Vôlei: por que Bernardinho escalou Honorato como líbero para estreia na VNL 2024

Por Daniel Perissé
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Foto por Volleyball World

Com a vaga para a Paris 2024 desde o Pré-Olímpico do ano passado, a tendência é a de que a seleção brasileira masculina use a Liga das Nações (VNL) de vôlei como laboratório para o técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho.

Porém, o treinador parece estar um passo à frente em relação às definições do elenco que vai à França, de acordo com declarações feitas após divulgar a lista de inscritos na derrota de terça-feira para Cuba por 3 sets a 1, no mesmo Maracanazinho que viu o Brasil ir ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Rio 2016.

No seu retorno à seleção desde a histórica conquista no Rio de Janeiro, Bernardinho lançou a relação de nomes com Honorato como líbero em vez de sua posição habitual, a de ponta.

Além disso, o treinador também confirmou os irmãos Darlan e Alan, que atuam como opostos, e o líbero Thales como parte do grupo que vai a Paris - o que só mostra que o treinador vai aproveitar a VNL para entrosar o time e testar variações de jogo.

Entenda um pouco as razões que levaram o técnico a fazer esses anúncios logo em seu primeiro jogo de volta ao comando do Brasil, em lugar de Renan Dal Zotto.

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Ideia é ter jogador que possa atuar também como líbero, diz Bernardinho

Ao comentar a inscrição de Honorato como líbero, o treinador disse que trata-se de uma "estratégia" para ter um jogador que possa fazer as duas funções nos Jogos se necessário.

Fatores como o baixo número de inscritos (14 na VNL contra apenas 12 no torneio Olímpico) também pesam na decisão de se chamar apenas um líbero de ofício, cujo nome já está na ponta da língua do técnico:

"O líbero para Paris é o Thales. Assim como os dois opostos (Alan e Darlan). O (Felipe) Roque é o terceiro, que está treinando em Saquarema, assim como o Maique está. Em uma necessidade, eles são chamados. Eles não foram cortados, eles fazem parte," comentou Bernardinho em declarações à TV Globo.

A segunda parte da resposta confirma os irmãos como parte do elenco para Paris e descarta Maique, que é líbero, nessa edição dos Jogos - o que não significa que seu ciclo pela seleção esteja encerrado.

"Olimpíadas se jogam com 12. Você não leva dois líberos, é um líbero só. O Maique é um rapaz espetacular, mas se eu não usar a VNL, que é a única competição que a gente tem, como um laboratório para os Jogos, não tem como," destacou Bernardinho.

"Se houver necessidade, um dos meus ponteiros tem que se transformar em líbero. A Liga é jogada com 14, por isso coloquei Honorato. Como é que, em caso de necessidade, entre os 12 atletas, colocaremos alguém como líbero? Temos que provar isso, e a única forma é aqui," completou o treinador.

Os comandados de Bernardinho voltam a atuar na quinta-feira, 23 de maio, diante da Argentina, também no Maracanãzinho, às 21h de Brasília. Os adversários seguintes no Rio de Janeiro serão a Sérvia (24 de maio, sexta-feira, às 21h) e a Itália (26 de maio, domingo, às 10h).