em pista larga/4 x 5km. Frenzel é o atual bicampeão Olímpico em pista normal/10km, apesar de haver terminado em quarto na prova durante o Campeonato Mundial de 2021. Mesmo assim, se o medalhista Olímpico em seis ocasiões se classificar para Pequim 2022, seria preciso muita coragem para não apostar nele como favorito ao pódio novamente.

Akito Watabe (JAP) terminou em segundo atrás de Frenzel na pista normal/10km por duas vezes, nos Jogos de Inverno de 2014 e 2018, então uma terceira vez seria um capricho, não? Watabe levou o bronze em pista longa/10km no Campeonato Mundial, e ficou em quinto na pista normal/10km - uma posição atrás do seu velho rival, Frenzel, novamente. Fator que vai motivar ainda mais Akito Watabe em Beijing 2022 é o facto de ter sido escolhido como porta-bandeira do Japão para a Cerimônia de Abertura, naquela que será a quinta presença do esquiador em Jogos Olímpicos.

Um outro nome pra ficar de olho na disciplina de pista normal/10km é Jarl Magnus Riiber (NOR). Riiber terminou em quarto na prova em PyeongChang, mas ele é atual bicampeão do mundo tanto no individual quanto por equipes na pista normal/5km. Ele pode ser um sério candidato para desafiar Frenzel e Watabe em Pequim.

A competição em pista longa/10km viu cinco diferentes campeões desde a sua introdução ao programa Olímpico de Inverno, nos Jogos de Salt Lake City em 2002, por isso Johannes Rydzek (ALE), que ganhou o ouro em 2018 em PyeongChang, terá bastante trabalho em defender o seu título. O alemão terminou em 17º no Campeonato Mundial de 2021, enquanto que o jovem Johannes Lamparter (AUT) venceu a prova, tornando-se o campeão mundial mais jovem em 32 anos. Lamparter só passou a fazer parte do circuito da Copa do Mundo em 2018, mas por conta do desempenho nos mundiais (onde ele também conquistou o bronze por equipes na pista normal/4 x 5km), ele poderá tornar-se uma estrela do esporte em um breve futuro.

Em uma prova onde as grandes figuras estão quase todas presentes, a exceção é Fabian Rießle. O alemão, prata em PyeongChang e que em seu histórico tem quatro medalhas Olímpicas, não foi selecionado pela equipa da Alemanha.

A programação do combinado nórdico em Beijing 2022

A competição do combinado nórdico acontecerá entre 9 e 17 de fevereiro de 2022.

O local do combinado nórdico Olímpico em Beijing 2022

A competição do combinado nórdico acontecerá em dois recintos esportivos no complexo de Zhangjiakou. O Centro Nacional de Saltos de Esqui receberá a parte dos saltos de esqui, enquanto que o Centro Nacional de Cross-Country irá receber a disciplina do cross-country.

Formato da competição do combinado nórdico em Beijing 2022

A competição do combinado nórdico em Beijing 2022 compreenderá três eventos:

  • Individual masculino pista normal/10km
  • Individual masculino pista longa/10km
  • Masculino por equipes pista longa/4 x 5km

Todos os três eventos do combinado nórdico consistem de uma competição de salto de esqui e uma corrida de esqui cross-country. Nas competições, a palavra ‘Gundersen’ se refere ao Método Gundersen, que é usado para determinar a posição de largada para a parte de cross-country de cada prova, depois dos eventos de saltos de esqui, que sempre acontecem primeiro. Uma vez que os pontos dos saltos são totalizados, eles são convertidos em penalidades de tempo. Assim sendo, o vencedor do salto de esqui começaria em primeiro no cross-country, com outros competidores na sequência, de acordo com as diferenças de tempo convertidas.

A prova individual de pista normal consiste de uma pontuação no salto de esqui em uma pista normal (90m) e uma corrida de 10km de cross-country.

A prova individual de pista longa consiste de uma pontuação no salto de esqui em uma pista longa (120m) e uma corrida de 10km de cross-country.

A prova por equipes na pista longa consiste de uma pontuação no salto de esqui em uma pista longa (120m) e uma corrida de revezamento 4 x 5km estilo livre.

História Olímpica do combinado nórdico

O esqui cross-country é o mais antigo tipo de esqui e tem suas origens na Noruega. Na realidade, a palavra ‘ski’ é uma palavra norueguesa e vem do velho nórdico ‘skid’, que significa "pedaço de madeira". Esta forma de esquiar vem da necessidade de viajar sobre terreno coberto de neve, coletar lenha e manter contato social entre comunidades isoladas.

Em 1892 estreou em Oslo, Noruega, o famoso festival de esqui Holmenkollen, onde a principal atração foi a competição do combinado nórdico. A popularidade do festival logo atraiu esquiadores internacionais, e, em 1924, o esporte foi introduzido no programa Olímpico nos primeiros Jogos de Inverno, em Chamonix, França, em 1924. Desde então permanece no calendário dos Jogos.

A Noruega tem dominado a competição, vencendo 31 medalhas (incluindo 13 ouros). O país domina tanto a modalidade que conquistou os três lugares no pódio em quatro Jogos Olímpicos. Seus adversários mais próximos são a Finlândia e a Alemanha (que faturou todos os lugares do pódio na pista longa em PyeongChang), com 14 medalhas cada, enquanto a Áustria tem 15 medalhas - mas somente três ouros, enquanto que a Alemanha tem cinco e a Finlândia, quatro.

Felix Gottwald (AUT) é o mais premiado atleta do combinado nórdico na história Olímpica, com sete medalhas (incluindo três ouros), apesar de que ele pode ser superado no primeiro lugar por Frenzel (seis medalhas), se o alemão conseguir ganhar prata ou ouro em Pequim.

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